Flame - Novas Espécies - Livro I

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— Amanda, o que você está pedindo é perigoso — Justice disse pela milionésima vez.

— Olha a minha cara de quem está ligando pra sua opinião? Sério, Justice, você só está pirando porque temos essa espécime maravilhosa de homem das cavernas queimando seu juízo!

Amanda olhou para a pessoa em questão ao seu lado a fuzilando com os olhos. A cara feia de Wrath a fez tremer por dois minutos antes que sua irritação levasse a melhor e ela quisesse enfiar seu salto onde o sol não batia.

— Minha companheira não está bem para andar por Homeland. E eu nunca permitiria que ela saísse do quarto e correr o risco de ser fotografada ou espionada.

— Wrath, faça um favor ao mundo e vá conversar com a parede, pois ela sim tem paciência em ouvi-lo — disse Amanda — E mais uma coisa, eu não estou pedindo permissão, eu estou anunciando que sim, eu vou sair com Lauren e aí de quem me impedir!

— Você não poderia fazer nada se fosse expulsa de Homeland — rosnou Wrath, dando um passo até ela.

Shadow bloqueou seu caminho, cochichando algo seu ouvido que ela não pôde ouvir, mas que não ligava. Ela queria mais que Wrath explodisse.

— Tenta me botar para fora, ó senhor do drama! Você me expulsa e meu próximo passo é ir até os avós de Lauren dizer que ela está grávida!

— Você não pode fazer isso. Assinou um termo de confidencialidade. — lembrou Justice seriamente.

— Conheço Lauren desde os cinco anos. A vi comer areia da caixa de areia do parquinho da escola e ficar com a cara azul na aula de química, e você acha que um termo de confidencialidade vai me parar? Por favooor.

— Isso é sério, Amanda. Nós poderíamos prendê-la apenas pela ameaça — disse Shadow suave.

Amanda bufou e olhou Wrath furiosamente.

— Me prendam então! — Esticou os pulsos para ele. — Vai lá, Wrath. Coloque um par de algemas nos meus pulsos e me jogue numa cela. Só não se esqueça de avisar a Lauren que você colocou a melhor amiga dela na prisão porque você é um imbecil paspalho que não gosta de ouvir o que quer e não cuida da sua companheira como deveria!

Wrath rugiu para ela, pronta para alcançá-la, porém tanto Shadow quanto Justice o segurou pelos ombros. Justice a olhou revoltado e pálido, a advertência nos olhos felinos.

— Você está passando dos limites, Amanda. Se não entende os instintos de um macho Espécie deveria permanecer calada antes que perca um membro do corpo ou acabe morta. — disse rispidamente.

— Aaaah, mas eu não vou ficar calada mesmo. Nós estamos aqui há quase uma hora e não saímos dessa enrolação. Wrath está errado! Muito errado. — ela encarou o macho em questão. — Eu sei o que você pediu para Lauren e sei qual foi a resposta dela e também sei que você não concorda com o que ela acha. Mas abandoná-la com duas crianças sugando-a dia após dia e não lhe dando o apoio que merece é cruel. Na verdade vai além da crueldade.

— Eu estou lá todos os dias. Em cada exame, em cada maldito raio x. Não a deixei em quase nenhum momento e você está me dizendo que estou sendo cruel? — o tom de voz de Wrath era inumano.

— Você pode estar ali fisicamente, mas sua mente está à milhas de distância. Você não conversa com ela, não toca nela, não brinca com ela, sequer põe a mão na barriga dela e ainda diz que está ali por ela? Por eles? Que tipo de pai você quer ser, Wrath? Que tipo de marido?

— Estou dando tudo o que tenho. Cada maldita gota de força que há dentro de mim. Não diga que não tentei porque é mentira! — berrou Wrath. — Que porra você quer de mim?