Curativos

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Alguns minutos depois nos voltamos enquanto todos estavam discutindo sobre o que poderia fazer um som parecido com aquele. E eu tentava entender o que tinha de errado comigo. Eu tinha que descobrir como eu arrumei aquele corte.

- Não achamos nada. - Scott deu avisou.

- É impossível achar um rastro. - Noah explicou. - Não tem cheiro, não deixa pegadas...

- Mas faz barulho. - Isaac rebateu. - Se podemos ouvir podemos seguir.

- Ele tem razão. - Stiles disse se levantando da arquibancada. - Nós precisamos mapear os lugares em que essa coisa "aparece" e as situações e ver se encontramos um padrão. Talvez não seja algo ruim, ninguém se machucou nem nada, sem mortos ou desaparecidos na cidade. Pode estar só tentando se comunicar, certo?

- Se tivermos sorte. - Dylan e Danny disseram juntos, quase juntos, não foi uma sincronia perfeita como costumava ser, um atropelou o outro na fala. Eles se entreolharam de um jeito estranho e voltaram a atenção para a conversa.

- Eu vou te ajudar a mapear, estava tentando o acesso as câmeras do shopping para ver se encontrava algo, podemos tentar analisar as gravações. - Danny falou e foi muito estranho ouvir ele dizer que faria algo sem Dylan.

Desde que o irmão começou a namorar eles estavam meio distantes. Acho que isso iria acontecer de qualquer jeito, mais cedo ou mais tarde. 

Stiles já tinha definido o plano, então fomos todos pelos nossos caminhos. Eu só ia tentar cuidar daquele corte e me manter mais atenta. Mas não dava pra continuar com aquilo sozinha. Eu tinha que falar com alguém... 

- Jhonny. - Eu chamei, batendo na porta do quarto dele.

Ouvi os movimentos do garoto la dentro com certo alivio, não estava tão surda assim. Logo a porta se abriu e eu sorri para o loiro.

- Demorou a chegar da escola. - Ele comentou e eu assenti. - Tivemos algumas distrações, mas primeiro eu preciso te contar uma coisa.

- O que foi, Nina? - Ele pareceu ler a preocupação em meus olhos.

Eu apenas abria mão mostrando o machucado pra ele. Estava bem feio e ele fez uma careta.

- Nossa... Tá, entra. Eu vou dar um jeito nisso enquanto você me conta tudo. - Ele se afastou para eu passar e eu sorri agradecida.

Ele não demorou muito para dar um jeito naquele machucado, colocou um curativo apenas pro precaução, mas conseguiu estimular o processo de cura quase fechando a ferida.

- Não deve ter sido nada demais, você devia estar distraída por causa desse corte. Sabe? Deve ser só psicológico. - Ele disse quando eu terminei de explicar como meus sentidos haviam falhado mais cedo.

- Psicicológico? - Não era impossível, obviamente não tinham estudos sobre como o psicológico afeta a licantropia, mas não me parecia algo difícil de acontecer.

- É. E agora vai passar! - Ele deu de ombros e voltou a se sentar ao meu lado. - E vamos nos divertir muito na festa da Lydia amanhã.

- Já é amanhã? - Eu tinha esquecido a data.

- É... e como seu irmão vai com ela e Brenda vai com Dylan eu pensei que poderíamos ir juntos... No mesmo carro. - Ele falou e eu assenti, ajeitado o curativo na minha mão. 

- Certo. - Eu sorri e me inclinei, beijando sua bochecha. - Obrigada. Eu estava quase surtando.

- Você sempre está. - Ele implicou e eu ri.

Nós nos viramos para porta ao mesmo tempo ao sentir o cheiro de pizza no andar de baixo e eu senti um grande alivio por ter percebido. Ele sorriu e nós descemos para comer.

Notas da Autora:

Parece que é um problema a menos para a nossa protagonista, né? Pelo menos isso. O que vocês acham que está perseguindo o bando, heim? Deixem nos comentários.

Beijos & Bites

True Alpha - Just A Nightmare | Season-II| Where stories live. Discover now