MEU PROFESSOR

Ajuda bem-vinda

Hoje é domingo e sempre que posso, gosto de passear no parque.

Adoro caminhar por aqui e observar a natureza.

Depois de andar um pouco, me sento em um banco e olho minhas mensagens no celular.

Adivinhem... A Lisa me mandou várias.

O que aconteceu depois que ele te levou para casa?

Meu Deus, vou morrer de ansiedade.

Me responde, Anne...

Você é má sabia?

Sorrio com sua curiosidade.

Devo ser má com você mesmo. Aprontou e quis te matar.

Depois de um tempo, responde:

Que isso, Annezinha.. Para que tanto ódio no coração!?! Me conta, por favor.

Aposto que ficou se remoendo por falta de notícias.

Venha ao parque que te conto tudo. É o que sempre venho.

Sua resposta chega logo.

Chego aí em dois segundos.

Começo a pensar em tudo o que aconteceu ontem.

Foi uma noite incrível e não esperava que aquilo poderia acontecer.

Eu fiquei com meu professor.... Isso não é completamente certo, é!?

O que acontecerá agora? Como vai ser em sala de aula? Mas foi ele quem teve a iniciativa.

Enquanto estou perdida em meus pensamentos, alguém toca em meu ombro.

— Tomara que esteja revisando os fatos de ontem para me contar tudo, sem pular um detalhe sequer. - Se senta ao meu lado sorrindo.

— Você foi rápida mesmo, hein!? - Comento.

— Não tem ideia do quanto estou ansiosa para saber de tudo e também estava por perto. Pode começar.

Mato sua curiosidade e enquanto ouvia, várias expressões surgiam em seu rosto.

— Meu Deus! Então o plano deu muito certo. Sabia que ele só precisava ficar sozinho com você. - Começa a rir.

— Então realmente tem culpa?! Quis te matar quando se levantou com aquela desculpa ridícula de se encontrar com o Erick na porta.

— Não pareceu não gostar quando estava nos braços dele. - Cia em gargalhada.

Dou um tapa em seu ombro.

— Não tem graça, Lisa. Você pode ter me metido em um problemão.

— Do que está falando, Anne?

— Por acaso se lembra que o Arthur é o nosso professor?! Pensou no constrangimento que pode ser ficarmos toda a semana em sala de aula? - Questiono.

— Ah, Anne... Sempre vê o lado ruim das coisas. Ok, é complicado, mas estão atraídos um pelo outro. Só devem saber separar as coisas.

Franzo as sobrancelhas.

— Já está visualizando uma coisa para o futuro, Lisa. Ele me beijou, mas não quer dizer nada. Talvez tenha sido só uma noite.

— Anne, olha pra mim. - Manda. — Não foi. Vi como te olha, aliás desde o primeiro dia e não se assuste se o Senhor Intenso bater a sua porta hoje.

Dessa vez, sou eu quem cai em gargalhada.

— Não viaja. Vamos embora. - Me levanto.

Saímos do parque e a convido para passar em casa, mas jantará com os pais essa noite, então recusa.