falling

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Magnus havia tentado falar com o Alec. Todos os dias. Ele até foi na casa dele mas os pais de Alec disseram que ele não queria visitas, ninguém além de Clary. Alec também deixou de ir na igreja, Magnus não sabia o que fazer. Ele apenas queria ver Alec mas ele sabia que não podia. Era tão perigoso, ele queria poder jogar os seus sentimentos para longe. Havia quebrado o coração de Alec. Havia quebrado o seu também. Ele estava perdido, não sabia o que fazer. Talvez se Magnus ignorasse tudo iria passar, mas já passou duas semanas e ficar sem ver Alec estava se tornando uma tortura. Magnus também não via mais Clary. Ela não ia nas missas e talvez ela esteja brava com ele por machucar o seu melhor amigo. Se ela estava, tinha razão. Magnus nunca sentiu-se tão culpado. Alec tinha razão, ele havia dado esperanças a ele. Magnus tinha beijado Alec, o beijo ainda não saia de sua mente. Ele pensava em Alec todos os dias, em todos os minutos.

Era insuportável. Magnus não sabia mais o que fazer para ver Alec. Ele apenas queria vê-lo. Nada mais importava. Ele apenas queria Alec. Isso era perigoso, ele tinha consciência. Magnus também tinha consciência que estava agindo como um louco, estava no telefone com a senhora Herondale alegando que precisava falar com Jace. Quando o rapaz disse “Olá" no celular, Magnus sabia que Jonathan tinha noção do motivo pelo qual ele estava ligando.

— Jonathan... — Magnus começou.

— Ele não quer ver você — Jace interrompeu. Magnus fechou os olhos e percebeu que estava chorando. — E ele acha que você não quer ver ele, por que está ligando?

— O que? — Magnus perguntou confuso. — Eu fui na casa dele milhões de vezes!

— Ahn... Alec não sabe disso — Jace falou mais baixo. Magnus arregalou os olhos.

— Eu fui! Os pais dele falaram que ele não queria ver ninguém, falaram que ele ficava no quarto chorando o tempo todo! — Magnus disse, sua voz soando cada vez mais brava. E então Jace gargalhou.

— Alec? Chorando por causa de um coração partido? Até parece. Sim, ele está sofrendo, ele chorou mas ele não está chorando pelos cantos. Alec é forte, ele nunca deixaria você quebrar ele ou... nunca deixaria ninguém perceber que você quebrou ele. Ele está dormindo com várias pessoas diferentes apenas para incomodar os pais, está bebendo e fumando mas não, ele não está chorando.

Magnus quis rir. É claro que Alec não estaria chorando o tempo todo. Seu Alec era mais forte que isso.

— Jace... Eu preciso falar com ele — Magnus pediu, quase implorou. Jace riu.

— Okay — Respondeu o loiro e desligou o celular. Magnus olhou para o aparelho confuso e fechou os olhos suspirando. Lembrou que tinha uma missa e se arrumou para ir na igreja.

Como sempre, Alec não estava lá. Mas os seus familiares estavam, eles não pareciam querer estar lá também, Magnus conseguia ver as camadas de falsidade deles. Estava tão na cara agora, Alec não era a cobra, os seus pais eram.

Quando a missa acabou, algumas pessoas queriam se confessar. Magnus como sempre gentil, foi ao atender aos pedidos. Magnus revirou os olhos quando Imogen Herondale começou a falar. Ela era incrivelmente falante. Magnus sempre ficava quase meia hora ouvindo as confissões e dizendo coisas como “Sim, uhum, o Senhor sabe...” era completamente um tédio. Porém, Magnus quase teve um ataque do coração quando a porta do confessionário abriu e Alec entrou. Imogen continuava falando do outro lado e Alec sorriu, sentando no colo de Magnus e colocando um dedo em seus lábios o dizendo para ficar em silêncio. Magnus também não iria conseguir falar nada.

Magnus estava com tanta saudade dele...

Alec estava vestido com uma camisa branca e uma calça jeans preta, tão simples e tão perfeito aos olhos de Magnus. Magnus jogou todos os pensamentos para o lado, a saudade e a paixão falando mais alto. Ele puxou Alec com força pela cintura, posicionando ele sentado em seu colo de uma maneira mais confortável e o beijou. Alec arfou e Magnus sorriu entre o beijo. Pele com pele, lábios com lábios, Magnus não conseguia controlar o jeito que se sentia. Era tão intenso.

— Isso é o certo, não é padre? — Magnus ouviu Imogen dizer e Alec se separou dele para rir.

— Apenas Deus pode julgar suas ações — Magnus respondeu, sem fazer ideia do que estava dizendo. Ele puxou Alec novamente para os seus lábios, ouvindo uma resposta contente de Imogen e ouvindo ela voltar a falar. Alec rapidamente abriu a sua roupa. Magnus não tinha forças para impedir ele.

Quando Alec se ajoelhou na sua frente, Magnus apoiou a mão na parede apenas para tentar ter algum equilíbrio pois ele sentia que poderia desmaiar ali mesmo.

— Você está bem, querido? — Imogen perguntou enquanto a mão de Alec abria a sua calça.

— Claro — Magnus disse sorrindo. Tudo aquilo era excitante demais. — Pode continuar, Sra. Herondale.

— Ah ótimo, pois ainda nem cheguei na metade da história! — Ela disse animada.

— Uhum... — Magnus murmurou, Alec beijou o seu abdômen, descendo aos poucos. Alec pegou o membro de Magnus na mão e começou a masturba-lo.

Magnus jogou a cabeça para trás e suspirou alto, mordendo os lábios para controlar o gemido. E então Alec o colocou na boca. Magnus sentiu seus lábios sangrarem quando ele os mordeu para controlar o gemido — grito — de prazer que iria sair de seus lábios. Alec passou a língua lentamente pelo seu membro, Magnus arfou. Era incrível. Magnus estava sentindo o seu corpo arder e seu membro estava duro de prazer. Alec o chupou, descendo e subindo com os lábios em um ritmo lento. Imogen ainda falava. Magnus tinha uma mão nos cabelos de Alec e a outra estava com os punhos fechados com força, ele tinha que ter controle sobre pelo menos uma coisa. Enquanto Imogen dizia algo sobre seu neto, Alec aumentou a velocidade. Magnus estava quase, ele estava ponto de gozar e ele sabia que Alec não iria parar. Quando Magnus estava perto, ele colocou as duas mãos nos cabelos de Alec e o ajudou nos movimentos, indo cada vez mais rápido. Ele estava suando, estava louco, seu corpo tremia e o prazer era inexplicável. Alec lhe olhava com os olhos azuis brilhando, os cabelos caindo sobre a testa e estava perfeitamente gostoso. Alec apertou as coxas de Magnus com as mãos e o chupou ainda mais rápido. Magnus não aguentou. Seu orgasmo veio e ele gozou na boca de Alec. Ele mordeu os lábios e soltou um gemido mudo. Alec sorriu e engoliu o líquido de Magnus com os olhos brilhando. Por incrível que pareça, Imogen ainda estava falando. Magnus esperou sua respiração acalmar um pouco e colocou Alec de volta sentado em seu colo e o beijou, dessa vez foi com calma. O beijo foi intenso mas calmo. As mãos de Magnus apertaram a cintura de Alec com força e os braços de Alec lhe abraçavam pelos ombros.

E então Alec levantou. Ele olhou para Magnus sorriu diabólico. Arrumou as suas roupas e saiu do confessionário deixando Magnus sozinho com a falante Imogen do outro lado. Magnus se apressou em colocar as roupas e controlar a sua respiração. Ele sorriu. E depois jogou a cabeça contra a parede. Ele estava perdido. Muito perdido. Ele sabia que ainda tinha que conversar com Alec. Agora precisavam conversar ainda mais. Magnus ainda estava com saudades de Alec, queria ouvir a voz dele, a risada dele. Queria poder beija-lo sem se preocupar com as outras pessoas. Magnus queria ele mais que tudo.

Magnus talvez devesse ficar assustado com a facilidade que se apaixonou por Alec. Talvez ele devesse ir para longe, talvez ele devesse nunca mais procurar Alec. Mas o que ele sentia era forte demais. Corroía o sangue de Magnus, percorria por suas veias como veneno. Alec era o que mantía o coração de Magnus batendo. Alec era tudo que passava pela mente de Magnus. Tocar Alec, ter ele, ouvi-lo rir, vê-lo sorrir... Magnus estava viciado em todas essas coisas. Pequenas coisas que diziam tudo que ele sentia. Pequenas coisas, como um sorriso ou um olhar eram suficientes para deixar Magnus louco. Alec era tudo que Magnus via, tudo que ele queria. E ele não conseguia pensar em nada mais além de tê-lo.

Mas Magnus ainda tinha tarefas, ainda era um padre. Ele não devia estar fazendo aquilo. Sabia que era errado, sabia também que era certo. Ele apenas queria Alec mas sua mente sabia que estava pecando. Ele não queria mais se sentir assim. Ele tinha que achar uma solução... Mas Magnus não podia deixar de ser padre, ele não sabia se conseguia. Também não podia deixar de ter Alec. Ele não podia ter os dois ao mesmo tempo então... O que diabos Magnus iria fazer?

Unholy (malec)Kde žijí příběhy. Začni objevovat