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"Momentos felizes constroem lembranças. Momentos difíceis constroem histórias.” (Skins) 

O silêncio reinou entre a gente. Enquanto ele pegou mais um cigarro e ficou fumando, eu fiquei sentada olhando pro chão. Eu levantei a cabeça e ele tava me encarando, então eu comecei a encarar ele também. Ficamos um encarando o outro até o TFA entrar com a Malu. 

— Tá ai, Gaúcho. — o TFA disse 
O Gaúcho se levantou e foi até a Malu, segurando o rosto dela. 
— Me explica bem essa história — disse frio 
Ela me olhou e eu assenti. 
— Não tem explicação, apenas queremos vingança. Matar quem matou, de certa forma, a gente. 
— soltou o rosto dela — E o que eu vou ganhar com isso? 
— O que você quer em troca? — ela perguntou 
Ela estava tremendo, por mais que ela tentasse passar uma pose de firme a voz dela era bastante trêmula. 
— Hm, tá começando a falar minha língua — disse interessado e olhou pra mim — O que eu quero...? — disse ainda me encarando 
— Eu posso ajudar a vender drogas. — eu disse. 
Antes isso, do que o que eu estou pensando. 
— Não quero você nas drogas, quero tu como minha amante, de luxo. 
— Hãm? — Eu perguntei de olhos bem abertos 
— É pegar ou largar. — ele disse apagando o pouco que tinha do cigarro.

A Malu olhou pra mim confusa, eu estava mais confusa que ela. Eu poderia até aceitar, mas na hora eu tinha certeza de que eu iria falhar e eu não ia contar pra ele o porquê, seria muita humilhação. 

— Eu posso fazer qualquer coisa, menos isso... — eu disse 
— Coé, tu é sapatão? 
— Não! 
— Então, porra. Se não for isso não vá esperando uma ação de caridade minha. 
Eu encarei ele, eu tava sobre pressão, era isso, ou era nada. 
— Tá... eu aceito. — disse receosa e engolindo a seco 
A Malu me olhou com pena e disse: 
— Não precisa fazer isso amiga, vamos desistir — ela disse 
O Gaúcho tirou uma arma e apontou pra ela 
— Cala a porra da boca, agora vocês não vão dar pra trás. — disse irritado. 
— Abaixa isso Gaúcho, né pra tanto pô — o TFA disse.
— Depois me digam o que vocês sabem desses caras pra eu começar a procurar — ele disse guardando a arma 
Eu estava estática e a Malu estava pálida. 
— Já podem ir, depois eu passo na tua casa — disse olhando pra mim. 

Eu não me atreveria a dizer que vou desistir, se não seria capaz d’ele me matar e eu não posso deixar minha filha sozinha. Eu e a Malu saímos e fomos direto pra casa.

NOVA ERA - CRIMINAL! (F)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora