Mamãe seguia a passos firmes, na verdade, faz tempo que não a vejo tão irritada, é bem verdade que o humor dela havia mudado desde a nossa chegada, não sei por que ela está tão chateada, nunca imaginei que algo assim fosse acontecer, ela estava tão empolgada para vir, simplesmente não consigo entender o motivo, mas a julgar pelo jeito dela, logo, logo vou acabar descobrindo...
Lú parece aflita, não sem motivos afinal fomos pegos de "calças curtas", há e como estavam curtas aquelas calças, a simples lembrança de como estávamos faz um calor percorrer meu corpo, beijá-la novamente havia sido tão incrível quanto na primeira vez, não definitivamente havia sido ainda melhor, paro para pensar nisso Laura beija bem mas com a Luzia, tem sentimento, não tenho mais dúvidas, é com ela que quero ficar, estou tão certo disso que mesmo agora caminhando para ouvir o sermão da montanha que nos aguarda não consigo ficar preocupado, sinto que posso lidar com o que vier, na verdade, estou tão feliz que poderia cantar, claro se eu fizer isso agora não seria diferente do pardal enfiado na merda, afinal "quem ta na merda não canta!" rio de mim mesmo por fazer uma analogia tão biruta. Lú percebe, por isso dou-lhe uma piscada confiante quase como se lhe dissesse: "— Não se preocupe!" — Por sua vez ela balança a cabeça negativamente eu percebo que em pensamentos ela se pergunta se não estou doido.
— Luzia! —Chamava a tia com as mãos na cintura enquanto batia o pé com uma cara de poucos amigos.
— Me diz, por que você fez isso? — Lú levantou as sobrancelhas e ambos percebemos duas coisas, a primeira era que o negócio era grave, a segunda era que a bronca ainda não tinha chegado na gente, uma vez que mamãe ainda nem havia contado nada pra ela.
— Por que você brigou com aquela menina? — Indagou apontando para dentro da casa.
— Arlete?! — Dissemos juntos, claro, eu havia esquecido completamente dela, provavelmente ela havia sido o estopim da confusão!
— Tia a gente pode explicar! — Mamãe se volta para mim com o dedo indicador levantado, sua mão tremendo de raiva, recuo e ela volta sua atenção para a tia.
— Eu sei por quê! — Anuncia numa voz um pouco mais grave do que o normal.
— Flagrei esses dois se pegando na beira do mar!
— Se pegando? — Repetiu a tia com os olhos arregalados, a comunicação delas termina sem palavras, daquele jeito que só irmãs conseguem fazer, uma troca olhares foi o suficiente para que a tia Zú confirmasse suas suspeitas.
Mamãe passa a mão no rosto e suspira ruidosamente.
— Mana, preciso ter uma conversa de mãe e filho, vocês podem nos dar licença? —
— Claro, a gente espera vocês lá dentro — A expressão preocupada da tia Zú me faz engolir em seco.
Rapidamente somos deixados a sós.
Para quem não entendeu a piadinha do pardal, segue a tira:
Brincadeiras a parte, parece que a mãe do Gabrielzinho não tá muito feliz com ele não né! Será que nosso amigo sobrevive até o torneio estadual?
Não percam estas e outras emoções que virão no proximo capitulo!
Abraço a até lá!
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Capoeira Kid
Teen FictionQuando problemas familiares obrigam Gabriel e sua mãe a se mudaram de São Paulo para Marabá, interior do Pará, Gabriel passa a ser perseguido por Pedro um bed boy capoeirista que domina a escola e tentará fazer a vida de Gabriel um inferno por se en...