Parte Sete

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Benjamin

          Eu tomei uma decisão e nunca me arrependi tanto de alguma coisa, semanas depois quando procurei Ana para me desculpar, eu ia me entregar aquele amor, ia dizer que a amava, mas então, ela me apresentou Henri.              Eu sai louco pela rua, eu tinha raiva de mim por ter sido um covarde que não conseguiu ama-la quando ela quis e precisava. E fiquei com raiva dela por não poder esperar um pouco para eu por minha cabeça no lugar.
        Minha mãe ainda me obriga a participar de todas as reuniões de família e eles sempre estão lá, juntos e felizes, pense o que quiser, pense que eu não tenho esse direito, mas sinto tanto ciúme dela, sinto tanta inveja dele. Inveja por ele ter nós braços o amor da minha vida.
           —Mãe, não poderei ficar muito tempo, tenho que ir ao escritório — digo quando chego e lhe abraço, eu continuo sendo um covarde, me escondo atrás de trabalho, para esquecer ela, nenhum namoro deu certo, hoje até desisti, ao que parece só existe um amor verdadeiro.
         —A meu filho, tente ficar até o momento da surpresa.
            —Que surpresa mãe? — Pergunto meio confuso, afinal ninguém me falou de surpresa nenhuma.
           —Henri e Ana estão morando juntos e ele vai pedir ela em casamento hoje.
       Aquilo foi um baque, eu não poderia ver aquilo, algo em meu peito estava se quebrando mais uma vez, dessa vez era definitivo, nada, nada mais traria o amor da minha vida para mim, ela não séria mais minha pequena Aninha, seria senhora Carvalho.
           —A meu filho, você ainda a ama, devia falar para ela, ela o ama também.
           —Mãe ela me odeia, me odeia desde o dia do aniversário dela, que eu fui um idiota covarde e não apareci.
          —Filho se de uma segunda chance, busque essa segunda chance.
Então a porta da frente abriu, ela entrou, seus cabelos ruivos e sorriso iluminaram todo o lugar, tia Glória estava tão contente, ela perdeu muito, mas Ana sempre trouxe paz e amor ao seu coração. Henri estava com as mãos envolta de sua cintura e a puxava para ele, eles não me viram pois eu estava na cozinha. Não esperei que me vissem sai pela porta dos fundos.
        Egoísmo, essa é a palavra que me define nesse momento. Eu a queria para mim, mesmo ela estando feliz ao lado de outro.

Como o Sol e a Lua Where stories live. Discover now