My Little Angel | pjm + jjk

Capítulo 37

Jimin chegou à boate correndo, passando pelas pessoas que limpavam o local para mais tarde. Subiu as escadas chamando a atenção dos outros garotos e garotas que passavam por ali. Todos estranharam a atitude dele.

- Kai, corre na sala do Namjoon e chama o Jihyun e o Yoon. Rápido! – Kyungsoo que estava por perto ordenou e o namorado assentiu.

O moreno assentiu e andou mais do que depressa até a parte mais afastada dos quartos. Park estava com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas, era perceptível. Sabia que tinha a ver com o cliente Jeon, pois sabia da história dos dois meio que por cima. Não que fosse um fofoqueiro, mas Jongin não era burro. Jungkook olhava para Jimin igual ele olhava pra KyungSoo. Bateu na porta e entrou mesmo sem ser autorizado.

- JongIn? – Namjoon arqueou uma sobrancelha.

- Desculpe entrar desse jeito. É que... O Jimin.

Yoongi e Jihyun se levantaram do sofá e saíram correndo em disparada, empurrando Kai pro lado. Namjoon suspirou.

- Ele está bem?

- Fisicamente sim, mas estava chorando. – O moreno explicou.

- Certo... Ligue pro Wu e peça pra ele vir até a boate se ele puder. Eu vou conversar com o Jimin e quando ele chegar me avisa. Pode fazer isso?

- Claro hyung. – Kai assentiu e se aproximou da mesa, pegando o telefone.

Namjoon deixou sua sala e caminhou até pelo andar de cima, vendo que seus funcionários estavam conversando sobre o Park mais novo. Encontrou no corredor dos quartos e foi caminhando até o último quarto que estava com a porta entre aberta, então entrou, encontrando Jimin chorando no meio dos dois amigos, que também tinham lágrimas nos olhos.

Claro que o Kim estava morrendo de pena, não gostava de vê-los chorando, principalmente Jimin que era o seu menino mais novo.

Suspirou baixinho e se aproximou da cama, sentando de frente pros três.

- Jimin.

O garoto soluçava baixinho.

- O que houve?

- Aquela vagabunda está fazendo um inferno na vida do meu bebê...

- Jihyun, se acalma, por favor. – Kim pediu, ouvindo os gritos raivosos dele. – Minnie, me conta tudo.

O menor assentiu e tentou respirar fundo.

- Ela me deu dois dias pra sumir da Coreia.

- O quê? – Namjoon franziu o cenho.

- Ela não quer que eu fique aqui hyung, ela me deu um ultimato. Se eu ficar, todo mundo vai preso!

Kim suspirou e levou as mãos aos cabelos, apertando-os frustrado.

- Eu vou à polícia. Eu vou explicar tudo, deve ter alguma maneira de sairmos ilesos.

- Mas e se não der certo hyung? – Park soluçou.

- Se não der certo... Eu me entrego.

Os três arregalaram os olhos.

- O q-quê? Não! Isso não hyung! Eu não vou suportar ver você na cadeia, eu não vou ser feliz se isso acontecer! – Jimin se aproximou do mais velho. – Nem pense nisso hyung! Você não vai abandonar tantos anos de trabalho por um garoto de programa que se apaixonou.

- Mas você não é qualquer um Jiminnie. Você... Você me lembra de quando eu era mais jovem. Nós passamos por coisas parecidas, sabe. Eu não quero que você saia do país por minha causa. – Namjoon abaixou a cabeça. – Não quero que você perca o amor da sua vida.

- Você não tem culpa nenhuma hyung! A culpa foi minha por ter me apaixonado pelo Jungkook, eu errei em me deixar levar por meus sentimentos.

Namjoon se levantou e começou a caminhar pelo quarto.

- Temos que achar uma maneira rápida pra reverter isso. Eu tenho um advogado e posso ligar pra ele agora, ele pode vir aqui e vemos o que pode ser feito...

- Hyung, não vai adiantar nada. SooMin... Ela... – o mais novo soluçou deixando as lágrimas voltarem a cair. – Ela me ameaçou. Ela disse que mataria meus avós e meu pai.

- Filha da puta! – Yoongi esbravejou como nunca tinha esbravejado em sua vida.

Park Jihyun ficou estático. Não sabia o que dizer naquele momento, já que sua mente estava nublada de ódio e uma vontade louca de matar SooMin. Ela tinha atingido o ponto fraco de Jimin, sua família.

- Eu já perdi minha mãe hyung, se eu perder meus avós eu morro. – O moreno começou a chorar alto, parecia um menino que havia se perdido dos pais num passeio no parque.

- Eu vou mandar matar ela. – Namjoon disse baixo, trincando o maxilar.

- Não! Não faz isso hyung. Ela tem um detetive que descobriu tudo sobre mim, se algo acontecer com ela, com certeza ela vai tomar ciência de tudo e vai nos denunciar.

- E se ela estiver blefando? E se ela fizer alguma coisa de ruim com os seus avós? E se ela denunciar a boate? – Yoongi perguntou.

- Eu vou matá-la com as minhas próprias mãos. – Jimin engoliu em seco e disse seriamente. – Eu não me importo de morrer na cadeia, mas eu juro que vou matá-la.

Um silêncio se instalou no quarto. Os quatro martelavam em suas cabeças algum

modo de resolver aquele problema, mas não chegavam a nenhuma resposta. Todas as alternativas acabavam na morte de Shin SooMin, e aquilo ele não fariam. A porta fora batida e Jongin entrou pedindo licença. Ficou um pouco assustado com as caras de choro de todos, mas apenas encarou Namjoon.

- Ele chegou hyung, está te esperando na sua sala.

- Ok, Jongin, eu já estou indo. Manda o Chen subir pra lá e manda alguém trazer um calmante pros três. Eu já volto garotos.

Os três viram os dois Kim deixarem o quarto e se encararam. Jimin abraçou os joelhos e suspirou baixinho.

- Vai mesmo fazer o que ela mandou? – Jihyun perguntou.

- Eu não tenho escolha. Se eu não fizer isso eu vou acabar com a vida das pessoas ao meu redor.

- Vai abandonar a sua felicidade? Vai deixar Jungkook pra trás por capricho dessa vadia? – Yoongi cruzou os braços, encarando o mais novo com seus olhos inchados.

- Yoon, eu não tenho outra escolha. Ela venceu. – Park mordeu os lábios, tentando segurar o choro. – Por mais que me doa deixar ele, no final vai ser melhor pra todos. É como se eu não existisse na vida dos dois.

- E nós? E a Jihyo?

- Jihyo aceitou bem, aparentemente. Ela é criança, ela vai me esquecer. – o adolescente sorriu de forma tristonha. - E vocês dois... Eu não vou perder o contato com vocês, seja onde eu estiver.

Os dois amigos abraçaram o menor, voltando a chorar baixinho. Aquilo parecia o início de uma despedida completamente infeliz.

[…]
[não revisado]