Mal amado

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Devolva minhas palavras
Pra eu rasgar a poesia
Que fizeste com mentiras
Serem razas e vazias

Devolva minhas promessas
Se não fez valer minha confiança
Declamaste seu silêncio
Em tempestade de esperança

É que mentiras não são ditas
Elas são malditas
E você está amaldiçoado
Porém... Redimido do pecado
Ninguém apedreja um mal amado

Pobre homem, é verdade que lhe falta amor
Adentrou tantos corpos
Alma mesmo, ele nunca tocou

Faz parte do seu livro de mentiras
Dizer que ele já amou
Disse com tanta convicção
Que ele próprio acreditou

Eu vou então costurar
Esse rasgo no peito
Feito por suas mentiras afiadas
Cortaram-me mais que faca
Suas palavras desperdiçadas


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