Teatcher

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Seus olhos verdes pareciam sem vida, quase vítreos.

Ela sabia que ninguém mais notaria... A sua estrutura alta inclinou-se contra a mesa, procurando apoio para mantê-lo de pé.
Ela não precisava de se sentar nas cadeiras da frente para notar as olheiras nos olhos dele. Não era necessário um Sherlock Holmes para perceber que ele estava tendo um dia difícil.
É uma segunda-feira, e perguntava-se como teria sido o fim de semana do seu professor. Talvez ele tenha discutido com a namorada? Mesmo que ela suspeite que ele é solteiro. Perdida nos seus pensamentos não notou os olhos verdes que tão desesperadamente amava agora estavam focados nela.

Mal sabia, que ela era a razão pela qual ele estava cansado.
Passava noites sem dormir a pensar nela, em como ele estragou tudo, não foi completamente profissional e caiu de amores por uma estudante. A sua linha de pensamento foi interrompida pela pessoa em quem ele estava pensando.

-O Senhor está bem?- Bill não tinha que olhar para cima para saber a quem aquela voz pertencia. Não, ele reconheceria em qualquer lugar, a voz que assombrava os seus sonhos, a voz que lhe dava paz mesmo que fosse por um breve momento, fechou os olhos, envergonhado do estado em que se encontrava e do que os seus colegas pensariam. Oh quem ele estava enganando, o que ela iria pensar?

-Professor?- Ela tentou novamente, inclinando a cabeça para o lado enquanto se curvava um pouco para poder olhá-lo melhor

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-Professor?- Ela tentou novamente, inclinando a cabeça para o lado enquanto se curvava um pouco para poder olhá-lo melhor. Olhando para cima, ele viu o olhar interrogativo em seu rosto.

-Sinto muito s / n, o que disse?- Limpou a garganta, ele sentiu uma dor de cabeça, fazendo-o se encolher pela dor repentina, ele tirou os óculos e apertou a ponta do nariz. Franzindo as sobrancelhas, ela disse:

-Eu perguntei se estava bem, mas pelo que parece, não está.- Oferecendo-lhe um sorriso, ele respondeu.

-Não, estou bem, apenas um pouco cansado, eu acho.- Não estando totalmente convencida, S/n assegurou-lhe que ele sempre poderia falar com ela.

O toque para o almoço interrompeu a conversa. Bill levantou-se dizendo à sua turma que iria vê-los amanhã, e voltou a se sentar logo depois que todos tinham saído, todos menos ela.

-Não vai almoçar?- Ele voltou a sua atenção para a aluna e negou. -Podemos dividir o meu almoço e ainda lhe ofereço uma aspirina, assim o professor poderia me dizer por que está a ter um dia tão difícil- disse sorrindo. Ele suspirou, sabendo que, mesmo que dissesse não, s/n não o deixaria ir tão facilmente. - Eu já volto- disse por cima do ombro, e com isso Bill estava agora em uma sala de aula silenciosa. Fechou os olhos novamente e descansou a cabeça nos braços cruzados sobre a mesa. O professor adorava quando passavam um tempo os dois, mas ele estava tão cansado que se preocupou se não iria prestar atenção por um segundo e confessar seu amor eterno por ela. Ele riu para si mesmo, ele não ousou imaginar o que isso levaria.

A presença de outro corpo próximo a ele fez com que se movesse da sua posição.

-Aqui esta!- A aluna disse calmamente, com um sorriso vago no rosto. Não o sorriso habitual que mostrava dentes que iluminava seus dias mais sombrios, mas um sorriso mais reconfortante de boca fechada. Ele não podia deixar de pensar se s/n sentia pena dele, esse pensamento foi rapidamente lavado quando ela lhe disse para comer e então ele se sentiria melhor.

Bill Skarsgård ✩ ONE SHOTSWhere stories live. Discover now