Capítulo Quatorze

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Se ganhar não diga nada, se perder diga menos ainda."

Paul Brown

- Adalynd tem medo de elevador, ela usa o da UAC porque é trabalho, mas ela tem medo assim mesmo e prefere que o mínimo possível de pessoas saibam disso. – Disse Spencer segurando a mão de Adalynd com cuidado, ela parecia assustadoramente frágil deitada naquela cama de hospital com tantas coisas conectadas a ela, tornava sua ruiva incomodantemente menor.

- O que disse Reid? – Perguntou Morgan atrás da cadeira dele segurando seu quinto copo de café.

- Adalynd tem medo de elevador e usa o nosso da UAC todos os dias assim mesmo sem reclamar, faz sentido pra você? – Perguntou o rapaz encarando seu amigo sem soltar sua amada. – Porque pra mim não faz sentido quando ela não teme o que fazemos. Por um momento... Morgan, por um momento eu pensei de verdade que...

- Não aconteceu e fiquemos muito felizes por isso, nós não a perdemos garoto e com a família de agentes que ela tem dificilmente isso vai acontecer e ela não tem medo dos elevadores daqui por sua causa garoto, sei que ela segura sua mão no fundo do elevador pra se acalmar ou canta baixinho quando está lá sozinha. Eu não falo muito garoto, mas observo vocês; é bonito de ver e vocês vão ter isso de volta. – Disse Rossi entrando no quarto também com um copo de café se juntando a montanha de músculos derrubadora de portas chamada Derek Morgan que mantinha os olhos em Adalynd. – Como ela está se saindo?

- Ainda sedada por ordens médicas já que as dores que ela sentia quando chegou ainda eram fortes demais mesmo com os remédios iniciais pra dor dados ainda na ambulância, não é pra menos foram oito costelas quebradas, várias escoriações por todo o corpo por ter resistido às amarras que foram usadas, o ombro descolado já foi colocado no lugar quando a colocaram na ambulância e também e um braço quebrado com várias rachaduras na extensão óssea... Os médicos disseram que ela apanhou tanto que é um milagre que tenhamos a encontrado ainda com vida. – Respondeu Spencer encarando Adalynd com lágrimas nos olhos. – Eu tenho memória fotográfica e mesmo assim continuo lendo os prontuários dela esperando que algo magicamente vai mudar, mas nada muda.

Outra batida na porta e os meninos foram obrigados a descer para que o restante dos agentes pudesse subir para poderem entrar no quarto e ver uma fração do que Adalynd costumava ser antes de tudo aquilo acontecer, as ataduras, as placas de gesso por grande parte de seu corpo, todos os fios e hematomas a deixaram horrivelmente ainda menor naquela cama hospitalar, seus longos cachos ruivos sempre tão vivos haviam perdido todo o brilho, sua pele branca perfeita também havia perdido a cor saudável e mesmo assim essa ainda nem era a pior parte daquela imagem traumática – sua alma estava quebrada e os medos enraizados demais.

Quem consegue voltar de algo assim e seguir em frente?

Não havia respostas fáceis a respeito disso e de novo essa nem era a pior parte de tudo que havia acontecido em poucas horas que para a ruiva pareciam infinitas, porque a pior parte seria quando Adalynd finalmente tivesse um pouco mais recuperada e com força o suficiente para acordar e então sua mente a perseguiria insensivelmente repetidamente e a torturaria com o pior que poderia lhe acontecer naquelas malditas poucas horas infinitas de dor intensa e sofrimento – porque a pior parte estava longe de ter um fim de verdade, porque a pior parte era que mesmo agora finalmente estando segura e nem breve em casa Adalynd jamais conseguiria escapar de dentro de si mesma.

E isso se tornaria a pior coisa do mundo.

48 horas antes...

Adalynd acordou sentindo todo seu corpo dolorido em cada centímetro que pudesse lembrar-se da anatomia humana num curto espaço de tempo, sua visão turva começou a voltar lentamente e com isso finalmente percebeu que estava encrencada, realmente muito encrencada e furiosa também.

Criminal Minds - I found Loveحيث تعيش القصص. اكتشف الآن