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⋆ Batalha final

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Batalha final.

P.O.V. Anastácia Muller

Abro meus olhos e enxergo uma imensidão obscura. Está frio e eu sinto como se a felicidade tivesse sumido totalmente.

É essa a sensação de estar morta?

Olho ao redor e não consigo ver nada. Uma brisa gelada passa por mim e de alguma forma, atravessa meu corpo e faz-me praguejar de agonia.

- "Você achou mesmo que iria conseguir me matar?" - à minha frente acaba de aparecer a criatura repugnante semelhante à mim, a qual ri sarcasticamente. - "Vai ter que fazer melhor do que isso." - o vermelho de seus olhos torna-se mais intenso e entro em total desespero.

- C-Como? - minha voz treme.

- "Eu sou muito mais forte do que você pensa." - abre um sorriso de escárnio.

Minha cabeça começa a doer como se estivesse pegando fogo. A dor é tanta que acabo caindo de joelhos por não estar nem aguentando meu próprio peso. Sou tomada por uma onda de sofrimento e angústia, todas as minhas esperanças esvaem-se. As únicas coisas que me sobram são memórias amargas e infelizes.

"Você é a garota mais forte que eu já conheci."

Escuto a voz de Peter em minha mente, é baixa, mas mesmo assim consigo perceber a intensidade de sua entonação. É como se ele estivesse presente dentro de alguma parte em mim, mesmo eu sentindo que tudo de bom no meu ser havia ido embora.

- "Qual é a sensação de perder tudo que havia dentro de você? De sentir apenas o vazio escuro?" - sorri maldosa rodeando-me. Consigo perceber o quão prazeroso está sendo meu sofrimento para ela.

"Vai ficar tudo bem."

A voz de Peter fala mais uma vez em minha mente, dessa vez mais alta e forte. Ele está mais acentuado em meu ser.

- "Sabe, foi até bom você ter se matado, me poupou dessa tarefa. Agora será muito mais fácil te dominar." - aproxima-se e a dor intensifica-se.

Solto um grito agonizante quando sinto meu ser começar a ser arrancado de mim. A criatura à minha frente solta um riso malévolo.

"Você é forte, enfrenta tudo com a cabeça erguida."

Dessa vez a voz de Peter torna-se presente por praticamente toda a minha alma, fazendo com que eu sinta menos dor e mais força.

- "Como está fazendo isso?" - pergunta furiosa.

Paro de contorcer-me, mas ainda não consigo levantar. Meu corpo torna-se rígido e sinto meu ser voltar para mim.

"Confio em você."

Peter Fucking Parker [em revisão]Where stories live. Discover now