Ganhando Confiança

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As coisas não estavam fáceis nesses últimos dias. Um dia após a reunião frustante, não conseguir fugir de uma conversa com a Natália e então as coisas começaram a tomam outra proporção.

- Estava lhe aguardando ontem. - falou Natalia, assim que entrei na sua sala e se sentei.

- Com o novo cronograma tive que tenta adiantar as coisas. Não conseguir tempo.

- Sei que não te agrada ser responsável por esse evento. Mas não precisa fica na defensiva comigo.

- Desculpe senhora, se fui ríspida! - uma pequena ponta de vergonha, passou no meu subconsciente. - E como contratada da empresa, devo apenas compri ordens. Agradeço sua confiança em meu trabalho e sei que sem sua ajuda, eu teria que rala muito para esta na posição que assumir na revista.

- Apenas por mérito próprio. E se outra pessoa estivesse no meu lugar e não percebesse seu potencial, deveria ela mesma ser deposta. - a mulher madura na minha frente parecia cansada, mesmo mantendo sua postura impecável. Enquanto tirava o óculos, limpava e o colocava de novo. - Eu não traria uma garota de 23 anos, de outro estado e com apenas um ano de formação, para ser redatora de um dos maiores setores, se não soubesse da sua capacidade. Eu vir os currículos que você tinha enviado, eram ótimos, notas impecáveis e carta de referência esplendida que dava até medo do porque se você era tão boa, seu chefe estava deixando você ir. Porém recebi milhares de currículos no mesmo páreo. Essa revista é importante demais para apenas isso fazer alguém entrar. Se não era o bastante para ser estagiária aqui. Então porque fiz uma proposta para algo muita maior ?

- Nunca parei para avaliar exatamente. Quando recebi a ligação, de cara achei que tinha conseguido o estágio. Mas quando a senhora fez a proposta e disse que era a própria Natália Rissi que estava conversando comigo, eu achei que era algum trote e... - não conseguir segura o sorriso, no meio da nostalgia e depois a olhei sem graça.

- Desligou, na minha cara. Sabe quantas pessoas já fizeram isso na minha vida ?! - coloquei as mãos no rosto, ainda mais tímida, se escondendo, mas as tirei assim que percebi que estava agindo como criança, toda encolhida. A Natália me olhava com orgulho e alegre. - Foi por esse seu jeito que está tendo essa conversa comigo hoje. Sobre comanda a Disclosure e coordena uma equipe enorme, para todas os meio de comunicação dessa revista. Mas foi como você fazia aquele jornal funcionar, que me fez retorna aquela ligação 3 vezes, até desistir e ligar no seu emprego e pelo que lembro, ainda teve que ser por chamada de vídeo e durante meu precioso horário de almoço. Eu me perguntava como uma garota, que fez um jornal que estava preste a sair do ar, a voltar ao prestígio, sendo redatora, reporte e tantas outras funções que não era dela. Não se achava capaz de receber uma simples proposta minha. Eu vir uma matéria sua receber muita repercussão, mas até ai tudo bem. Mas depois vir uma atrás da outra e não podia deixar passar despercebidos. Comecei a pesquisar sobre e peguei algumas informações de dentro, e ai descobri todo que você fazia. O amor e determinação por fazer algo renascer e renasceu. Eles devem agradecer você pelo resto da vida. Até porque você saiu deixando tudo estruturado e nessa hora te pergunto, como você não se acha capaz de está aqui? Pois ainda posso ver toda insegurança da menina que me encarou naquela chamada de vídeo, quando alguém como o Paulo te coloca em questão. Você encarou como a mulher que vejo dando ordens e fazer aquela redação funcionar. Mas era só uma mascará ali. - eu lutava para não deixar uma lágrima cair. Não podia fazer isso na frente dela, tinha que ser profissional. Mesmo ouvindo os melhores elogios que poderia ouvir e verdades tão intagráveis.

- Não era exatamente por ele. Tenho questões pessoais e não resolvidas, quando se trata das pessoas com as quais vamos ter que trabalhar.

- Eu sei. Li e reli todos os boletins de ocorrências, processos ou acordos. - e foi exatamente nesse momento que me quebrei.

Esperava Você Where stories live. Discover now