Sereia, o Soneto

27 0 0
                                    

Foste frágil, culpa tua o naufrágio
Eras pedra, deixou-me penetrar
Ah, homem! Ah, pobre homem!
Destes razões pra eu lhe afundar

Podia eu só cantar, sem lhe encantar
Queria Eu, por ti, renunciar tal poder
Deixar órfão os filhos do mar, quebrar
O ciclo natural que me faz sobreviver

Eu canto, tu vem, afoga, então, parto Volto pro mar aos prantos
Choro, renovando as águas do oceano

Ninguém se atreve a julgar
Também sou vitima de mim
Tanto quanto quem me amar

Mulheres e PoesiasWhere stories live. Discover now