Quando problemas familiares obrigam Gabriel e sua mãe a se mudaram de São Paulo para Marabá, interior do Pará, Gabriel passa a ser perseguido por Pedro um bed boy capoeirista que domina a escola e tentará fazer a vida de Gabriel um inferno por se en...
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Logo que saímos da sala desembarque reconheço a tia Zulmira, ou Zú, como ela gostava de ser chamada, ela nos aguardava girando chave do carro no dedo pelo aro do chaveiro.
Sorrio comigo, a tia continua tão impaciente quanto me lembro, passei algumas férias escolares aqui, apesar da distância minha tia sempre foi muito apegada comigo, sempre ligando enviando presentes de aniversário de natal, sempre me convidando para vir passar uns dias com ela.
Tia Zú e o tipo de pessoa que não sabe ficar quieta, mesmo quando está sentada sua perna fica balançando como se ela tivesse necessidade de se movimentar o tempo inteiro.
Ela estava ladeada por uma jovem de cabelos vermelhos que identifiquei automaticamente como a prima Luzia.
Trocamos abraços sem graça, daqueles que a gente dá num parente distante que não se vê há muito tempo. No meu caso tinha sido a oito anos, não sei de onde me veio à lembrança dela ainda criança, correndo de calcinha pela casa, era meio estranho vê-la quase do meu tamanho. Me senti quase pequeno.
Tia Zú vivia numa pequena mansão localizada bem no pé de uma ladeira que fazia divisa do Belo Horizonte com a Cidade Nova, a casa em questão era uma herança de família, e nem mamãe, nem a tia conseguira vendê-la. A casa era o sonho dos seus pais.
Agora tia Zú morava nela, e nós também iríamos, a partir de hoje.
Minha mãe ainda falou em alugar um apartamento, mas a tia Zú acabou convencendo-a a ficar na casa.
A tia Zú e mamãe eram diferentes como água e óleo, mamãe era sensível e introspectiva adorava pintar, ler e ficar quieta, já a minha tia falava alto adorava cantar, festar e principalmente ela adorava ser o centro das atenções, minha tia é exatamente o que minha mãe precisava neste momento tenho certeza disso.
— Vai dar tudo certo! — repeti mais uma vez o que já estava se tornando para mim uma espécie de mantra.
— Vai dar tudo certo!
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Olá, caros leitores, nosso personagem acabou de chegar, vamos juntos nessa aventura? antes de virar a página, dá um votinho e faz um comentariozinho aí, só pra eu saber se você está curtindo, um forte abraço e vambora pro próximo capítulo! >>
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