"Thomas e eu estávamos no mesmo corredor de sempre, ele parecia mais iluminado e mais branco e Thomas parecia um pouco mais jovem. Nós não corríamos dessa vez, estávamos parados, um de frente para o outro. Eu estava furiosa e decepcionada.
- Vamos, Thomas - Uma voz feminina disse atrás dele, uma voz que eu já havia escutado, mas não reconhecia.
Thomas olhou por cima do próprio ombro, em direção a voz, eu olhei também, mas só conseguia ver tudo branco.
- Desculpa, Brook, estou ocupado - Thomas disse.
O cenário mudou para um quarto cinza e de aparência gélida, mas Thomas e eu ainda estávamos um de frente para o outro e eu não estava mais furiosa e decepcionada, estava ansiosa e cheia de coragem, mas também estava triste, pois sabia que iria magoá-lo.
- O que aconteceu, Brook? - Thomas perguntou.
- Desculpa, Thommy - Pedi.
Antes que Thomas pudesse perguntar, com toda a minha força, dei um soco em seu rosto, vendo o garoto se desequilibrar um pouco para trás. Agarrei uma chave na mesinha de centro e corri para fora do quarto, fechando a porta de aço e a trancando.
Havia um quadrado de vidro no meio da porta, um pouco acima da minha cabeça, por onde Thomas me olhava enquanto esmurrava a porta e gritava algo para mim, algo que eu não conseguia ouvir, pois o som não atravessava a porta e as paredes.
- Eu te amo - Falei a ele, sentindo algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Thomas havia parado de esmurrar a porta e negava com a cabeça, repetindo, o que consegui ler em seus lábios, diversos "não".
O cenário mudou novamente, eu só conseguia ver água e sentia estar me afogando e a última coisa que eu consegui pensar foi: "Se eles não são motivações suficientes, Thomas, eu espero que eu seja".
Acordei assustada, puxando o ar que não sentia nos meus pulmões, igual a sensação de estar se afogando no sonho.
- Tommy - Repeti baixinho.
O apelido havia me trazido uma sensação de nostalgia, algo que parecia íntimo entre eu e Thomas e por alguns segundos, eu senti saudades de Thomas e alívio por saber que o novato estava no amansador ao lado.
Escutei alguém se aproximar dos amansadores e logo Minho se abaixou em frente a porta do amansador onde eu estava.
- Bom dia, princesa - Minho disse - Espero que tenha dormido bem.
- Pode se dizer que sim - Falei me levantando.
Minho abriu a porta do meu amansador e eu estendi os braços a ele, que me puxou para fora.
- Obrigada, trolho - Agradeci.
- Por nada - Minho respondeu e fomos para frente do amansador de Thomas, que estava sentado a nossa espera - Grande dia, fedelho! Tem certeza que não quer deixar pra lá?
- Qual é cara? - Thomas respondeu sorrindo - Me tirem daqui.
- Ta legal - Minho respondeu.
Abrimos a porta do amansador e eu ajudei Minho a puxar Thomas para cima. Quando o novato finalmente saiu, começamos a andar em direção as portas, ainda fechadas, do labirinto, onde Newt estava parado a nossa espera.
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Love on Maze Runner? [1] (REVISÃO)
Teen FictionO amor fraterno entre os moradores da Clareira era notável, mas, por mais raro que fosse, era possível encontrar amor romântico/carnal por ali. Brookylin, sendo a única garota a morar na Clareira, era irmã de todos, mas podia apontar quais deles era...