Perdendo o Fôlego

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Anastasia

Paro com o carro em frente a nossa casa, corro pra dentro.
— Annie? – mamãe pergunta sua voz vindo dá cozinha?
— Oi mãe – grito do corredor que leva em direção aos quartos — Sou eu o Ben tá precisando de ajuda – corro para o seu quarto em busca da sua pasta. Corro meus olhos a achando no local que ele indicou pego e saio do quarto andando a passos largos.
— Mãe eu vou até a empresa onde o Ben trabalha, ele precisa disso aqui – levanto a pasta no ar — Ou cabeças vão rolar, mais precisamente a dele – mamãe sorri.
— Esse menino não esqueçe a cabeça porque está grudada ao pescoço – mamãe balança a cabeça de um lado para o outro.
— Bom vou lá logo, antes que o pico do trânsito aumente – dou um beijinho no alto da sua cabeça e saio andando.
— Tá bom cuidado filha.

Saio de casa e entro no carro dando partida, sigo para a Grey Enterprises Holdings, Ben já trabalha lá a mais de dois anos. Entrou como auxiliar administrativo, porém devido suas competências está agora como  assistente executivo. Mas como ele mesmo disse não é fácil suportar o seu chefe, ou seja Grey Enterprises Holdings é só para os fortes – dou risada sozinha em meio ao fluxo do trânsito matinal de Seattle.

Chegando lá admiro a bela contrução, o edifício é enorme, todo espelhado por vidros, passo em frente a ele, procurando alguma vaga para estacionar, assim que encontro uma estaciono em frente ao prédio vizinho, pego tudo travo o carro acionando o alarme e prossigo na missão de salvar meu maninho.

Entro observando a estrutura do edifício na porta há dois seguranças.
— Bom dia – murmuro educadamente, eles se entre olham como se eu fosse um bicho de sete cabeças.
— Ah... Bom dia senhorita – os dois respondem meio sem jeito.
Caminho até a recepção, e começo a ficar incomodada, pois, as mulheres aqui são belas e suas roupas não ficam muito atrás disso, todas muito bem maquiadas em suas roupas sociais.
Me aproximo do balcão da recepção.

— Olá em que posso ajudar – uma moça de cabelos castanhos e lindos olhos cores de mel oferece.
— Bom dia – dou um meio sorriso.
— Bom dia – devolve formalmente.
— Sou Anastasia Steele, estou aqui para falar com  Benjamim Steele – explico.
— Ah sim claro, a senhorita está autorizada a subir – sorri em uma linha fina — A senhorita pode se dirigir aquele elevador a sua direita e ir até o vigésimo quinto andar.
— Ok muito obrigada – agradeço me encaminhando para o elevador.

Aciono o botão de chamada do elevador e fico aguardando.
Quando as portas se abrem meus olhos que estavam em um ponto fixo no chão, vão subindo lentamente como se um magnetismo me puxasse trazendo a margem a curiosidade de saber quem é o dono do belíssimo corpo, meus olhos correm por toda a extensão analisando o homem milimetricamente bem vestido a minha frente – Annie você está acostumada a ver seu irmão vestido assim – meu consciente murmura, a curiosidade me aguça, ombros largos, postura rígida, por baixo do terno é possível ver seus músculos bem definidos – corro meus olhos subindo um pouco mais –  cabelos louros cinza escuro, olhos azuis tempestuosos como o mar de Bering quando está em fúria, sua mandíbula firme e queixo bem desenhado, o fazem parecer como uma bela escultura esculpida a dedo, nariz bem aperfilado, boca milimetricamente desenhada. Abro a boca pra ver se consigo voltar inspirar um pouco mais de ar. Quando estou prestes a terminar de checar o belo exemplar a minha frente, nossos olhos se cruzam rapidamente.
Vamos lá Annie até parece que você nunca viu um homem – na verdade um pedaço de mal caminho como esse? – não.

— Bom dia – sua voz grave ecoa dentro do elevador, ele puxando assunto, me sinto como uma colegial, sem saber como reagir diante do bad boy do ensino médio – deixe de ser boba ele só está sendo educado

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— Bom dia – sua voz grave ecoa dentro do elevador, ele puxando assunto, me sinto como uma colegial, sem saber como reagir diante do bad boy do ensino médio – deixe de ser boba ele só está sendo educado.

— Ah... Olá, bom dia – murmuro timidamente enquanto entro no elevador e fico de costas para o cara, morrendo de vergonha, todas as mulheres aqui são tão bem arrumadas e bem vestidas, que minhas roupas parecem um trapo velho.

...

Ta difícil até para respirar, parecia que o elevador não iria parar nunca, e o ar estava um tanto pesado. Sinto seus olhos sobre mim – e por um breve instante imagino como seria vê-lo nú – Annie pare com isso, você jurou jamais se entregar a outro homem –  será que ele é colega de trabalho do Ben? – meu instinto de detetive está aguçado, provavelmente bonitão desse jeito, deve ser casado e muito bem casado.
Agradeço quando ele me permite sair primeiro do elevador, sigo para a recepção, Andrea me atende super bem, eu já havia falado ao telefone com ela algumas vezes, ela sempre foi muito gentil. Ben fala muito bem dela, bem até demais, desconfio que eles tenham alguma coisa, contudo por causa da política da empresa, eles não devem poder se expor.

— Annie ele já vem – Andrea anúncia assim que coloca telefone sobre o gancho.
— Tá bem muito obrigada Andrea – agradeço, só meu irmão para me fazer entrar aqui – reviro meus olhos.
— Bom dia Andrea – a voz do pedaço de mal caminho invade a recepção.
— Bom dia senhor Grey – Andrea parece ficar tensa de repente, Grey? – claro ele é chefe – franzo o cenho um pouco confusa, ele foi tão educado comigo no elevador.

Me afasto um pouco do balcão da recepção, que fica no centro do andar, a fim de tentar controlar minha cara de surpresa.
— Annie graças a Deus – ouço a voz de Ben quando ele sai de um corredor. Me abraça rapidamente.
— Você está me devendo essa – semicerro os olhos para ele, em seguida sorrio.
— Bom dia Benjamim – a voz do senhor Grey pega meu irmão de surpresa. Afinal ele está de costas e não viu o senhor frio como metal chegar – tenho vontade de rir, de frio ele não tem nada, parece muito quente por sinal – mordo meu lábio inferior, para conter meus pensamentos.

— Eh... Bom dia senhor Grey – Ben se vira para olhar para seu chefe.

— Não vai me apresentar sua esposa – questiona arrogante – tenho vontade de gargalhar, toda via me contenho – sério que ele acha isso? – estreito meus olhos para o senhor Grey, quero ver qual será sua reação.
— Oh, não, não Annie é minha irmã – Ben franze o cenho confuso. A expressão do senhor Grey suavisa um pouco.
— Anastasia Steele – Ben faz um gesto com a mão — Este é o senhor Christian Grey meu chefe – Ben sorri em uma linha fina, meio sem jeito.
— Senhor Grey está é a minha irmã Anastasia Steele – Ben expira quando termina às apresentações.
— É um prazer conhecê-la Anastasia – Christian estende a mão para me cumprimentar , eu também o faço.
— O prazer é meu Christian – quando nossas mãos se tocam sinto uma sensação estranha, mas gostosa ao mesmo tempo. Demoramos um pouco demais para soltar nossas mãos, seu aperto firme faz ondas se formarem em meu ventre – sinto minhas bochechas queimarem – Annie pare com isso agora mesmo. Inspiro o ar profundamente, quando nossas mãos se soltam.
Meu irmão olha do senhor Grey para mim, como se tivesse diante de uma situação inusitada.
— Eu não sabia que você tinha uma irmã tão linda Benjamim – ele tá me elogiando?
— Tecnicamente o senhor nunca me perguntou – Ben responde na lata, erguendo a sobrancelha apertando a mandíbula em uma linha fina. Pela primeira vez o ar imponente de Christian se vai um pouco, acho que ele ficou sem graça.
— Ben aqui está o que você me pediu – estendo a pasta a fim de mudar o assunto.
— Muito obrigada Annie – Ben agradece enquanto pega a pasta da minha mão — Você é a melhor.
— Eu sei – franzo o nariz convencida, amo meu irmão — Até mais tarde Ben, com licença – peço começando a caminhar de volta ao elevador.
— Ben você não vai convidar sua irmã para um café? – Christian diz antes de eu cruzar a linha á sua frente.
— Annie gostaria de um café? – olho de relance para meu irmãozinho.
— Não obrigada – agradeço preciso sair logo daqui, minha missão já foi cumprida, preciso de ar.
— Tem certeza? – Christian pergunta, pegando meu irmão de surpresa mais uma vez, consigo captar sua expressão de espanto.
— Sim, muito obrigada pelo convite – sorrio timidamente — Foi um prazer conhecê-lo senhor Grey – murmuro dando um leve aceno de cabeça.
— O prazer foi meu Anastasia – eu detesto meu nome, entretanto quando  sai de seus lábios eu gosto.

Sigo para o elevador andando lentamente, pois se eu o fizer um pouco mais rápido, é capaz de eu entrar em colapso por falta de ar.
Quando entro no elevador me viro a tempo de ver os o dois lá, parados olhando para mim, Ben com cara de paisagem e Christian com um sorriso sedutor estampado em seu rosto.

Surpreendida Pelo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora