Intense

Dez

ESTE CAPÍTULO FOI REVISADO

Meia hora se passou rápido. Ten já se encontrava vestido em uma blusa preta de mangas compridas e um jeans claro e rasgado. Olhou-se no espelho uma última vez, dando por fim um sorriso. Era a primeira vez que se sentia assim. Feliz por estar com alguém, sem ter medo. Sim, mesmo que os dois não tivessem oficializado nada, as palavras e ações de meia hora atrás faziam com que Ten se sentisse seguro. Na verdade não era ele quem devia estar com mais medo e isto o preocupava um pouco, afinal, preocupava-se com Taeyong.

Pegando seu celular de cima de sua cama, observou ao lado dele a câmera que havia esquecido no apartamento alheio minutos atrás e que o fez voltar lá para pega-la. Lembrou-se de horas atrás Taeyong ter pedido para tirarem uma foto dos dois, que Ten só poderia ver em casa.

Pegou o objeto, ligando-o e procurando a última foto. Sentiu seu corpo acordar em uma corrente elétrica perpassando seu corpo ao observar a foto. Ele, sentado no colo de Taeyong e este mordendo seu lóbulo da orelha enquanto olhava para a câmera da forma mais erótica possível. Mordeu o lábio inferior, pensando no quão bem se sentia quando o mais velho lhe tocava. Quando ele lhe puxava pra perto, lhe beijava e o fazia sentir completo.

Balançou um pouco a cabeça, tentando acordar do transe e dos pensamentos. Tinha que sair, afinal talvez Taeyong estivesse apenas o esperando. Desligou a câmera e logo depois checou seu celular, vendo que tinham duas mensagens de Jaehyun. Uma tinha a localização deles e a outra dizia "Já estamos aqui".

Respondeu um "Estou indo", então colocou o celular no bolso, saindo de seu apartamento e encontrando Taeyong parado em frente à própria porta. Ele vestia uma calça de couro preta, justa, combinada a uma blusa também de mangas longas como a de Ten, mas na cor branca. Estava lindo.

—Eu demorei muito? —o tailandês perguntou, um pouco sem jeito.

—Só cinco minutos, pra ser exato. —Taeyong sorriu. —Mas posso perdoar seu atraso já que está bonito.

Ten sentiu suas bochechas corarem.

—Obrigado. Você também está. —respondeu.

—Temos um avanço aqui. —o ruivo riu.

—O quê?

—Da primeira vez que eu te perguntei se me achava bonito, você não me respondeu.

—Ah...Podemos ir agora? Se não nós dois vamos chegar atrasados! —riu, envergonhado, correndo um pouco corredor à frente em direção ao elevador.

—Ei! Espere aí! —seguiu o mais novo em meio a risadas. —Isso quer dizer que se arrepende de não ter dito antes, não é? —estava rindo, mas mudou totalmente sua expressão quando observou, antes de entrarem no elevador, uma pessoa familiar sair dele. Sentiu seu corpo paralisar, sua respiração mais pesada.

O homem saiu das portas automáticas não parecendo surpreso em encontrar Taeyong ali. Lançou-lhe um sorriso, então parou na frente do ruivo.

—Já faz um tempo, Tae.

—Taeil...

Ten observava aquilo um pouco apreensivo, mas não interferiu em nada. Sentia que ali naquele momento não havia espaço para si.

—O que faz aqui? —Taeyong perguntou sério.

—Não é óbvio? Eu vim te ver. —abriu os braços, esperando por um abraço que o ruivo não tinha a menor intenção em devolver.

—Também deveria parecer óbvio pra você que eu estou indo para uma festa agora, então não tenho tempo pra você. —respondeu, engolindo em seco. Sentia seu corpo travado e lágrimas querendo pular para fora, no entanto sendo limitadas por sua força de vontade em não chorar na frente de Taeil.