Peter Fucking Parker [em revisão]

XLI

⋆ Eu irei te amar para sempre. ⋆

P.O.V. Anástacia Muller

Cinco meses depois.

— Quero saber a reação dos seus pacientes ao verem você parecendo um gibi ambulante. — papai diz zombeteiro enquanto faz uma careta olhando para o tatuador que acabara de começar a tatuar seu pulso.

— Eles vão estar ocupado demais vendo o quão bem eu exerço minha profissão.— pisco um olho a meu pai que revira os olhos. Ele faz novamente uma careta de desagrado quando o tatuador começa a fazer a segunda parte do desenho. — Fala sério! Nem dói tanto assim! — sorrio debochada.

— Você acha isso porque ainda não tomou as várias injeções que um médico necessita. — olha-me da mesma forma sorrindo irônico e dou a língua para ele.

Após alguns minutos, quando o tatuador termina a tatuagem de meu pai e de minha e coloca o plástico em volta, eu admiro-as. No pulso de papai havia um A e, ao lado, um coração envolto por um estetoscópio e no meu a letra W e o mesmo coração.

Sorrimos um ao outro e ele abraça-me forte e beija minha testa. Inspiro sua colônia amadeirada e sinto o conforto de seus braços. Sinto-me com cinco anos novamente, quando papai abraçava-me por horas até eu acalmar-me e, depois, conseguisse dormir.

Quando estávamos indo embora, papai colocou Drake para tocar super alto em seu carro e começou a cantar como um louco. Eu nunca havia o visto tão feliz e desafinado. Seu sorriso era genuíno e meu coração encheu-se de alegria ao ver seus olhos brilhando.

— Pizza ou hambúrguer com batata frita? — papai pergunta assim que chegamos em casa.

— Definitivamente pizza. — ele balança a cabeça em concordância. — Para um médico e uma futura médica, a nossa alimentação é um lixo.

— Xiu, ninguém precisa saber. — diz enquanto disca o número da pizzaria. — Se alguém perguntar, nós temos a alimentação mais saudável possível. — rio de sua fala.

Começo a levitar pratos e talheres da cozinha para a sala e papai observa encantado.

Eu havia contado a ele tudo. No começo ele surtou completamente, principalmente pelo fatídico acontecimento de minha tentativa de suicídio. Todavia, após muita conversa e uma promessa de que eu, em hipótese alguma, fosse tentar aquilo novamente, tudo voltou aos eixos.

[...]

— Como está o novo apartamento? — pergunto à mamãe enquanto ela toma seu sorvete.

— Está indo muito bem, estou decorando tudo da melhor forma possível. — diz empolgada.

— Tenho certeza que está tudo ótimo. — sorrio sincera à ela.