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Magnus estava mais uma vez fazendo uma missa. Fazia duas semanas que ele estava... saindo escondido com Alec. Ele nunca esteve mais feliz. No entanto, ele sabia que não poderia durar pra sempre, poderia? Quem sabe eles possam dar um jeito? Magnus estava confuso e com medo do futuro. Tudo que ele sabia era que queria Alec no seu futuro. Que queria Alec pra sempre. Alec estava sentado na primeira fileira da igreja, seus pais horríveis ao seu lado. Ele sorria, olhava Magnus intensamente, aquele brilho no olhar que Magnus sempre amava ver. Um mês era pouco tempo para dizer que se ama alguém, mas Magnus... Ele tinha certeza que amava Alec. Não havia nenhuma dúvida sobre isso.

Quando a missa acabou, Magnus estava irritado. Todas as pessoas queriam apertar as suas mãos, queriam pedir conselhos e falar com ele. Magnus apenas queria fechar aquela igreja e ficar com Alec pelo resto do dia. Era assim que eles faziam nos dias de missa. Alec iria na igreja, ficava lá até todos saírem, Magnus fazia o que tinha pra fazer, fechava a igreja e passava o dia com Alec. Eles iam escondido para a casa de Magnus e os dois se beijavam e se amavam a tarde toda. A noite, Alec ia para a universidade — ele cursava fotografia — e eles apenas se viam novamente pela manhã, em outra missa, ou a tarde, na casa de Magnus. Eram quase todos os dias assim, os dois sempre se viam, pelo menos disso nenhum dos dois precisava reclamar. Magnus estava impaciente hoje. Alec estava lindo — como sempre —, seus cabelos bagunçados e os olhos azuis estavam alegres. Magnus apenas queria largar tudo no mundo e ficar com ele. Alec vestia um jeans preto, uma blusa branca com uma camisa xadrez vermelha por cima. Ele estava perfeito. Magnus educadamente dispensou a maioria das pessoas que veio falar com ele. Quando todos já haviam saído, Magnus foi até a porta da igreja e a fechou. Alec estava sentado em um banco, assistindo algo no celular. Magnus foi até ele e sentou do seu lado. Alec largou o celular na mesma hora. Magnus puxou o braço de Alec para si e entrelaçou as suas mãos. Os dois olharam para as suas mãos e sorriram, Alec deitou a cabeça no ombro de Magnus e Magnus fez carinho em seus cabelos.

— Hoje demorou — Alec disse baixinho.

— Eu sei, me desculpe — Magnus falou. — É só que todo mundo quer falar comigo depois que a missa acaba...

— Está tudo bem... — Alec falou sorrindo. Ele tinha algo sombrio em seus olhos quando ele levantou a cabeça e olhou para Magnus.

— Está? — Magnus perguntou de volta.

— Sim, está — Alec afirmou, balançando a cabeça adoravelmente.

— Não parece que está — Magnus falou, ele virou-se e sentou de frente para Alec, puxando as duas maos dele e juntando-as com as suas. — Fale comigo.

Alec sorriu pequeno, abaixando a cabeça e olhando para as suas mãos.

— É que... eu te amo demais — Alec respondeu e suas bochechas estavam coradas. —Tipo, demais mesmo Magnus. Eu não consigo pensar em nada além de você, não consigo ficar longe de você, eu não acho que consigo viver sem você e... me assusta. Eu tenho medo, do futuro, de tudo. Eu te amo demais pra te perder... eu não posso te perder.

Magnus sorriu pequeno, seu coração ardendo no peito. Ele também pensava assim, também tinha medo. Ele amava Alec demais. Ele amava ele além do que achava ser possível. Ele não conseguia fazer nada sem pensar em Alec.

— Vem aqui — Ele pediu, Alec sorriu triste e sentou no colo de Magnus, as duas pernas uma em cada lado do corpo dele. Alec deixou sua testa descansar sobre a de Magnus e fechou os olhos. Os dois suspiraram. Magnus abraçou Alec, colocando os braços em volta dele, sentindo o seu cheiro. — Nós vamos ficar bem. Eu também te amo, demais. Eu juro que não desistirei da gente.

Alec suspirou triste.

— Não podemos continuar assim pra sempre, um dia vai ter que acabar... você sabe disso — Magnus se surpreendeu quando notou que Alec nem cogitava a ideia de que Magnus poderia deixar de ser padre. Magnus sentiu-se ainda mais apaixonado por ele por saber que ele não pediria isso para Magnus. E Magnus achava que ele nem precisava.

— Não vai acabar — Magnus falou suspirando, passando os dedos nos cabelos macios de Alec, a paz tomando conta de seu corpo apenas por estar perto de Alec. — Não vou permitir que acabe.

Quando Alec não falou nada, Magnus se preocupou. Ele arqueou as sobrancelhas confuso.

— Alec, olhe pra mim — Ele pediu. Alec lhe olhou, seus olhos ainda tristes. — O que foi, amor?

Alec fechou os olhos, como se as palavras tivessem doído. Era a primeira vez que Magnus o chamava assim e tudo parecia bom demais pra ser verdade, mas não iria continuar assim.

— Eu não quero te obrigar a fazer nada — Alec disse e Magnus suspirou.

— Você não vai me obrigar a fazer nada — Magnus falou, passando os dedos pelo rosto de Alec e vendo-o fechar os olhos. — Acredite em mim.

E então Alec estava chorando.

— Eu te amo demais... é... tanto... eu não quero te perder, por favor, não me deixe — Alec disse, seus olhos azuis brilhando com as lágrimas e o coração de Magnus se quebrou em mil pedaços.

— Eu não vou — Magnus disse baixinho — Eu te prometo, Alec, eu não vou te deixar, eu te amo.

Magnus levou a sua mão para o rosto de Alec e limpou as suas lágrimas. Alec sorriu, beijando a palma da mão de Magnus com carinho e cuidado. Então Alec se inclinou para baixo e beijou Magnus, os dois derreteram com o toque. Os lábios quentes um no outro, as línguas se tocando com familiaridade. Magnus sorriu e apertou Alec com mais força, fazendo o garoto gemer em seus lábios.

— Eu quero você — Alec disse para Magnus, fazendo um arrepio percorrer todo o seu corpo. — Eu quero agora.

Magnus não disse mais nada, com as mãos, ele arrancou a camisa xadrez de Alec e a sua blusa branca também, ele sentiu as mãos de Alec abrirem o seu terno enquanto ele se acomodava melhor no colo de Magnus. Os bancos da igreja não eram confortáveis mas teriam que servir. Magnus ajudou Alec a tirar todas as roupas e voltou a beija-lo. Alec pegou o membro de Magnus com a mão e começou a estimula-lo. Magnus gemeu contra os seus lábios, já estando completamente duro. Alec também estava duro, os dois sempre ficavam assim um com o outro. Sem querer perder tempo, Alec se acomodou em seu colo e Magnus o penetrou, jogando a cabeça para trás enquanto sentia-se preencher Alec. Os dois gemeram alto quando Alec começou a cavalgar  em cima de Magnus. O banco da igreja fazia barulhos e parecia que iria quebrar a qualquer momento mas Alec não se importou com ele enquanto subia e descia em Magnus. As mãos de Magnus nos quadris de Alec e as do garoto em suas costas, arranhando a pele e deixando várias marcas que ninguém além dele iria poder ver. Ao contrário de Alec, que tinhas várias marcas visíveis no pescoço que Magnus fazia questão de deixar.

Magnus amava isso. Amava como o seu corpo respondia a Alec, adorava vê-lo subindo e descendo em cima de si. Adorava ver Alec corar e adorava ver quando a suas bochechas ficavam rosadas apenas porque estava muito excitado. Como agora. Adorava ver os cabelos suados em sua testa, adorava ver a sua expressão de prazer. Magnus não iria conseguir ficar sem. Ele não iria de jeito nenhum ficar sem Alec. Estava fora de cogitação para Magnus. Ele achou aquilo que o fazia feliz e iria lutar por isso. Iria lutar por Alec. Não importa quais fossem as consequências. Ele apenas queria ter isso pra sempre.

Unholy (malec)Where stories live. Discover now