Catarina espiou pela janela,
Outra vez
Como uma alma desviada
Nada a faria acreditar
Que ele decidiu deixa-la
Depois de morder a maçã
E abraça-la
Até aí, tudo bem.
Até ele dizer "amo-te"
E recitar alguns versos
Pra consumar
Tão inocente
Acreditava que se estava tão perto,
Só podia ser amor
Deus não é capaz de deixar
O pecado morar ao lado, arfou,
Só podia ser amor
Na noite anterior
No auge da discussão
Ele gritou "vou abortar"
Como palavra final
E no olhar, Catarina estava abandonada.
A inocência devorada
O rapaz?
Nem se compadeceu
Foi por falta de pai
Que o bebê desviveu
Ela também não resistiu
Aos 16 anos, morreu a menina.
Vaga agora pela antiga casa
Chorando o aborto de outras Catarinas
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Mulheres e Poesias
ChickLitDo objeto feminino idealizado à realidade da mulher contemporânea, somos mais que flores rosas e belezas encatadoras, porque não somos esteriótipos, somos individuais, divergências, mas acima disso ainda somos mulheres e temos um ideal, denomine-o f...