Combinamos de almoçar com meus pais para que houvesse uma apresentação formal e para que finalmente eles poderem se conhecer. Meu irmão não largou Henrique nem por um segundo.
– Quando começa suas férias? – Estamos indo ao aeroporto. Ele é quem vai partir dessa vez. Já estou até vendo a noite de choro que vou passar hoje.
– Segunda semana de julho. – O transito não está razoável hoje, o que me da mais um tempo com ele.
– Tenho férias na terceira semana. O que acha de passar uma semana comigo e depois viemos pra cá, nós dois? - Para ficar com ele eu aceitaria qualquer coisa.
– Pode ser, gostei muito de Barcelona. – Eu o provoco.
– Então não vai por minha causa? – Ele faz um pequeno beicinho.
– Eu falei que gosto de Barcelona não que eu amo. – Sorrimos um para o outro.
Henrique vai para Porto Alegre ver os pais que ele não vê desde o ano-novo. Eu não podia argumentar para ele ficar, porque ele só teria um dia para ficar com eles e isso seria injusto já que na segunda a noite ele tem que se apresentar a seleção brasileira, que vai jogar na quarta-feira contra Portugal.
Eu na verdade não queria nem ir ao aeroporto, só que eu precisava voltar com o carro para deixá-lo novamente na garagem e quando eu precisasse, poderia usá-lo. Na volta de Florianópolis eu já estava com os olhos cheios de lágrimas de saudade.
*
– A seleção ganhou o jogo e ele foi o melhor em campo. – Karina relembrando do jogo ao qual fez Henrique e eu nos ver da última vez isso foi um mês e meio atrás.
– Não estou falando sobre ele. – Mostro a língua para ela. Não estávamos falando sobre o futebol. Estamos falando sobre como o clima de inverno está ameno, na verdade desde aquela semana que Henrique veio me ver estava quase a mesma temperatura. Quando ela tocou no nome dele meu coração deu um aperto.
O melhor de tudo é que daqui a uma semana vou poder estar em Barcelona junto com ele. A passagem já foi comprada por ele é claro e pela primeira vez vou voar de primeira classe, Henrique fez questão disto.
Olhei para o relógio e vi que o horário do intervalo já estava se acabando e chamei Luana para irmos. Era a última aula da semana e minha última sexta-feira na faculdade esse semestre, já que daqui a uma semana estarei num avião. Saímos correndo por causa da chuva.
Quando entrei na sala de aula com parede igual a fachada do prédio que era totalmente de tijolos à vistas vermelhos a professora Mônica veio em minha direção, me dizendo para ficar do lado de fora, no corredor para que pudéssemos conversar.
– Helena, preciso lhe dizer algo e vou direto ao ponto. Você esta reprovada em minha matéria. Mas não seria justo com suas colegas a ajuda que você recebeu.
Olhei para ela sem entender e fiquei com minha cara de palhaça quando não tenho reação.
– Desculpa professora, mas não entendo o que você quer dizer com reprovada. Eu faltei somente uma vez durante o semestre inteiro e o projeto do blog eu fiz tudo como foi dito para fazer, então eu não entendo o porquê desta reprovação.
– Você fez uso de propagandas de marcas e se apoderou de sua... hã... oportunidades.
– Você não pode fazer isso! Não fiz nada do que era proibido. Não usei fotos e nem textos de os quais fossem plagiados, foram tudo de autoria minha. Agora você vai me dizer que eu não segui as regras? – Digo a ela com os olhos cheios de água por causa da raiva. Amenizei minha fala, pois percebi que estava desacatando um professor.
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Um amor além de flashes
RomanceDeterminada, sonhadora, irritante e dona total de si Helena viaja para Barcelona para estudar durante um mês com intensão de melhorar seu currículo e melhorar seu histórico profissional. O que ela não esperava era que ia melhorar também seu históric...