A profecia.

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Temos que ser rápidos. – Disse Keegan, arrastando a então perdida, Diana pelas estreitas vielas londrinas. Sem entender o por que da pressa, Diana puxou seu braço para si mesma e questionou-o: Por que estamos correndo? E por que estamos com pressa? – Seus olhos estavam firmes aos de Kee e ele parecia impaciente: Temos que buscar ajuda, a profecia está se concretizando. Está vendo aquela luz? – Disse apontando para uma luz alaranjada no céu: - Aquilo definitivamente não é um bom sinal. Seu despertar não é um bom sinal e com certeza estarmos parados aqui, não é um bom sinal. Então eu espero que você possa ser uma boa menina e tentar o mais rápido possível, impedir Uriel de realizar seus desejos. – Explicou, enquanto Diana sem hesitar, concordava e novamente os dois tomaram caminho.

VLAD

Seu hálito era gélido, tal como seu corpo. Suas mãos finas e esqueléticas, estavam cobertas por sangue e o homem debruçado em seu corpo parecia aos poucos perder sua vitalidade. Ele deslizava sua língua cortante sobre a superfície da pele do rapaz e cravejava suas presas em seu pescoço, cobrindo seu corpo por um espesso sentimento de prazer e satisfação. Com sua sede saciada, ele se desfez do garoto, ordenando aos outros garotos que aguardavam ao redor de sua poltrona, que o levassem. Lentamente ele deslizara seu polegar sobre seus lábios úmidos e os limpara. Era um lindo espécime. Seus olhos rubros destacavam sobre sua pele alva e pálida, seus longos fios negros escorriam até sua cintura, lisos e brilhantes. Possuía um corpo esbelto, com pouca musculatura e unhas longas e escuras. Trajava um elegante terno negro, coberto por um sobretudo de mesma cor. Em seu pescoço um crucifixo de ouro destacava-se em suas vestes e seus dedos eram domados por anéis de diamantes, cravejados por simbologias humanamente desconhecidas. Descendo o gigantesco jogo de escadas, uma jovem albina, cujo os olhos possuíam a mesma cor que as do homem, porém, possuía longos fios prateados e um corpo que parecia que havia saído de uma capa de revista de moda contemporânea. Ela tinha um semblante dócil e um belo sorriso, este que ao surgir, arrancou um sorriso mútuo de seu igual:

- Para onde vás tão bela, minha amada Anastásia? - Indagou enquanto aguardava a chegada da moça ao fim do corrimão.

- Pretendo reabastecer nosso estoque. Estamos ficando sem humanos para nos alimentar, trarei algumas bolsas de sangue do hospital. – Disse aproximando-se do homem.

- A invejo por poder vagar a luz do sol. O dia fica cada vez mais curto para nós que ainda somos amaldiçoados a viver nas sombras. – Lamentou o homem, segurando delicadamente a mão da bela moça e a beijando logo em seguida.

- Não há muita distinção do dia para noite, milorde. A diferença, é que a noite, as máscaras caem. – Finalizou a mulher, acariciando o rosto do homem e despedindo-se do mesmo. Entretanto, antes mesmo que ela pudesse sair, dois jovem adentram o castelo, surpreendendo os proprietários.

- Ora, que jovens talentosos! Como conseguiram passar por nossas sentinelas? – Perguntou o homem, enquanto aproximava cada vez mais de sua companheira.

- Eu soube que vampiros não gostam de calor. – Retrucou Kee com um sarcástico sorriso estampado nos lábios.

- Uma realidade equivocada, eu diria. – Sua voz permanecia rouca e serena: - Mas o que o trás aqui, criança?

- Precisamos que nos ajude a acabar com os planos de Uriel! – Exclamou Kee, tentando ser o mais breve possível.

- Esplêndido! Uma criança tentando bancar o herói. – Ironizou Anastásia, enquanto se aproximava de Diana e em um piscar de olhos, surgia atrás da mesma, fungando o cheiro de Diana: - Ora, sangue angelical. São os mais apetitosos. – O aroma daquele sangue a fez estremecer, era uma reação urgente e anestésica, semelhante drogado ao consumir seu vício.

NO FACES.Where stories live. Discover now