Capítulo 17

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- Você está parecendo o Gally no primeiro dia de Thomas aqui - Cedrico disse, desviando minha atenção do novato e da novata, sentados no topo da torre, para ele.

- Como assim? - Perguntei.

- Gally não parava de olhar para Thomas, pronto para atacar - Cedrico explicou, se sentando ao meu lado no tronco de árvore caído - Igual você está para a novata.

- Não vou atacá-la - Afirmei mais para mim do que para o garoto - Mas aquela sensação que eu senti quando vi Thomas voltou, só que diferente, não foi positiva.

- Vai ver é ciúmes - Cedrico disse. Olhei confusa para Chuck ao meu outro lado, como se perguntasse ao garoto se ele havia entendido, porque eu não havia - Agora você não é a única menina da Clareira, Brook, não vai receber tanta atenção como recebia antes.

- Cedrico, não sabe o que diz - Falei ao trolho, me sentindo levemente irritada.

- O que eu sei, Brook, é que agora, você não é mais a princesinha da Clareira - Cedrico continuou - Pois agora os meninos terão que dividir a atenção entre você e ela.

Abaixei a cabeça, sabendo que Cedrico não estava falando aquilo por mal, para causa intriga, eu sabia que o que ele dizia era a futura realidade que eu teria que viver.

Eu confesso que gostava da atenção e do amor dos meninos só para mim, mas entendia que eles teriam que dar essa atenção e amor para Teresa também, afinal, agora ela era moradora da Clareira também. Mas eu também sabia que o incômodo que eu sentia toda vez que eu a olhava não era apenas ciúmes, como Cedrico supôs, era algo do meu passado e que eu não estava enganada quanto a não gostar dela.

- Olha, Brook - Chuck falou, terminando de esculpir um corpo no pedaço de madeira que segurava - Vai ver, você não vai mais ser a princesa da Clareira, vai ver, você agora seja a rainha, pelos menos pra mim, você é.

Sorri e abracei o cacheado, pois sabia que ele estava tentando me colocar para cima e tentando tirar qualquer incerteza que eu estava criando.

- E sempre será minha melhor amiga - Cedrico disse, tentando me colocar para cima também e abraçando a Chuck e eu.

- Mas o que você está fazendo? - Perguntei a Chuck, me referindo ao pedaço de madeira em sua mão.

- Quero dar para os meus pais - Chuck respondeu e Cedrico e eu os olhamos surpresos - Eu não me lembro deles, mas me lembrei de algo. Sonhei com um brinquedo e me senti feliz, então imagino que foram eles que me deram, bom, agora estou recriando o brinquedo. Mas não acho que vou conseguir conhecer eles, então estou pensando em dar para você, como um presente.

- Chuck, o único presente que eu quero seu é que você me prometa ficar do meu lado até a gente sair daqui - Pedi ao garoto, estendendo o dedo mindinho a ele.

- Eu prometo - Chuck respondeu, entrelaçando seu dedinho mindinho ao meu.

Beijei a testa do cacheado e antes que eu, ele ou Cedrico pudéssemos começar outro assunto, Clint se aproximou correndo e parou a nossa frente.

- Brook, precisamos de você na enfermaria - Clint disse e meu primeiro pensamento foi Alby.

- O que aconteceu? - Perguntei, me levantando.

- Gally está com teimosia e depois de Alby, é só a você que ele escuta, então precisamos de sua ajuda - Clint respondeu.

Assenti com a cabeça e corremos de volta para a enfermaria. Quando entrei, me deparei com Gally de pé, se recusando a sentar, como Jeffie, metade da altura de Gally, insistia que ele fizesse.

Love on Maze Runner? [1] (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora