My Romantic Bucket List - Capítulo 2

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Chapter 2 – Fairy GodMother

Uma vez me disseram que o maior segredo da batata frita de fast food é o cozimento e o congelamento. "Isso garante que elas fiquem crocantes por fora e macias por dentro", explica minha mãe. Claro que ela não sabia que a minha pergunta havia sido completamente retórica, já que eu não tinha o menor interesse em aprender a fritar batatas como as do Mc Donalds. Eu só era boa em apreciá-las, mesmo que àquela hora elas já estivessem frias e murchas.

Jung Hoseok não faltou em seu passeio cavalheiresco – aquele ao qual nobremente havia me convidado por mensagem, e também aquele ao qual recusei humildemente por estar com Kim TaeTae – e ao sair, como a boa fada madrinha que era ,ele não esqueceu de sua princesa perdida então quando foi chamado com urgência aos meus aposentos me trouxe um lanchão daqueles pra gente dividir. Até ás três horas da manhã as batatas fritas ainda estavam rendendo e a conversa também.

- Sim eu entendi, mas... – continuo com o cenho franzido. Meu rosto externando minha completa descrença e desdém – mesmo assim, o que tem de especial?

- E o que tem de especial em Jane Austen? – ele devolve com ironia em um tom mais brincalhão.

- Acho que você precisa...

- Eu não vou contar o livro pra você Sara, assim não tem a menor graça.

- Acho que vamos viver num impasse, realmente não temos nada em comum Hope – rio baixinho, olhando-o de cabeça para baixo.

Estava deitada na cama, com minhas pernas para o ar apoiadas na parede. Ao busca-lo com o olhar fico de ponta cabeça parcialmente fora do colchão.

- Quase nada – sorri amassando meu nariz com seu indicador – nós gostamos de batata frita. E mesmo assim eu ainda não desisti. Talvez Michael Connelly e suspense não tenha dado certo, mas você pode curtir outras coisas. Gosta de poesia não é?

- Adoro poesia, você sabe que eu gosto de Shakespeare.

- Sei, talvez possa ir um pouco além. Já ouviu falar de "As Flores do Mal"? – meneio a cabeça como resposta – é de um poeta francês chamado Charles Baudelaire.

- É antigo?

- Hmmm... – prolonga sua resposta com uma careta engraçada – o livro foi lançado em 1857.

- Jung da onde é que você tira essas coisas? – rio balançando meus pés.

- Meu pai é professor de literatura, praticamente tenho a biblioteca central em casa – da de ombros.

- Por isso é importante pra você?

- É especial pra mim. Sei lá, acho que seria interessante você ir um pouco além de romances e contos de fadas.

- O que tem de mal em romances de contos de fadas?

- Só fazem mulheres criar expectativas de homens que jamais vão existir – me encara com uma careta que beirava a asco.

- Não é verdade, você está focando só no superficial. Muitos romances ajudam a enxergar justamente os defeitos, aceitar o próximo e a si mesmo, superar barreiras pessoais e também como um casal. Nos dão uma base de confiança na pessoa que escolhermos para dividir nossa vida e muitas vezes nos ensinam a nunca desistir.

- Tudo isso eu aposto que você não aprendeu com Romeu e Julieta. Sem contar que é sempre a mesma coisa, a gente sempre sabe o que vai rolar no final. Como é que você aguenta ler mil vezes exatamente a mesma coisa? Eu já sei todas as histórias de todos os livros do Nicholas Sparks antes mesmo dele lançar mais um.

ShortFics Feitas Para Durar - BTSWhere stories live. Discover now