Capítulo 50

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Como perguntado nos capítulos anteriores teremos SIM a segunda parte (uhuull). Beijoss e aproveitem.

*

Henrique entra na sala onde há somente eu com uma agulha em minha veia do braço direto tomando soro. Não fiquei desacordada em nenhum momento apenas tinha pequenos flashes de inconsciência. A Dra. Silvia ainda não me disse nada do que eu poderia ter, apenas conversou comigo sobre meu dia-a-dia e escutou como estava meu coração e meu pulmão.

– Odeio te ver assim. – Ele afaga minha mão que está gelada por causa do clima.

– Pareço um papel, como gostaria? – Tento fazer uma piada.

– Odeio ver você mal de saúde. E, aliás você continua linda. – Reviro os olhos porque estou sem forças para revidar algo em volta.

A Dra. Silvia é uma mulher na faixa dos cinquenta anos gordinha e baixinha, seu cabelo loiro com mechas era um Chanel moderno e repicado nas pontas.

– Olá de novo Helena, já tenho o resultado de seus exames e ao que parece não são tão bons quanto esperados. – Ela abre o diagnostico para ler para nós. – Você está com uma infecção nos pulmões que causa a pneumonia, causada pelo frio e por baixa imunidade. Não há nada que se preocupar agora, mas preciso que você venha me ver uma vez por semana durante um mês e meio. Tudo bem?

– Ela virá com certeza. – Henrique responde antes de mim. – Não é? – Ele me olha.

– Claro. – Digo dando um pequeno sorriso, o máximo que eu consigo fazer agora para ambos.

– Vou deixar vocês alguns minutinhos e volto quando o soro acabar para liberá-la. Lembre-se a partir daqui é só cuidados.

Balançamos nossas cabeças para a médica querida e ficamos olhando a porta se fechar. O silêncio que se segue entre nós é mortal.

– Então, há algumas coisas que você ainda tem para me dizer. – Falo para ele fracamente.

– Estamos em uma clínica e você está tomando soro, não vou cansar você. – Ele pega uma revista em um banco no canto da sala.

– Era uma má hora na noite de ano novo. Qual é, precisamos dessa conversa. Além do mais você está em vantagem por eu não conseguir argumentar. – Ele me olha e da um sorrisinho que me faz ficar um pouco mais alegre.

– Se é assim. O que quer saber? – Ele fecha a revista e entrelaça seus dedos em seu colo.

– Com quantas garotas você dormiu enquanto estávamos separados? – Ele me olha sem reação.

– Essa é a Helena que eu conheço, nem uma agulha em sua veia faria você parar...

– Responde logo. – Eu o interrompo. Mas será mesmo que eu queria saber a resposta? Ele olha para cima e parece contar. Merda, eu devia ter começado pelas perguntas mais leves. Caio em uma pequena depressão interna. E por fim, depois que quase um século ele me olha.

– Eu não dormi com ninguém. – Ele olha para baixo. – Eu sinto uma coisa forte por você, por isso enquanto nós dois não tivéssemos conversado eu não ia seguir em frente.

Sua resposta veio como uma bola de neve para cima de mim. Eu simplesmente não esperava que ele me dissesse algo assim.

– Por que você me deixou no carro aquele dia para ir atrás da Yasmin?

– E por que você me deixou? – Ele rebate.

– Primeiro eu, por favor, acho que eu mereço algumas respostas por ter sido a mais afetada. – Ele pensa no que eu falei e age como se eu o tivesse insultado.

Um amor além de flashesWhere stories live. Discover now