Annie é uma mulher madura, que já sofreu muito na vida, jura jamais se entregar a outro homem, pois as marcas do passado ainda seguem presentes em seu coração, porem em um piscar de olhos sua vida irá se transformar, fazendo a descobrir a força de u...
— Merda – salto da cama quando olho para o rádio relógio, percebo que tô mega atrasada para chegar ao hospital. — Merda, merda – reclamo enquanto pego minhas coisas correndo. Não tive tempo nem de me banhar. — Annie? – mamãe me chama na porta do quarto a acorda bem cedo já deve ter visto que eu perdi a hora. Também eu não queria acordar sonhando com o senhor frio como metal que no meu sonho não tinha nada de frio... – engulo em seco – vamos, vamos Anastasia. — Ti indo mãe, já acordei – murmuro do banheiro, enquanto minha boca está cheia de creme dental. — Tá bem filha vou preparar um lanchinho rápido pra você ir comendo no carro – mamãe saí a passos largos. Término minha higiene matinal e corro pegando minha bolsa. — Mamãe te ama pequena – murmuro baixinho para Lauren que ressona em seus soninho dou um beijinho em seus cabelos e saio correndo. — Aqui filha – mamãe me surpreende na sala com um saco de papel em mãos — Um lanchinho. — Obrigada mãe – dou um beijinho em sua bochecha — Obrigada, tchau mãe até mais tarde – abro a porta e saio correndo em direção ao carro. — Tchau filha, até mais tarde dirija com cuidado – ela fica me observando da porta.
Entro no carro dou partida e começo a conduzir pelo fluxo louco de Seattle. Graças ao céus hoje o trânsito estava a meu favor.
—Annie bom dia – Kate me cumprimenta no vestiário. — Bom dia Kate – digo assim que o ar chega em meus pulmões. Detesto chegar atrasada então corri como uma louca hoje. — Calma está dentro do horário ainda – ela diz enquanto se troca e eu começo a fazer o mesmo. — Também corri igual a uma louca – sorrio Zaca de mim mesma juntando as mãos nos lábios, recordando o motivo do meu atraso.
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— Hum aconteceu alguma coisa? – Kate indaga encostando no armário ficando de frente pra mim, seus olhos verdes grandes e redondos estão ávidos por informações. — Não, não aconteceu nada – balanço a cabeça sorrindo pela curiosidade da minha amiga. — Hum... Sei, você não quer me falar mais alguma coisa aconteceu – semicerra os olhos cruzando os braços sobre o peito — Você tá muito animadinha essa manhã. — Não aconteceu nada apenas perdi a hora porque estava presa em um sonho bom só isso – explico. — Hum com certeza tinha um homem nesse meio não – Kate ri afirmando e eu coro. — Sem graça um sonho bom não incluí apenas homens – franzo o nariz pra ela.
...
Às vezes eu e Kate temos que cobrir os plantões de colegas de outro setor e hoje era um dia desses, fomos para a pediatria.
— Ainda bem que hoje caímos no plantão da doutora Trevelyan ela é sensacional – Kate a elogia. — Ela é mesmo sempre nos dá voz – acrescento o comentário de Kate, a doutora Trevelyan é uma das melhores pediatras daqui do hospital central ela é sempre atenciosa e muito dedicada, presta um trabalho multidisciplinar, ela entende a necessidade do trabalho da equipe de enfermagem e todos os outros profissionais da saúde.
— Bom dia – um moço alto de olhos verdes folha seca e cabelos loiros chega na balcão da enfermagem, olhando bem ele é até muito bonito e elegante, tem um ar despojado. Seus cabelos caindo sobre os olhos, ele levemente leva a mão para os colocarem no lugar — Eu gostaria de falar com a doutora Trevelyan – ele sorri, olho de soslaio para Kate que parece hipnotizada pelo cara. — Bom dia – respondo ao ver que Kate está parada apenas olhando para o homem misterioso — O senhor aguarda um pouquinho que ela está atendendo agora, assim que ela acabar eu a chamo. — Ok muito obrigada – ele agradece e percebo quando ele flerta com Kate jogando-lhe uma piscadela. Kate arregala os olhos e fica piscando algumas vezes, sem acreditar. — Sério que eu acabei de ver isso? – provoco. — O que? – Kate finge de desentendida. — Você flertando com o paciente – balanço a cabeça negativamente. — Mas eu nem fiz nada – faz um biquinho — Foi ele quem piscou para mim – choraminga.
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— Kate? – a doutora Trevelyan a chama quando estamos em um breve intervalo. — Senhora? – Kate atende ao seu chamado prontamente. — Oh, por favor, Katherine não me chame de senhora, assim eu vou me sentir muito mais velha – ela sempre nos repreende sorrindo quando a chamamos de senhora. — Está bem Kate – sorri timidamente. — Bem meu filho esteve aqui mais cedo e me pediu para lhe entregar isso – passa um cartão para Kate. Não preciso nem dizer que ela corou até a raíz dos cabelos. — Ah... Então ele é seu filho? – Kate indaga sem graça. Grace confirma com um balançar positivo de cabeça. — Nos achávamos que ele era acompanhante de algum paciente infantil – explico. — Oh não, não, era meu filho Elliot – explica toda sorrisos — Acho que ele gostou de você Kate – ergue a sobrancelha divertida. — Oh céus – Kate cobre a rosto com as duas mãos.
O nosso dia na unidade infantil não parou tivemos apenas uma pausa para o almoço e uma para um rápido lanche. Infelizmente são muitas crianças doentes. Graças a Deus minha filha vive cheia de saúde, contudo se nós formos olhar para a realidade daqui de dentro, temos que agradecer todos os dias pela vida abençoada que temos. Claro alguns casos são mais complexos e complicados do que outros. Porém vendo a realidade daqui, só tenho que agradecer.
— Meninas queria lhes fazer um convite – Grace nos chama a atenção enquanto olhava o prontuário de um paciente — Gostaria de convidar vocês para uma festa que vamos realizar em minha casa. Instantâneamente Kate me olha com sua olhar pidão, mas eu não vou a lugar algum. — Eu agradeço o convite Grace mais sábado é o dia de ficar com a minha filha – dou uma desculpa. — Ah, é mesmo é como vai a pequena Lauren? – a mulher é sempre gentil. — A Lauren está ótima, cada dia mais inteligente – digo com orgulho.
— Que linda – Grace ama crianças — Você está certa aproveita mesmo cada minuto depois eles crescem e se vão – sua voz está carregada de emoção. — E sua netinha quando é que vai nascer – mudo de assunto. — Ela nasce no próximo mês – diz sorridente. — Você deve estar ansiosa – Kate comenta. — Sim demais – seu semblante só confirma ela está muito feliz por isso — Na verdade eu gostaria de ter um monte de netos, quem sabe Kate não vá me ajudar nisso agora – ela sugere e Kate fica vermelha igual a um tomate — Calma Kate eu estou apenas brincando – sorri gentilmente — Mas eu conheço meu filho, ele gostou de você – afirma categoricamente. — Quantos filhos você tem mesmo – Kate sempre curiosa. — Elliot, Christian e Mia, o do meio é o que mais me preocupa – ela se emociona – Depois de uma grande desilusão amorosa na adolescência ele se fechou para o mundo – Grace desabafa. De certa forma eu me identifico com esse jovem. — Elliot é o mais animado e carinhoso – a linha fina de um sorriso se forma em seus lábios — Mia é a minha princesinha sempre exemplar em tudo – seu sorriso se alarga — Apesar de ser a caçula e a mais madura de todos eles – ela ri.