Onze

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Acordou em casa, observando as cortinas do quarto fechadas. Apenas uma pequena fresta de sol iluminava o corpo bonito e corado que se encontrava em sua frente, dormindo como um anjo. Sorriu ao vê-lo.

Olhou as horas, vendo que o relógio marcava já ser tarde até mesmo para quem tinha ido a uma festa na noite anterior. Já haviam perdido todo o dia, praticamente.

Eram plenas três e meia da tarde e Taeyong encontrava-se ali, deitado em sua cama, escutando a calma respiração de Ten, que mantinha os olhos fechados mesmo diante da pequena claridade solar que lhe atingia o rosto. Lembrou-se de noite passada, das sensações a flor da pele, do simples e tão recíproco sorriso que o mais novo lhe devolveu, ao afirmar que ele o completava.

Pela primeira vez em tanto tempo sentia-se assim. Sentia-se bem. Sentia-se feliz. Nem mesmo a vinda inesperada de Taeil lhe preocupava tanto quanto achava que aconteceria, se o visse de novo. Não fora algo fácil, não podia negar, mas parecia mais fácil agir com Ten estando do seu lado naquele momento.

—Hm... —Ten resmungou, abrindo os olhos e observando o sorriso de Taeyong ao encarar-lhe. Deu uma risadinha. —Bom dia, Tae...—fechou um pouco os olhos, aconchegando-se mais próximo ao outro.

—Bom dia. —beijou-lhe o topo da cabeça, abraçando o mais novo. —Dormiu bem?

—Uh-hum... —murmurou, ainda sonolento.

—Eu vou fazer algo para comermos, tudo bem se você ainda quiser ficar dormindo. —acariciou as costas do outro de forma carinhosa.

—Que horas são?

—Quase quatro da tarde—riu.

Ten levantou um tanto atordoado, surpreso pelo horário.

—E-Eu dormi tanto assim?

—Nós dormimos...Aparentemente nossos corpos ficaram um pouco cansados. —sorriu um tanto lascivo, ficando também sentado.

Ten sentiu seu rosto esquentar, olhando para o colchão abaixo de si, soltando um resmungo fofinho e envergonhado. O mais velho riu, então os dois ficaram em um silêncio que não era de forma alguma desconfortável, até Ten tocar-se de algo.

—Taeyong...como eu cheguei aqui?

—Eu te trouxe. Você quis ir pra casa depois de tudo, então acabou dormindo no caminho. Eu trouxe você pro meu apartamento já que eu não sabia sua senha eletrônica.

—Você me carregou? Até aqui? —perguntou surpreso.

—Você não é pesado, não se preocupe. —brincou.

—Não é isso... Eu só não entendi por que não me acordou. Nem como eu não acordei. —riu.

—Não te acordei porque você fica lindo dormindo. E você não acordou porque sou um cavalheiro silencioso. —fez uma reverência engraçada, fazendo Ten rir novamente. Adorava a risada do mais novo.

Olharam um para o outro por alguns segundos, apenas sorrindo, até que Ten inclinou-se, recostando sua testa no ombro do outro, lembrando-se do quão boa fora a noite anterior. Não conseguia descrever o quanto seu coração vibrava ao recordar-se do quão maravilhoso fora e estava sendo ter Taeyong em sua vida. Não se sentia mais sozinho, não se sentia mais tedioso. Com o ruivo, conseguia perceber em si as mudanças.

—Você deve estar com fome, hm? —o mais velho tocou os cabelos claros do outro. —O Hyung vai preparar uma lasanha daquelas.

Ten sorriu, afastando-se dele para olhar seu rosto. Depositou um selo demorado nos lábios alheios, separando-se minimamente para encostarem suas testas uma na outra.

IntenseWhere stories live. Discover now