Um presente dela

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— Bom dia, meu amor. — Desperto com seus beijos.

— Hum... Sabia que adoro ser acordada assim? — Sorrio, preguiçosamente.

— É mesmo!? Que bom que não reclamou dessa vez. Vamos descer para tomar café?

— Sim. Só vou ao banheiro. Não demoro. — Saio da cama e o deixo sozinho.

Faço minhas higienes e descemos para a cozinha, encontrando a Jennifer e o Vitor.

— Bom dia. — Arthur, o cumprimenta.

— Bom dia. — Ela olha para as nossas mãos dadas. — Dormiram bem?

— Muito. — Respondo.

Nos acomodamos lado a lado e me sirvo um pedaço de bolo que a Maria fez.

— Cuidado, Cunhadinha... Se não o vestido de noiva não entra. — Começa a rir, deliberadamente.

— Jenny. — Arthur, a repreende.

— Não tem problema. — Digo. — Existem vestidos de vários tamanhos.

Não vou lhe dar o gosto de me chatear.

— Calma, gente. — Ergue as mãos em rendição. — Só estava brincando.

— Arthur, tem academia no prédio? — Vitor pergunta, mudando o assunto.

— Tem sim. — Confirma.

— Ótimo. Vou descer lá. — Se levanta e dá um beijo na namorada. — Até mais, amor.

— Até. Bom treino. — Lhe dá um sorriso e o observa sair. — Me empresta o carro? Quero visitar uma amiga. — Pede.

— A chave está na sala. — Seu irmão, responde.

— Obrigada. Com licença. — Pega uma maça e nos deixa sozinhos.

Solto até um suspiro de alívio.

— O que foi? — Arthur, pergunta.

— Nada, meu amor. — Minto.

Esqueci que estava ao meu lado.

— Quer mais? — Pega meu prato, ao perceber que o meu acabou.

— Claro. Está uma delícia.

Sorrindo, pega um grande pedaço e me serve.

— Desculpe pelo que a Jenny disse. — Passa a mão em meu cabelo.

— Ela não sabe o que está perdendo. — Dou de ombros.

— Saiba que a Maria faz esse bolo especialmente nos dias em que está aqui.

— Muito carinhosa. — Rio.

Seus olhos continuam em mim, estranhamente.

— O quê? — Limpo a boca com o guardanapo, caso esteja suja.

— Não é isso. — Leva uma mão ao meu rosto e acaricia minha bochecha. — Eu te amo, Anne.

Nunca me canso de ouvir suas declarações.

— Eu te amo, Arthur. — Digo e o beijo apaixonadamente.

Qualquer problema some, quando estamos assim. Pena que não dura para sempre.

Terminamos o café e começamos a arrumar a bagunça.

Enquanto lavo os copos, se aproxima e segura minha cintura.

— O que quer, Senhor Monteiro? — Pergunto.

— Pode ser você? — Sussurra em meu ouvido.

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