Parte Seis

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               Cinco anos depois

Ana

     Eu acabei de passar para a faculdade de artes, é como se todos os meus sonhos estivessem se tornando realidade, eu estou na faculdade que eu sempre quis, eu tenho um namorado muito apaixonado por mim. Eu só não tenho mais meu melhor amigo perto de mim.
         Quando ele não apareceu no meu aniversário eu soube que o que ele realmente queria era me afastar dele, chorei por dias, só não fui atrás dele, afinal se ele não me amava, por que eu correria atrás de algo fadado a dar errado? Por que eu continuaria a lutar quando era a única a fazer isso? Talvez uma vez na vida seguir o caminho fácil fosse a resposta.
        Ainda nós vemos em reuniões de família, nós falamos por cortesia e cada vez que eu o vejo com uma nova namorada um pedacinho do meu coração se parte, como se ele fosse um átomo forte e roubasse meus elétrons.
         Minha mãe está organizando uma confraternização para comemorar o fato de eu ter passado, eu tive que prestar vestibular dois anos diferentes, não consegui passar nos outros, não pense que foi falta de estudos, minha mãe  entrou em depressão e eu era quem a ajudava, eu e tia Joana que nunca saiu do lado dela.
         Término de me arrumar e vou para a casa da minha mãe com Henri, esse é o indivíduo que me faz tentar superar o Ben todos os dias, ele me salvou de passar uma vergonha enorme no meu aniversário, quando Ben não apareceu ele quem dançou comigo, eu chorava, por ter me declarado pela primeira vez para o cara que eu amava e mesmo assim dançava, ele me consolou depois o que fez com que eu quisesse o ter perto de mim.
           — Sabe, eu não gosto dessas confraternizações da sua família — ele diz segurando minha mão com força, como se aquilo me grudasse verdadeiramente a ele.
         — Minha mãe precisa de mim nesses momentos, ela não aceitou bem eu ir morar com você, ninguém aceitou isso bem, eles achavam que iriamos casar depois de 5 anos de namoro, não simplesmente morar junto. Eu não me importo mais com o Ben, se isso te preocupa, eu amo você — ele me beija, um beijo bom, que mostra como ele me ama, um beijo calmo, sem desejo ou paixão, um beijo com amor.
           Eu sempre quis que meu amor por Ben fosse direcionado a Henri, afinal ele sempre fez por merecer.
           Eu vejo o carro de Ben na estrada, uma parte de mim não o queria ali hoje, mas isso séria impossível.

Como o Sol e a Lua Where stories live. Discover now