Fevereiro, 2017. VI. - Parte II

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[NÃO PULEM OS AVISOS, POR FAVOR!]

VOLTEI!

Gente, quero dar dois avisos rápidos para não enrolar muito vocês.

1- Eu estou correndo agora para fazer uma LIVE no meu perfil do Instagram para falar um pouquinho sobre o Wattpad, Clube dos 7 Erros, etc. Sei que está um pouco em cima da hora, mas se vocês pudessem dar uma passadinha lá, seria muuuuito legal! Identifiquem-se! Falem que são leitores de Cd7E, vou ficar muito feliz com a presença de vocês lá.
Meu perfil é: @laylaaoliveira_

2- Tá rolando um concurso no Wattpad e Clube dos 7 Erros já está inscrito. Mas esse concurso tem um diferencial: as categorias extras, e são vocês, leitores, que indicam os livros para participar. Então, se você acha que Cd7E pode se encaixar em alguma categoria, por que não indicar? ME MARQUEM PARA QUE EU VEJA A INDICAÇÃO DE VOCÊS!

Aqui vai o link, mas se não conseguir abrir, coloca aí na sua barra de pesquisas "The Oscar Literário 2018" que você acha!
https://www.wattpad.com/story/91769262-the-oscar-literário-2018

Capítulo de hoje está bem grandinho e eu espero muito que gostem!

Comentem bastante, eu amo ler e responder! <3

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Ao sentir a pressão daquela leitura nos ombros e perceber que seu café havia finalmente acabado, Amanda levantou-se da cadeira em frente à escrivaninha. Precisava tomar um ar, relaxar, mesmo que por alguns breves minutos.

Pegou uma das balas – apenas uma – que se encontravam num saquinho dentro do armário e, da janela, de pé, ficou observando a movimentação da rua. O céu finalmente estava completamente escuro, e enfeitado de estrelas; lojas começavam a fechar e trabalhadores a locomover-se pelas calçadas. Parando para observar daquela forma, tão atentamente, tudo parecia muito harmonioso, como um espetáculo de música clássica, ou de dança.

Fechou as cortinas e ligou a televisão. Não porque iria assistir, mas porque odiava a sensação de estar sozinha. Sabia que estava, mas as vozes dos repórteres ao fundo faziam com que se sentisse um pouco menos pior.

Voltou ao quarto e, ao pegar o caderno de Maia, sentiu seu coração errar uma batida, apenas para acelerar em seguida. Amanda não sabia muito sobre a aluna. Na verdade, ninguém sabia. Mas houve um momento em que a garota, que já era calada, ficou ainda mais. E, para piorar as coisas, suas notas despencaram. É claro que o colégio se viu na obrigação de ir a fundo, não poderiam ajudá-la se não soubessem o que estava acontecendo.

A separação dos pais.

Era isso que estava acontecendo.

Lembrou-se de quando leu a redação de Maia. Sentiu o mesmo peso nas costas que sentia naquele momento. Não era um peso físico, era totalmente psicológico, mas parecia estar carregando o planeta Terra, com todas as suas construções e habitantes.

Tentando ignorar a letra quase ilegível de Maia, a professora abriu o caderno, repetindo diversas vezes para si mesma que estava fazendo aquilo única e especialmente por seus alunos.

10 de fevereiro de 2017
Querido diário,
Meu Deus, isso é tão idiota.
Lembro-me da primeira vez que eu tive um diário. Eu era só uma garotinha de dez anos que precisava de um espeço apenas seu, e, bem, foi a forma que eu arrumei de guardar tudo aquilo que eu não queria contar para mamãe ou Cecília.
Eu escrevia nele antes de dormir, quando me certificava de que, sim, Cecília estava dormindo, e não me atrapalharia tentando descobrir o que eu estava fazendo.
Escondia-me debaixo do cobertor, ligava minha pequena lanterna e, com um pouco de dificuldade, escrevia sobre o meu dia, meus sentimentos e, algumas vezes, sobre um tal de Andrei, que acabou por sair do colégio alguns anos depois. Ainda me lembro de Andrei. Era um garoto loiro, de olhos escuros e pele bronzeada. Às vezes eu tinha a sensação de que tinha saído de um filme (isso está escrito no antigo diário.)
Andrei usava óculos, mas ficava mil vezes mais bonito sem. De qualquer forma, eu não ligava, estava no meio de uma paixonite, afinal. Além disso, o garoto não costumava se importar muito com a opinião alheia, acabava fazendo questão de usar cada vez mais os óculos; e isso o deixava ainda mais lindo.
Tenho a sensação de que já trombei com Andrei na rua algumas vezes, mas é claro que nunca o cumprimentei. Digamos que eu já era um tanto calada naquela época e, depois de tantos anos, e duvido que ele ainda se lembre de mim. Nunca conversamos de verdade para que ele tivesse uma lembrança boa de mim, algo que o fizesse querer que eu ficasse em sua lembrança, mesmo que como um borrão.
Não que eu ainda seja apaixonada pelo garoto que, em minha imaginação, era surfista e ator de Hollywood, mas seria tão divertido ter alguém que fez parte da minha infância para conversar. Talvez, se algum dia eu contasse para ele, riríamos juntos da situação.
Mas, para isso, eu precisava ter o mínimo de contato com Andrei, e eu nem sei onde ele estuda atualmente.

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