eight

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Magnus sentiu o calor do sol sobre a sua pele e ele sentiu a claridade quando acordou lentamente. Demorou um tempo para que percebesse onde estava. Na casa de Alec. Ou melhor, na cama de Alec. O garoto estava deitado ao lado de Magnus, dormindo calmamente como se ele não tivesse transando duas... três vezes com um padre. Magnus também estava nu, o seu terço estava pendurado no pescoço e Magnus perguntou-se a si mesmo como aquele objeto poderia não queimar a sua pele.

Os cabelos de Alec estavam caídos em cima dos olhos, sua pele clara estava cheia de marcas e sua respiração era calma. Ele estava agarrado a Magnus, deitado no peito dele e Magnus nunca sentiu tanta paz. Ele virou-se um pouco para o lado, apenas para observar Alec melhor, ainda o deixando em seus braços, Alec arfou ainda dormindo. Magnus sorriu e levantou a mão tirando os cabelos de cima de seus olhos. Alec acordou lentamente. Ele abriu os olhos e encarou Magnus — que estava sorrindo que nem um idiota —, escondendo o rosto no seu pescoço e rindo baixinho. Magnus fechou os olhos e apertou Alec ainda mais contra ele. E por um tempo os dois ficaram assim, abraçados, sentindo o perfume um do outro e sorrindo como dois idiotas. Quando Alec tirou o rosto da dobra do pescoço de Magnus, ele levantou a mão e passou calmamente na bochecha de Alec, ainda sorrindo. Alec fechou os olhos.

Magnus se inclinou para frente e beijou a bochecha de Alec, vendo-o sorrir e ficar vermelho, em seguida olhou nos olhos de Alec e sorriu para ele, e então beijou sua testa, seu nariz, seu queixo, e por fim, seus lábios. Se afogando no sabor adocicado de Alexander. Ele colocou suas mãos na cintura nua do rapaz e o puxou para perto, aprofundando o beijo. Alec se inclinou para ele, beijando-o com ainda mais afinco. Os dois sorriram durante o beijo e se olharam. Magnus passou os dedos nos cabelos de Alec e o encarou. Ele era lindo. Perfeito. O sorriso calmo que tinha em seus lábios era algo que Magnus tinha certeza que poderia ver pelo resto da vida. Alec se inclinou contra ele mais uma vez, beijando-o, Magnus nem sequer tentou resistir. Ele o beijou de volta. O beijo era intenso e delicado. Um tipo de beijo que eles ainda não tiveram e fez o coração de ambos saltar. Era um beijo de paixão, de amor. Era um beijo apaixonado. Magnus se via totalmente perdido em Alec. Perdido em seus toques, seus sorrisos e seus olhos. Completamente doido por ele. Talvez ele esteja maluco. Isso não poderia dar certo. Nunca. Mas agora... Naquela manhã, Magnus não tinha que fazer nada além de fingir que tudo era perfeito e que ele poderia amar Alec. Ama-lo incondicionalmente sem que ninguém os julgue por isso. Ama-lo até sentir seus órgãos doer, ama-lo até o seu coração parar de bater. Magnus sabia que iria.

— O que eu estou fazendo? — Magnus perguntou para si mesmo, Alec riu e o beijou com mais intensidade. Os pensamentos sumiram da mente de Magnus. Ele não sentia nada além de Alec.

— O que nós estamos fazendo? — Alec sussurrou contra os seus lábios após o beijo parar.

— Talvez nós devemos falar sobre isso. — Magnus disse. Alec deitou novamente no peito dele. Suspirando e fechando os olhos.

— Então comece — Alec disse, abraçando-o. Magnus desejou poder parar o tempo, desejou poder ficar assim com ele. Para sempre. Desejou nunca mais precisar sair daquele quarto.

— Eu estou doido por você, Alexander. — Magnus confessou, mais uma vez. — Eu penso em você o tempo todo, eu quero você o tempo todo. Eu não quero parar de ficar com você mas... Tudo é tão confuso. Eu não consigo pensar direito quando se trata de você.

Alec lhe olhou, ele tinha um sorriso sincero nos lábios. Um sorriso que Magnus amava. Não tinha fachada e era reservado para poucas pessoas. Magnus sentiu-se feliz por poder ver aquele sorriso.

— Eu também estou louco por você... — Alec sussurrou, com vergonha. As bochechas ficando coradas e fazendo um sorriso enorme se abrir nos lábios de Magnus. Alec escondeu novamente o rosto na dobra do pescoço de Magnus.

— Essa situação é tão estranha. — Magnus disse, Alec sussurrou um “uhum” contra a sua pele. — Eu não sei o que nós vamos fazer, Alexander.

— Eu não vou te pedir pra sair da igreja — Alec falou após um tempo. — Sei que não faria, não vale a pena.

Magnus arqueou as sobrancelhas confuso, ele puxou o queixo de Alec pra cima com o dedo indicador e o fez lhe olhar. Alec parecia triste e tímido.

— O que não vale a pena? — Magnus perguntou realmente confuso.

— Eu... — Alec sussurrou. Ele não encarava Magnus nos olhos. Ele nem sequer tinha os olhos abertos. — Eu não sou importante, você tem uma vida. Eu não sou bom o bastante pra você, não sou suficiente.

Magnus quis chorar. Como Alec poderia dizer aquelas coisas? Em pouco tempo, ele conquistou o coração de Magnus como ninguém tinha feito, em pouco tempo ele se tornou tudo para Magnus. Em tão pouco tempo... Ele faz Magnus o amar. Alec pensava tão pouco de si mesmo, Magnus odiava isso. Ele era maravilhoso, aos olhos de Magnus ele era perfeito. Magnus tinha a impressão de que faria qualquer coisa por ele, ele tinha a impressão de que nunca mais conseguiria parar de o amar.

— Alexander...

— Eu sei que eu tenho razão. — Alec interrompeu. — Você é bom demais pra mim. Eu sou sujo, sou... imperfeito. Eu sou uma bagunça, Magnus e você... você é a melhor pessoa que eu já conheci.

— Hey... — Magnus o chamou. — Por favor cale a boca. — Alec lhe olhou surpreso e Magnus sorriu. — Pra mim você não é nada disso.

— Magnus...

— Você é maravilhoso, Alexander. Você simplesmente é perfeito. Eu sou doido por você, eu não consigo fazer nada sem pensar em você. Você tem noção do quão incrível é? Você é tão forte, tão corajoso, é uma pessoa maravilhosa. Você é bom o bastante, você é mais que suficiente. Você é tudo pra mim. Eu não tenho ninguém, Alec. Eu sou completamente sozinho. Fiz uma promessa de ser o que eu sou para minha mãe e tenho que cumpri-la mas Alec... Eu faria qualquer coisa por você. Eu estou apaixonado por você, completamente doido por você. Como você pode sequer pensar que eu acho que você não vale a pena?

Alec não respondeu, Magnus viu lágrimas saírem de seus olhos e um segundo depois Alec o apertava com força. Ele abraçou Magnus com intensidade, chorando em seu peito. Soluçando. Magnus sentiu seu coração quebrar quando ouviu Alec chorar. Ele não merecia sofrer, não merecia nada de mal.

— Está tudo bem... — Magnus sussurrou contra Alec, afagando os seus cabelos e ainda ouvindo-o chorar. — Está tudo bem, amor.

— Eu passei a minha vida toda ouvindo o que os meus pais falam sobre mim... acreditando neles e você... você diz todas essas coisas... Céus, Magnus eu amo você. — Alec disse, ainda chorando. Ele apertou Magnus com mais força. Parando de chorar aos poucos.

— Eu também amo você, Alexander — Magnus sussurrou. Alec levantou e o beijou. Magnus se entregou a ele. Quando Alec sentou em seu colo, Magnus gemeu, sentindo o seu calor sobre o seu.

As mãos de Magnus foram para a bunda de Alec, onde ele apertou com força e deixou que um gemido saísse dos lábios de Alec, as mãos de Alec deslizavam por seu abdômen, deixando seu corpo pegar fogo. Magnus sorriu contra os lábios dele e viu Alec sorrir também. Perfeito. Paz. Prazer. Era três palavras que descreviam aquele momento. Nada mais parecia existir além dos dois naquele quarto.

Unholy (malec)Where stories live. Discover now