Capítulo 5

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Sem revisão.



- E ele disse isso tudo mesmo? - Priscila perguntou depois que eu contei as coisas que Pedro falou.

Abri a mochila e coloquei meu caderno sobre a mesa.

- Não. Acabei de inventar tudo. - falei e ganhei um tapa na cabeça. - Ai, vadia. Isso doeu.

- Foda-se. Quem manda ser otário? - ela também pegou seu material escolar. - Ele parecia tão legal, né? Mas é cuzão.

A professora já tinha enchido o quadro de matéria.

- Vou nem copiar isso. - falei e peguei meu celular.

- Mas é um viado preguiçoso mesmo, hein. - não dei lugança para o que ela falou e Continuei no celular ate ouvir ela gritando. - Ôh, Professora. Pode usar celular na sala de aula?

Rapidamente joguei meu celular na bolsa e fingi estar copiando. A professora olhou a sala toda, procurando quem estava usando o aparelho.

- Vadia chupadora de pepeca. - sussurrei perto do ouvido dela.

Ela apenas riu.

-

Já estavamos no intervalo. Priscila havia sumido, acho que estava ficando com alguém. Entrei na fila da cantina e pedi apenas um pudim. Sentei em uma mesa vazia e fiquei pensando em uma certa cicatriz.

Que merda. Pensei e comi mais um pedaço do pudim, que estava divino. Porquê ele tem que ser tão... Gostoso?

Fui cortado dos meus pensamentos por alguém que puxou uma cadeira do lado da minha. Não dei importância e Continuei comendo.

- Me deu um bolo ontem! - pela voz era Junior.

Revirei os olhos.

- Pois é.

Ele tomou o pudim de mim e comeu. Que ousado.

- Fiquei esperando bastante tempo por você. - e riu de lado. Que sorriso.

Vou me fazer de sonso.

- Foi mal. Tive um compromisso em casa.

A cara que ele fazia comendo o MEU pudim era divina. Alguém falou pra ele que isso custa dinheiro e que ele não pode tomar dos outros...?

- Vamos marcar pra hoje então? - e comeu mais do MEU pudim. Ódio. - Tô doido pra beijar essa boquinha.

Falei que ia me fazer de sonso? Cansei.

- Olha... não paga de cuzão, não. Eu ouvi você falando com seu amigo. - suspirei. - Ter pau pequeno não é problema nenhum. Já dizia a Deusa Nicole "Sofrimento pra mim é câncer."

Ele arregalou os olhos.

- Não dei do que esta falando eu...

Cortei ele.

- Dez centímetros... Da pra brincar com Dez centímetros, sabia? - levantei da mesa. - Se não fosse tão babaca eu até te pegava... Eu tinha um crush em você. Mas isso é passado. - coloquei a mão no bolso e peguei um papel, a comanda com i preço do pudim, e joguei na mesa. - Dez reais por um pedaço de pudim. Acredita? Ainda bem que é você quem vai pagar. Tchau.

Algemas da Paixão (Gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora