Capítulo 35

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Olá meus amores, como vocês estão? Espero que todos bem. Como eu disse no capítulo anterior, esse terá uma passagem de tempo, para podermos assim, chegarmos aos finalmentes, sim? Okay, chega de conversa. Espero que gostem e que curtem muito o capítulo.

Boa Leitura!

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POV LAUREN

3 meses e alguns dias depois ...

Quando recebi a notícia de que seria mãe pela primeira vez, senti que naquele momento a vida passou a ter um sentido novo. Naquele momento, foi como se eu estivesse entrado para um clube restrito, e agora participava de algo grandioso, o "o milagre do nascer ... do viver ... e do existir ...". Não sabia se sorria, se chorava, para quem contar ou que dizer.

Passada a euforia desse primeiro momento, fui tomada por mais uma leve de sentimentos, alguns ruins, como angustias, medos e inseguranças. Pensar que daquele momento em diante, todas as decisões deveriam ser tomadas considerando minha filha na família.

Durante alguns meses, Camila precisou de muita atenção e compreensão, começando com os enjoos, cansaço, azias, náuseas, alterações hormonais e, consequentemente, de humor. Eu que o diga.

Também não poderia deixar de lembrar dos muitos momentos e sentimentos bons, a expectativa para a chegada da nossa bebê, a curiosidade quanto ao sexo, aprendemos a amar esse pequeno ser antes mesmo de nascer.

Sou grata imensamente à Deus por ele ter me dado a oportunidade de curtir a gravidez de minha esposa. Planejar, esperar, imaginar como será, se irá chorar muito, se vai ser perfeitinha, se irá se parecer comigo ou com sua outra mãe.

Me pego imaginando por horas à fio, como serão seus olhos, os cabelos e a pele de nossa filha que está para vir ao mundo. Torcer, e muito, para que ela venha perfeita e com muita saúde. Posso dizer que estou mais do que preparada para ver o mundo virar de pernas para o ar e para viver os momentos mais lindos de minha vida. Ter um filho é uma missão para a vida toda. E foi uma das escolhas mais corajosas que Camila pôde fazer. O mérito é totalmente de minha mulher.

- Você está indo muito bem amor – sussurrei baixinho passando um pano macio em sua testa, limpando as camadas de suor que se faziam presentes ali.

- Vamos Camila, você está com oito centímetros de dilatação – orientou Dra. Selena atrás da latina – Lauren, eu acho melhor você entrar, agora – aconselhou ela e sem cogitar nenhuma vez, entrei dentro da banheira ficando de frente para minha esposa.

Acontece que Chloe para nossa felicidade, resolveu vir ao mundo naquela manhã, e vocês devem estar se perguntando, o porquê da Camila estar dentro de uma banheira, certo? Sim, minha esposa preferiu ter nossa filha em parto normal na água. Segundo Selena, nos informou de que não era um procedimento complicado, e como Camila teve uma gestação saudável, sem nenhum risco, a mesma alegou ser seguro. Então contratamos toda uma equipe especializada na área, para que assim, minha latina tivesse um parto mais seguro, e sem muitas dores. Faz basicamente 12 horas que Camila entrou em trabalho de parto, ou seja, estamos a madrugada toda ajudando minha esposa com alguns exercícios básicos para aliviar um pouco a dor dos espasmos. Selena nos orientou que ela entrasse na banheira após uma dilatação maior que cinco centímetros e já sentindo as contrações uterinas frequentes e intensas.

O que me surpreendeu mesmo, foi a calmaria que minha esposa se encontrava, e antes mesmo que minha cabeça imaginasse o pior, fui questionar a obstetra se era normal aquela tranquilidade toda, me respondendo que sim, que a água morna entre 36 e 38°C maninha o conforto materno e o relaxamento muscular profundo, dando alivio na dor que, Camila, em trabalho de parto, sentia ao ficar imersa na agua quente. Acabando sendo um método natural, não farmacológico, de analgesia –controle da dor – durante o trabalho do parto. E trazendo para minha esposa a sensação de bem estar, relaxamento mental e diminuição da ansiedade.

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