Capítulo 23- Bônus

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Fico olhando Dani toda feliz com suas coxinhas e sorrio

— Então - tento puxar assunto - Ta gostando?

— Estou, o lugar é bem bonito, tranquilo e eu gosto disso, sabe? De mato - ela ri e olha em volta- Se eu pudesse moraria em um lugar assim, grande com - ela para de falar e me olha - Desculpa, estou falando demais

— Não, tudo bem - tento pegar uma coxinha e ela bate na minha mão - Ai, eu só ia pegar uma - ela ri e deixa eu pegar uma. 

— Seus pais são ótimas pessoas - ela diz sorrindo

— São sim, eu amo eles e agradeço a Deus por eles serem meus pais. Quando eu era pequeno...

— Lá vem historia de infância - ela diz e eu começo a rir

— Não, to brincando com você, não ia contar nada não - ela empurra meu ombro e acontece de novo, eu não consigo desviar meu olhar do dela e a vejo ficar vermelha e abaixa a cabeça olhando para o lado

— Sinto falta dos meus pais sabe? Eu queria ser o orgulho da família, fazer uma faculdade igual meu pai, sei lá, ser um orgulho pra eles.

— Você é Dani - eu digo e seguro sua mão - Tenho certeza disso.

— Sei lá, eu só - ela para - Vejo minhas tias falando que tal prima fez faculdade de Medicina e tá trabalhando em sei la onde,  vejo quase todos casando e penso que isso nunca vai acontecer comigo, não sobre a faculdade, mas de ter uma família, entende? - pego sua outra mão e beijo as duas mãos

— Você vai ter uma família linda Dani, tudo tem seu tempo, confie em DEUS. - eu digo e ela me abraça

— Obrigada - sussurra

Ouvimos alguém limpar a garganta e a Dani se afastou

— É desculpa atrapalhar filho, mas sua mãe está perguntando se você vai dormir aqui.

— Pai, ainda nem é quatro horas - digo um pouco nervoso por ele estragar o momento

Isso nunca acontece e quando acontece aparece sempre alguém. Incrível 

— Eu sei, eu sei - ele vem e senta no nosso meio e eu reviro os olhos e Dani rir - Mas já são duas e meio e não vi nem você e nem você - aponta pra Dani - almoçarem

— A gente pegou algumas coxinhas

— Ta - ele olha pra Dani e depois pra mim - Você ainda não me respondeu, vai dormir ou não?

— Não pai, não trouxemos roupas nem nada

— Ta, então você fala com a sua mãe, porque eu não vou falar nada - ele diz e levanta do chão - Bom, vou voltar pra lá. E vocês, - aponta pra nos dois - vão comer logo, sabe como sua tia Rafaela é pra comida, não pode ver nada sobrando e já quer levar marmita - ele diz e a Dani rir

— Ta pai, já vamos já - ele assente e sai- Desculpa

— Nada, minhas tias também são assim - ela diz rindo - Então vamos? Não quero que sua mãe brigue com você

— Não vai brigar, certeza

— Quem não vai brigar? - diz minha mãe e Dani e eu começamos a rir - É já vi que vocês são doidos, vamos logo. Sua tia tá me perturbando pra fazer a marmita pra ela - ela diz já saindo e a gente atrás dela

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— Ta, mãe a senhora já pode me soltar.

Depois que almoçamos, ficamos só mais um pouco, pois teríamos que voltar antes que o trânsito ficasse pior e minha mãe não me largava de jeito nenhum

— Não solto, não solto e não solto

— Mãe - digo e ela rir

— To brincando, mas é que me despedir de você é sempre difícil - ela começa a chorar e Dani vem abraçar ela

— Sei bem como é isso, passo por isso sempre que meus pais vem me visitar - Dani diz e minha mãe se acalma um pouco - Olha - ela segura nas mãos da minha mãe - Assim que ele chegar em casa, vou pedir pra ele liga pra senhora, pra avisar que chegamos bem, tudo bem?

— Ah, você é um amor menina - minha mãe da um último abraço nela e vai para o lado do meu pai que só revira os olhos

— Sua mãe é muito chorona - ele fala e recebe um tapa na cabeça - ai, isso dói mulher - minha mãe da de ombros e meu pai vem e me dar um abraço e da outro na Dani - Se cuidem crianças, vão com Deus! Foi um prazer conhecer você Dani.

— Amém! Tchau gente, foi um prazer conhecer vocês também - Dani diz e eu dou um aceno com as mãos, porque sei que daqui a 10 minutos eles vão me ligar. 

 —  Menino volte aqui e vem se despedir de mim direito - diz meu pai - Pelo menos um aperto de mão, porque se um dia eu morrer vai dizer " Poxa eu nem abracei meu pai e ele só queria um aperto de mão e nem isso eu fiz, desculpa"

— O senhor é igual a minha mãe, dramático - digo indo abraçar ele - Tchau mãe e tchau pai!

—  Tchau meu menino - meu pai diz bagunçando meu cabelo 

Quem vê pensa que tenho 16 anos. Pais tem o poder de nos fazer carinho e nos constranger na frente de quem gostamos.   

O Mesmo Propósito (Romance Cristão)Where stories live. Discover now