Atrás das Quatro Paredes

11.1K 1.2K 324
                                    


•∆•

"Titio?" O menininho o chamou com um certo medo.

"Sim amor?" Ele estava sentado no sofá assistindo tv. O garotinho o olhou tímido e se aproximou.

"O senhor sabe onde está o meu ursinho?" Focou o olhar em seus pés.

"Aquele seu ursinho de pelúcia que você sempre anda agarrado?" Se sentou direito no sofá e olhou para o menino.

"Sim." Respirou fundo e olhou nos olhos do homem. "Sabe onde ele está?" Levou um susto quando o homem se levantou e o pegou no colo, colocando sua braço no meio de suas perninhas.

"Eu sei onde está querido." Sorriu e começou a andar em direção ao seu quarto e Rafa, inconscientemente, começou a tremer com suas orelhinhas abaixadas e se agarrou nas roupas do homem. "Aqui meu fofo." O deixou sentado em sua cama, abriu seu armário e tirou de lá seu ursinho, dando para o ômega. "Qual é a palavra mágica?" Perguntou antes de dar o bichinho.

"Por favor." Ergueu seus bracinhos para cima e seu tio deu. "Obrigado." Sussurrou e abraçou fortemente sentindo o perfume de sua mãe.

"Isso... Continue assim." Sorriu morto e voltou ao seu armário, abrindo as portas e tirando de lá uma bolsa pequena. A colocou em cima da cama e Rafa olhou aquilo com curiosidade. De dentro, Edward tirou uma câmera profissional e o ômega se assustou, abraçando fortemente o urso sentindo seu coração acelerar, o que ele iria fazer com aquilo? "É uma máquina fotográfica meu amor." Arrumou a lente do objeto.

"Mas o que o senhor irá fazer com isso?" Desviou o olhar.

"Fica assim." Mandou e apontou a máquina para o garoto, começando a tirar várias fotos dele. "Agora..." Se aproximou e ficou quase em cima do menino. "Assim." Tirou outra foto. Um momento ele pediu para Rafa olhar para a lente que ele iria tirar uma foto de seu rosto, e aquela foi a foto mais bonita que ele já tinha tirado na sua vida inteira. O ômega estava com seus olhos grandes, verdes e brilhantes olhando exatamente no centro da câmera com um rosto inocente. "Perfeito meu amor, você poderia ser modelo." Sorriu e se sentou ao lado, revendo as fotos na máquina. "Mas agora..." Ele abraçou o garoto, que se assustou e sentiu seus pêlos se arrepiarem. "Eu quero um abraço bem gostoso."

O menino lentamente tentou contornar o corpo do tio com seus braços mas eles eram muito pequenos.

Seu tio o aproximou para mais e começar a fazer carinho em suas costas. Quando as mãos começaram a descer, Rafa se desesperou e pensou em qualquer desculpa.

"T-Titio, estou com fome." Sussurrou e o homem desfez o abraço.

"Vou ver o que eu faço." Suspirou e se levantou aflito de sua cama, indo em direção a cozinha.

Rafael estava com olheiras em baixo de seus olhos e muito cansado por causa da energia que ele gastava com seu tio.

Suspirou e desceu da cama grande com dificuldade por ser pequeno e caminhou pela casa em seu ursinho, se fechando em seu quarto. A porta não tinha chave, seu tio a guardava as sete chaves.

Quem diria? Um garoto de seis anos planejando em como poderia se trancar no quarto ou impedir de seu tio se aproximar.

Subiu em sua cama, deitou e se cobriu com o ursinho querendo se esquentar pois estava meio frio, mas acabou adormecendo e acordou sentindo umas carícias em sua bochecha.

Abriu os olhos assustado vendo que o homem estava extremamente perto.

"Você dormiu amor." Sorriu e beijou a bochecha do ômega.

Lupus • ABO MpregOnde histórias criam vida. Descubra agora