Capítulo 7

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Marina

Não passou despercebido o olhar de Eduardo ao descobrir que era mãe.

— Estava ficando preocupado — escuto Vítor — aconteceu algo? — pergunta.

— O carro da mamãe quebrou — responde Samuel.

Vítor sorri e cumprimenta Samuel.

— Deveria ter imaginado isso — afirma — precisa passar esse carro.

— Quem sabe no final do ano — digo.

A verdade que ficaria algum tempo com ele. Meu carro estava realmente velho, mas não tinha condições financeiras de arcar com outro nesse momento. Ele teria que aguentar alguns meses mais.

— Vamos nos sentar — diz — Emanuel logo virá — fala.

Samuel segurava minha mão e seguimos para um mesa perto da piscina. Deixei minha bolsa numa cadeira e sentei na outra.

— Marina — ouço a voz de dona Sabrina — fico feliz que tenha vindo — sorri — esse menino a cada dia mais lindo — beija Samuel.

— Obrigado — agradece Samuel sorrindo.

— Tudo bem? — pergunto.

— Melhor impossível — senta numa cadeira vaga — agora estou com meus três filhos — suspira — e vocês?

— Estamos ótimos — respondo sorrindo.

— Amei o escritório de Eduardo — bate na minha coxa — fez um ótimo trabalho. Como sempre.

— Obrigada — sorrio — faço com amor.

— Tive sorte em contratá-la — comenta Vítor sorrindo.

Logo ouço passos e vejo Emanuel se aproximando da mesa. Ele tinha um sorriso no rosto e Samuel correu para encontrá-lo.

Emanuel abraçou forte e vieram caminhando para mesa.

— Eu pensei que era o senhor lá — aponta para Eduardo.

— Aquele é meu irmão gêmeo, Eduardo.

— Ele falou isso — senta no meu colo — vocês são iguaizinhos — ri.

Não demorou muito para seu Charles aparecer na mesa também. Ele estava vestido um avental de churrasqueira e mantinha uma faca na mão.

— E Ellen? — pergunto.

— Dormindo — suspira dona Sabrina — bebeu todas ontem. Não sei o que faço com esse menina. Ellen não era assim.

— Depois vocês conversam — fala Emanuel — nada de brigas.

— Vou tentar.

— Irei conversar com ela mais tarde — levo um susto ao escutar a voz de Eduardo — apenas nós dois — diz.

— Mas também irei conversar com ela — afirma séria.

— Vamos mudar de assunto — pede Emanuel.

— Ah, trouxe as escovas de dentes — entrego a sacola para ele — comprei cem.

— Ajudei a mamãe escolher — diz meu pequeno — são todas para crianças, tio?

— São — responde — depois quero fazer com os adultos.

— Conte conosco — falo.

— Vou quer sua ajuda no dia — avisa — não vai esquecer.

— Não irei — rio.

Meu pequeno corria muito por todo o pátio. Vítor havia lhe emprestado uma bolha de futebol e acabou esquecendo do mundo.

Recomeço Where stories live. Discover now