XXXIX

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⋆ Eu não posso te perder

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Eu não posso te perder.

P.O.V. Anastácia Muller

Ao sair da casa de Peter, chorando descontroladamente, eu prossigo para o quarto passo.

Tudo vai terminar onde começou.

Pego um táxi e dou o endereço para o motorista, o qual me olha estranho, provavelmente pela minha cara de choro.

No caminho, vou observando a paisagem. Vejo as oportunidades que não poderei apreciar, sonhos que não poderei realizar, sentimentos que não poderei sentir. Enfim, coisas que não poderei viver.

Não contenho minhas lágrimas, e elas rolam livremente pelo meu rosto. Quanto mais me aproximo do lugar, mais sofrimento eu sinto.

Tento controlar-me quando o motorista começa a olhar-me preocupado.

Ao chegarmos, demoro um pouco para sair do carro.

— Não sei pelo o que você está passando, moça. Mas seja o que for, vai ficar tudo bem, sempre há um sol atrás da tempestade. — sorri atencioso e olho em seus olhos, conseguindo enxergar bondade por detrás deles.

— Dessa vez não. — ele entristece. Pago-o e saio tremendo do automóvel.

Assim que o carro vai embora, começo a direcionar-me para o local. Ergo a cabeça determinada e enxugo meu rosto.

P.O.V. Peter Parker

Depois do que Ana fez, levei, desesperado, tia May ao hospital. Quase atropelei um ciclista e dois pedestres no caminho até lá. Quando chegamos, ela acordou atordoada sem saber onde estava.

Não queriam atendê-la por acharem não ser grave, então eu fiz um escândalo. Gritei com metade do hospital, até mesmo tia May riu de minha atitude.

Mas, no final ela apenas havia sofrido uma leve concussão e três pontos na testa. Felizmente, não era nada de grave, ela só não podia fazer movimentos muito bruscos.

May senta-se no sofá, assim que voltamos para casa, e olha-me com as sobrancelhas levantadas, parece esperar algo.

— Pode começar a me explicar. — ordena autoritária.

— E-Eu... — não sabia o que responder à ela.

— Peter, eu sei que você sai toda noite e volta super tarde, já vi vários machucados em seu corpo e você tem agido estranho desde que Tony Stark botou os pés nessa casa. — fala impaciente.

— Tá bom, eu conto se você prometer não surtar. — ela balança a cabeça minimamente me olhando curiosa. — E-Eu s-sou o Homem Aranha! — passa-se alguns segundos antes de ela começar a gargalhar alto. Olho-a carrancudo e ela fecha sua expressão.

Peter Fucking Parker [em revisão]Where stories live. Discover now