Capítulo Doze

2.3K 139 31
                                    


"Se soubéssemos os segredos uns dos outros, que conforto deveríamos encontrar."

John Churton Collins

Adalynd Doddyson

Assim que Spencer estacionou o carro e destravou as portas eu o segurei pelo pulso travando no lugar ao encarar a casa com receio, se não fosse seguro ele estaria lá comigo, mas mesmo assim eu não tinha mais tanta certeza se conseguiria lidar com aquilo numa boa, porque provavelmente eu não iria conseguir.

- Adalynd, está tudo bem? – Perguntou Spencer franzindo a testa ao balançar meus ombros levemente. – Adalynd, fala comigo, por favor. O que foi? Tem Algo errado?

- Eu não sei se vou conseguir entrar lá Spencer, parece que algo ruim vai acontecer de novo se eu passar por aquela porta. – Falei abaixando a cabeça, encarando minhas mãos e o painel do carro.

- Eu vou entrar com você e vou te proteger o tempo todo meu anjo, ninguém vai te machucar enquanto estiver junto comigo. Além disso, estamos muito bem armados, vamos ficar bem. – Spencer beijou minha testa e saiu do carro, abrindo minha porta em seguida. – Adalynd segura a minha mão e eu cuido do resto.

Como eu disse não havia como não confiar em Spencer independente da situação em que estivéssemos metidos, então eu peguei a mão dele e caminhamos lado a lado para a entrada da minha casa, deixei que ele entrasse no local primeiro e o segui mesmo com todas as células do meu corpo me dizendo que eu deveria correr para o lado oposto imediatamente, porém ele parou no meio de um passo pegando sua arma e eu teria dito alguma coisa se tivesse tido tempo, mas Spencer com o susto atirou.

Havia um homem em pé ao lado do sofá segurando uma foto que eu costumava deixar na mesinha que havia ao lado – uma das únicas fotos onde está a família toda – eu era pequena então lembro pouco dessa época, mas era minha foto favorita em família, mas não era uma pessoa qualquer e eu gritei, mas não por medo e sim porque isso me assustou simplesmente por ser impossível.

- SPENCER NÃO! – Gritei puxando seu braço para baixo e então correndo e me agachando ao lado do homem ferido. – Vai ficar tudo bem, é um ferimento superficial. Só não se mexa, por favor.

- Porque está gritando comigo desse jeito? Quem é ele Adalynd? – Perguntou Spencer ainda com a arma em mãos, nos olhando com uma careta. – Adalynd, o que está acontecendo?

- Ele é o meu pai, por isso eu gritei com você, agora vai pedir ajuda, por favor. – Respondi segurando o ferimento com as duas mãos ao encarar Spencer com certo desespero. – Parabéns, você quase o matou, mas por sorte o tiro pegou no ombro e ele vai ficar bem só temos que chamar uma ambulância porque não tem ferimento de saída. Aliás, como raios você está aqui pai? Faz anos que achei que estava morto então acho bom ter uma ótima explicação para que eu não o deixe atirar em você de novo.

Meu pai estava vivo.

Spencer quase o matou.

E eu estava confusa.

Maravilha, minha vida estava ficando cada dia mais esquisita.

- Eu vou chamar uma ambulância, mantenha pressão no ferimento e tudo vai ficar bem. Eu vou esperar lá fora. – Disse Spencer caminhando para fora com o celular em mãos.

- Caramba tinha me esquecido de como dói levar um tiro, seu amigo tem uma mira muito boa. – Disse meu pai rindo, porém fazendo uma careta de dor em seguida. – Eu sei que está confusa e cheia de perguntas e prometo que vou contar tudo pra você.

Criminal Minds - I found LoveWhere stories live. Discover now