II - Pensamentos ardilosos

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James havia saído logo cedo, estava muito nervoso nos últimos meses

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James havia saído logo cedo, estava muito nervoso nos últimos meses. Sabia que em pouco tempo, estaria casado com uma pessoa que nunca viu e que apenas trocou cartas poucas vezes.

O jovem marquês precisava colocar essa energia que sentia para fora e resolveu ir ao Clube de Cavalheiros para esgrimar. James sempre gostou muito dessa arte desde menino. Não gostava somente de praticar, mas observar disputas e fazer apostas em sua mente de quem seria o vencedor.

Assim que chegou ao Clube foi direto para o vestiário para trocar a vestimenta. Havia algum tempo que não colocava suas roupas de esgrima e sentiu-se um certo desconforto, mas não se importou, sabia que aquilo faria bem para si. Deu uma olhada para o relógio de parede.

Sete e Trinta. 

Estava muito cedo e não havia cavalheiros para uma boa disputa, então resolveu a praticar sozinho com o seu florete. Ao se posicionar de frente ao saco de areia, veio uma lembrança distante de seu velho pai, Isaac. 

  — Vamos James! Está péssimo isso! Observe bem os movimentos do seu adversário, suas habilidades. Esgrimar não é só me tocar com o florete. —  Lembrava de seu pai olhando seu rosto pequeno de perto fazendo se levantar. 

 —  Mas esse não é o objetivo? - Rebateu com seu florete nas mãos mostrando para o pai alguns movimentos. 

— Mas para cumprir o objetivo você não precisa ir diretamente. Muito óbvio meu filho. Seja astuto. Sábia apreciar a luta e conhecer seu adversário para que possa não somente adquirir experiência, mas para articular estratégias de combate. Vamos? Se posicione.  

Perdidos em seus pensamentos refletia o quanto seu pai era bom com movimentos precisos e harmoniosos. Seus passos de ataque eram como uma dança suave e com ritmo certo. 

 —  A esgrima é uma luta antiga com muita tradição e cultura, então James sabia aprecia-la por completo. - Seu pai falava no meio do combate. - Coloque em prática suas habilidades mentais e não só corporais. - Batendo no florete de seu filho fazendo-o cair no chão.

 —  Só voltará a combater comigo quando ler o Tratado de Las Armas. 

— Como? - Resmungou pegando o seu florete do chão. 

— Tratado de las armas é um livro muito bom para quem está começando meu filho a esgrimar. Escrito pelo Espanhol Diego de Valera. Tenho certeza que abrirá seus horizontes. - Ele olhou diretamente nos olhos de seu primogênito, batendo sua mão no rosto de leve e se retirando da sala. 

E realmente abriu seus olhos. Foi um dos seus livros favoritos e que o fez criar gosto pela leitura de uma forma arrebatadora. O Marquês observava aquele saco de areia meio que paralisado pela saudade.

Assim se pôs a combater com movimentos ágeis e precisos. Não sabia muito bem o que estava sentido naquele momento, mas sabia que estava fazendo a coisa certa para amenizar. Mal acreditou quando viu seu corpo tomado pelo suor, sua respiração falha e suas mãos trêmulas. Estava realmente exausto. 

A Noiva do MarquêsDonde viven las historias. Descúbrelo ahora