I'm gonna make you crazy

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Após tomar banho, Magnus colocou seu terno preto, suspirou e arrumou o seu cabelo. Jantar na casa dos Lightwoods. O que ele estava pensando? Jantar na casa de Alec parecia totalmente perigoso. Era Alec. O garoto que Magnus pensava o tempo todo. Magnus soltou o seu terço em cima da cama e deixou ele ali. Colocou o calçado e olhou a hora. Vamos, Magnus, seja corajoso. Ele tentava dizer a si mesmo. Quando chegou na casa, as luzes estavam acesas. Maryse lhe comprimentou com um grande sorriso e Robert também. Eles pareciam falsos, pareciam o tipo de pessoas que tentam ser perfeitas mas eram completamente o contrário disso. Magnus não queria estar ali. Ele procurou Alec com os olhos.

— Alexander está no quarto - Maryse disse assim que viu ele olhar pelos cantos da sala. Magnus a olhou confuso e apavorado. Ela não parecia abalada. Ela sorriu como se tivesse descobrido uma caixa cheia de ouro. — E Isabelle está na casa de uma amiga.

Ela completou a frase, fazendo Magnus suspirar aliviado. Ele achou que Maryse suspeitava deles. Mesmo que não houvesse nada entre eles.

— Entre por favor — Ela disse.

Magnus entrou e olhou em volta. Era uma casa normal. Ele olhou para Robert sentado no sofá e assistindo televisão. Pareciam uma família normal. Magnus odiava essa falsidade.

— Parece que seremos apenas nós três e Alec — Maryse falou, sorrindo. — Mesmo que aquele garoto ingrato não queira sair do quarto.

Magnus segurou a língua para não dizer várias verdades a Maryse. O problema era que ele se importava com Alec. Ele sabia que desejava Alec, que queria ele, ele odiava-se por querer tanto ele. Ele estava a ponto de jogar todos os seus votos para longe, ele sabia que não demoraria muito para perder o controle. Alec estava tendo controle sobre ele, Magnus tinha certeza sobre isso. Ele o via, o queria, pensava nele, o queria. Faz menos de duas semanas que ele conheceu Alec e céus, ele nunca havia pensado em ter alguém tanto assim ou tão rápido assim. Magnus só pensava nele, ele só queria ele. E talvez Magnus esteja pensando demais em não conseguir resistir que ele esteja querendo parar de resistir. Céus, Magnus queria subir aquelas escadas agora mesmo apenas para poder olhar para os olhos azuis de Alec. Magnus amava os olhos de Alec, eram azuis e o deixavam hipnotizados, sua pele era perfeita, seu sorriso, sua voz. Magnus amava ouvir Alec, não importa o que ele dissesse.

Magnus realmente estava mais do que atraído por Alec.

Droga, Magnus pensou, eu quero vê-lo agora mesmo.

— Robert? — Maryse interrompeu os pensamentos de Magnus. — Você pode ir chamar o seu filho para jantar por favor?

Seu filho? Alec era filho dos dois.

— Por que não vai você? — Robert disse de volta, sem tirar os olhos da televisão.

— Eu preciso ir ao banheiro — Magnus interrompeu. — Eu posso chamá-lo na ida.

Maryse olhou para Magnus, olhou mesmo. Ficou longos segundos o encarando, de cima a baixo.

— O banheiro é a terceira porta na esquerda — Ela falou, indo até a pia. — E o quarto de Alec é segundo.

Magnus balançou a cabeça concordando e subiu as escadas. Ele passou pelas primeiras portas no corredor e parou em frente a porta do quarto de Alec. Ele bateu três vezes. Seu coração acelerado apenas com a ideia de vê-lo.

— Eu já disse que não vou descer nessa merda! — Alec gritou. Sua voz tremia e ele soluçou. Magnus sentiu seu coração quebrar quando percebeu que ele estava chorando.

Ele entrou no quarto. Inicialmente, Alec olhou furioso para ele e logo em seguida sua feição tornou-se aliviada.

— O que você está fazendo aqui? — Alec perguntou, coçando os olhos.

— Eu vim te chamar — Magnus disse calmamente. — Você está chorando?

— Estava — Alec corrigiu. — Meus pais querem me proibir de ver Clary.

Só em falar o nome da garota, Alec quase voltou a chorar. Magnus se aproximou e sentou-se na cama de Alec, perigosamente perto.

— Oh, Alec... Eu sinto muito — Magnus disse sincero. — Eu posso ver o quanto ela significa para você.

— Ela é a minha melhor amiga, é como uma irmã pra mim — Alec disse, sentando-se e voltando a chorar. Magnus se aproximou mais. — Eu só... eu não... eu não posso ficar sem ela...

E então Alec voltou a chorar. Magnus não soube o que fazer. Ele se aproximou de Alec e colocou os seus braços em volta dele. Alec ficou visivelmente surpreso mas logo em seguida agarrou Magnus com força. Ele colocou os seus braços em volta do pescoço de Magnus e o puxou para mais perto. Magnus apertou ele em seus braços e fechou os olhos. O cheiro de Alec era viciante, sua pele estava pegando fogo, Magnus sentia seu corpo se arrepiar e seu coração estava tão acelerado. Ele estava se apaixonando por esse garoto, ele tinha certeza. Alec se aproximou mais de Magnus, e como eles estavam sentados na cama, Alec quase sentou no colo de Magnus, os joelhos se tocando e os corpos próximos. Magnus notou quando Alec parou de chorar, notou quando o clima ficou tenso. Alec se afastou de Magnus, tirando a sua cabeça da dobra do pescoço de Magnus e o olhando nos olhos, seus corpos ainda abraçados e agora os olhares presos um no outro. Magnus suspirou. Ele levantou uma mão e tocou a face de Alec, ele viu a pele branca da bochecha de Alec ficar vermelha quando ele corou, viu quando Alec fechou os olhos para sentir o toque de Magnus. Seu coração estava lhe matando. Magnus achou que poderia morrer ali mesmo. Ele era tão lindo, tão quebrado, ele apenas merecia ser feliz, ele apenas merecia amor e carinho.

— Acho que você não devia estar fazendo isso, padre — Alec disse, ainda de olhos fechados e suspirando. Ele falou aquilo naquele tom provocativo que deixava Magnus louco. Ele estava doido por Alec. Quando Alec abriu os olhos, Magnus o olhou e ele viu nos olhos de Alec que ele também estava louco por Magnus.

—  Eu tenho certeza que eu não deveria estar fazendo isso — Magnus disse de volta. Os olhos de Alec o encararam e ele sorriu pequeno.

Alec levantou um pouco na cama e Magnus se assustou quando viu o que ele estava fazendo, mas ele não afastou Alec, ele não poderia, Alec colocou as suas duas pernas em volta do corpo de Magnus e sentou em seu colo. Ele abraçou Magnus pelos ombros e deixou sua cabeça descansar na dobra do pescoço de Magnus. Magnus, sem controle nenhum, colocou as suas mãos nos quadris de Alec, apertando com força e puxando ele ainda mais para o seu colo. Magnus gemeu quando Alec lentamente rebolou em cima dele. Alec beijou o pescoço de Magnus, e as mãos de Magnus apertaram a sua pele. Magnus queria tê-lo. Magnus estava doido por ele. Alec era um pecado lindo, era perfeito. Alec era tudo que Magnus pensava, tudo que ele queria. Quando Alec mordeu o pescoço de Magnus, ele gemeu novamente e sem controle nenhum sobre si mesmo, puxou Alec pela cintura com força e o jogou na cama, caindo em cima dele e finalmente tomando os seus lábios. Alec soltou um som surpreso mas não recuou. Ele correspondeu ao beijo de Magnus com entusiasmo, com desejo. As pernas de Alec entrelaçaram os quadris de Magnus e quando Magnus arqueou o quadril para baixo, insinuando um penetração, Alec gemeu alto contra os seus lábios. As mãos de Magnus foram parar em baixo da camisa de Alec e ele gemeu novamente. Magnus colocou uma mão na coxa de Alec em seus quadris e apertou com força, o garoto gemeu em baixo dele, Magnus o beijou mais, com vontade, com desejo.

— Magnus... — Alec gemeu contra os seus lábios. — Céus, Magnus...

Magnus não respondeu, ele levou os seus lábios sobre a pele do pescoço de Alec e mordeu com força, deixando uma marca vermelha.

— Eu não fazia ideia de que você era tão violento padre... — Alec gemeu, quando Magnus apertou a sua coxa com força e mordeu o seu lábio inferior com força.

— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe, Alexander — Magnus sussurrou. Alec gemeu.

Os dois voltaram a se beijar mas eventualmente eles tinham que sair do quarto e Magnus — com a cabeça cheia de pensamentos —, conseguiu partir os beijos e chamar Alec para descer.

O jantar foi calmo, mas a mente de Magnus estava pegando fogo, seu corpo pegando fogo, seu coração em chamas. Alec olhava para ele na mesa e provocava-o com sua perna. Magnus sabia que estava perdido quando não conseguia conter o sorriso.

Ele não sabia o que fazer depois disso.

Unholy (malec)Where stories live. Discover now