Capítulo IV: Despedidas e Sam Smith

1.6K 176 15
                                    

And every time you hurt me, the less that I cry
And every time you leave me
The quicker these tears dry
And every time you walk out, the less I love you
Baby, we don't stand achance, it's sad but it's true
Too Good At Goodbyes - Sam Smith

And every time you hurt me, the less that I cryAnd every time you leave meThe quicker these tears dryAnd every time you walk out, the less I love youBaby, we don't stand achance, it's sad but it's trueToo Good At Goodbyes - Sam Smith

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Estava parada em frente a pia com uma perna apoiada na outra e apenas os braços se movimentando enquanto lavava a louça que Karyn e eu tínhamos sujado

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Estava parada em frente a pia com uma perna apoiada na outra e apenas os braços se movimentando enquanto lavava a louça que Karyn e eu tínhamos sujado. Ela estava sentada no balcão da ilha da cozinha, mexendo no celular e murmurando algumas palavras desconexas.

— Você poderia me ajudar — falei, jogando o pano de prato por cima do meu ombro e ela sorriu para mim, mostrando a mão.

— Vai estragar minhas unhas, amiga. Eu fiz ontem à noite — disse enquanto balançava os dedinhos da mão, pintados de vermelho. — Agora você pode parar de me enrolar e me explicar todas aquelas partituras e tudo mais.

Coloquei o pano de prato sobre o fogão, longe das bocas, para que meu pai não colocasse fogo em tudo, como fez uma vez. Sentei no banco, de frente para ela, e suspirei antes de começar a história.

— Não tem muito segredo atrás disso — falei e ela ouvia atentamente. — Eu era só mais uma criança sem nada para fazer depois da escola, minha mãe não queria que eu ficasse desocupada e me matriculou na primeira aula que apareceu. Nesse caso, violino.

— E por que você não nos contou que tocava? — perguntou com os braços cruzados sobre o mármore. — Você deveria entrar para a orquestra do colégio. Eu nem ouvi você tocar ainda, e deixo essa indireta no ar se você quiser me mostrar, mas tenho certeza de que você é ótima!

Sorri para ela e me levantei, fazendo-a me acompanhar até a escada e, depois dela, ao meu quarto. Ela sentou em minha cama como uma criancinha esperando seu desenho favorito na TV e cruzou as pernas, abraçando uma almofada de coração em seu colo. Eu peguei o violino no outro lado do quarto e o posicionei, pensando em alguma música para tocar. A letra da música se repetiu em minha cabeça e eu tive a certeza de que era aquela.

You must think that I'm stupid
You must think that I'm a fool
You must think that I'm new to this
But I have seen this all before

Sobre poemas anônimos, garotos e amor - Livro I [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora