Capítulo 29

7.7K 493 8
                                    

Combinamos de almoçar com meus pais para que houvesse uma apresentação formal e para que finalmente eles poderem se conhecer. Meu irmão não largou Henrique nem por um segundo.

– Quando começa suas férias? – Estamos indo ao aeroporto. Ele é quem vai partir dessa vez. Já estou até vendo a noite de choro que vou passar hoje.

– Segunda semana de julho. – O transito não está razoável hoje, o que me da mais um tempo com ele.

– Tenho férias na terceira semana. O que acha de passar uma semana comigo e depois viemos pra cá, nós dois? - Para ficar com ele eu aceitaria qualquer coisa.

– Pode ser, gostei muito de Barcelona. – Eu o provoco.

– Então não vai por minha causa? – Ele faz um pequeno beicinho.

– Eu falei que gosto de Barcelona não que eu amo. – Sorrimos um para o outro.

Henrique vai para Porto Alegre ver os pais que ele não vê desde o ano-novo. Eu não podia argumentar para ele ficar, porque ele só teria um dia para ficar com eles e isso seria injusto já que na segunda a noite ele tem que se apresentar a seleção brasileira, que vai jogar na quarta-feira contra Portugal.

Eu na verdade não queria nem ir ao aeroporto, só que eu precisava voltar com o carro para deixá-lo novamente na garagem e quando eu precisasse, poderia usá-lo. Na volta de Florianópolis eu já estava com os olhos cheios de lágrimas de saudade.

*

– A seleção ganhou o jogo e ele foi o melhor em campo. – Karina relembrando do jogo ao qual fez Henrique e eu nos ver da última vez isso foi um mês e meio atrás.

– Não estou falando sobre ele. – Mostro a língua para ela. Não estávamos falando sobre o futebol. Estamos falando sobre como o clima de inverno está ameno, na verdade desde aquela semana que Henrique veio me ver estava quase a mesma temperatura. Quando ela tocou no nome dele meu coração deu um aperto.

O melhor de tudo é que daqui a uma semana vou poder estar em Barcelona junto com ele. A passagem já foi comprada por ele é claro e pela primeira vez vou voar de primeira classe, Henrique fez questão disto.

Olhei para o relógio e vi que o horário do intervalo já estava se acabando e chamei Luana para irmos. Era a última aula da semana e minha última sexta-feira na faculdade esse semestre, já que daqui a uma semana estarei num avião. Saímos correndo por causa da chuva.

Quando entrei na sala de aula com parede igual a fachada do prédio que era totalmente de tijolos à vistas vermelhos a professora Mônica veio em minha direção, me dizendo para ficar do lado de fora, no corredor para que pudéssemos conversar.

– Helena, preciso lhe dizer algo e vou direto ao ponto. Você esta reprovada em minha matéria. Mas não seria justo com suas colegas a ajuda que você recebeu.

Olhei para ela sem entender e fiquei com minha cara de palhaça quando não tenho reação.

– Desculpa professora, mas não entendo o que você quer dizer com reprovada. Eu faltei somente uma vez durante o semestre inteiro e o projeto do blog eu fiz tudo como foi dito para fazer, então eu não entendo o porquê desta reprovação.

– Você fez uso de propagandas de marcas e se apoderou de sua... hã... oportunidades.

– Você não pode fazer isso! Não fiz nada do que era proibido. Não usei fotos e nem textos de os quais fossem plagiados, foram tudo de autoria minha. Agora você vai me dizer que eu não segui as regras? – Digo a ela com os olhos cheios de água por causa da raiva. Amenizei minha fala, pois percebi que estava desacatando um professor.

Um amor além de flashesWhere stories live. Discover now