Capítulo 6

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Capitulo sem revisão.








Fiquei olhando para aquela cara de cínico dele. Aquela barba, aquele cabelo meio bagunçado por causa do capacete. Uma carinha de mau.

Meu Deus. Me chama de Zé droguinha e me bate com seu cassetete.

– Vai subir nessa porra ou não? – ele já demonstrava estar sem paciência.

Olhei para a rua deserta, tinha um ponto de ônibus ali perto e pelo horário deveriam ter várias pessoas lá. Não seria perigo eu ir sozinho. De jeito nenhum eu iria andar com um cara desse. Era capaz dele bater essa moto, só pra mim morrer, ai ele poderia dizer que tinha menos um viado no mundo.

Sai andando em direção ao ponto, sem nem da satisfação a ele.

Ouvi o barulho da moto sendo ligada. O retardado passou tão perto de mim que eu quase fui levado com a força do vento.

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Cheguei em casa um pouco tarde, já que o ônibus tem que parar de ponto em ponto para deixar e pegar pessoas. O carro da policia não estava estacionado, o que quer dizer que meu pai ainda não havia chegado. Isso era bom porque iae poupar de inventar uma desculpa para não ter vindo com aquele monte de músculos.

Girei a chave na porta e entrei em casa. Provavelmente dona Márcia também já tinha ido embora, já que um selêncio medonho invadia o lugar. Acendi a luz da sala e joguei a mochila encima do sofá.

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Depois de receber uma mensagem do meu pai, dizendo que passaria a noite trabalhando, eu fiz alguma coisa rápida para comer e passei o resto da noite no quarto.

Passado um tempo moscando mo quarto decidi abrir o facebook. Sentei na cadeira de frente para o computador e liguei-o.

Digitei a senha: CameronDallasMeAma, tudo junto mesmo. E a tela principal ascendeu, revelando uma foto do meu marido só de cueca.

Já falei que sou casado com o Cameron? Ele só não sabe... Ainda!

Abri logo o facebook, instagram e twitter no computador mesmo. Fazia tempo que não o usava para entrar em redes sociais, fiquei mais acomodado no celular mesmo.

Acho que seria muito coisa de ficção adolescente eu entrar no face e ter uma solicitação de amizade do Pedro. Confesso que essa possibilidade não me fugia da mente.

Infelizmente, as únicas solicitações que recebi naquele dia foram de um indiano, que eu recusei, e de uma moça, que eu também recusei.

Olhei algumas postagens, de pessoas que eu nem conhecia, e depois o tédio me invadiu de novo. Queria acessar o perfil dele, mas sem saber o sobrenome seria um pouco difícil.

Foi ai que tive uma ideia, se ele era parceiro do meu pai e se meu pai faz o estilo tiozão antenado que usa todo tipo de rede social, é claro que ele teria o Pedro na lista de amigos.

Entrei na pagina do papai, fui nos amigos dele, cliquei em buscar amigos e digitel o nome do demônio.

Foram mais de dez nomes, mas finalmente eu encontrei.

FBI, me contrata!?

Confesso que esperava encontrar como foto de perfil algo mais, como posso dizer... "Atirado".

Tipo uma foto sem camisa, um óculos de sol no rosto... Essas coisas que pessoas "bombadas" fazem para aparecer mais fortes ainda nas redes sociais.

O que vi foi uma foto dele na frente de um espelho enorme, vestindo a farda da policia, o óculos de sol estava lá. Tinha também um certo volume entre as pernas. Esqueci de falar que gente que usa farda também adora se amostrar nas redes sociais.

Infelizmente, as fotos e publicações dele eram restritas apenas aos amigos. Fiquei tentado a mandar uma solicitação, mas qual é?! Eu nem estava interessado nele. Só abri o perfil por curiosidade mesmo.

Depois de um tempo abri o YouTube e procurei um filme para assistir. Netflix é para os fracos.

Quando me assustei já era bem tarde. Desliguei o pc. Fui no banheiro escovar os dentes e cai na cama.

Quase pegando no sono, ouvi o barulho de notificação do facebook no celular. Iria deixar para ver no outro dia, mas a curiosidade foi maior. Vai que alguém postou uma foto ridícula junto comigo em algum rolê, se fosse isso eu teria que desmarcar e ocultar da time line.

Desbloquiei o aparelho e vi uma solicitação:

Bruninhoh Patati Zica enviou uma solicitação de amizade a você.

É, realmente séria muito coisa de ficção adolescente ele me mandar uma solicitação.

Recusei o pedido e dessa vez cai no sono.

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Depois de uma noite de sono nada boa, tudo que eu mais queria era ficar em casa. Mas, infelizmente, eu tinha meus deveres à cumprir. E com deveres eu quero dizer escola. Ainda me questiono o porquê de eu querer estudar no matutino.

– Dormiu mal? – dona Márcia perguntou quando eu entrei ma cozinha.

Passei manteiga em um pão e enquanto sentava respondi:

– Sim. – direto e seco. Odeio conversar de manhã. Coloquei café em um copo e comecei a beber. – Meu pai ta em casa?

– Sim. – ela respondeu, mais seca que o normal. Acho que ela só tava revidando o modo como a tratei.

Continuei comendo e não disse mais à ela.


– Poderia fazer um bolo de chocolate hoje? Deu vontade de comer. – pedi já levantando.

– Sim. – disse lavando um copo. – Com cobertura? – fiz que sim com a cabeça e peguei a bolsa. – Bom dia pra você também.

Bom dia pra quem? Tive vontade de responder, mas respirei fundo e disse um "Bom" sorrindo de lado.

Acho que acordei com o pé esquerdo!

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Clicar na estrelinha ajuda bastante.
Bjs e abraços <3

Algemas da Paixão (Gay) Where stories live. Discover now