Capítulo Vinte

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POV'S ANNA

  — Obrigada...-falo dando um sorriso fraco para Jack que estava me encarando com um sorriso fraco.

— Não foi nada, espero que você fique bem Anna, não se preocupe, tudo irá se resolver com o tempo...- fala o mesmo dando um sorriso fraco enquanto acariciava minha bochecha.— Você quer me passar o seu numero?- pergunta o meso dando um sorriso tímido, me fazendo sorrir fraco. 

  — Claro.-falo e pego o celular na mão do mesmo, digitando o meu numero logo em seguida.— Tchau...- falo enquanto olho através da janela, observando a minha casa que possuía as luzes da sala ligadas.   

— Está tudo bem?- pergunta o cacheado me encarando confuso.

—  Estou com medo do que irá acontecer.- admito em um suspiro.

  — Qualquer coisa você tem meu numero, é só você mandar uma mensagem que eu irei aparecer.-ele fala e eu sorri para o mesmo.

— Obrigada, tchau...- falei dando um beijo na bochecha do mesmo e logo em seguida saindo do carro.

  Um passo de cada vez, tudo possui seu tempo... Enquanto andava até a porta de minha casa passei pelo jardim, relembrando das brincadeiras que eu e Ashley costumávamos fazer  quando pequenas, das barraquinhas de limonada que eu fazia sozinha, como seria junto aos meninos? Como seria nós quatro, será que nós iriamos aprontar muito? Nós iriamos ser os tipos de irmãos que brincam ou brigam? Eu só gostaria de ter um dia, um dia participando da vida deles, como irmã deles.

  Antes de entrar em minha casa pude ver uma garrafa de bebida no chão, ótimo, ele está assim novamente... Me virei para Jack e acenei rápido para o mesmo antes de entrar em minha casa.

   Ao entrar em casa pude ver papai na sala, tomando um grande gole de sua bebida para variar, mamãe estava ao seu lado, ela possuí um olhar distante. Nós vivemos de uma família falsa, o significado de família é amor mas nossa família não possui isso.

  — Porque?!- grito com os mesmos, tentando conter as lágrimas que estavam a se formar.— Porque vocês mentiram para mim? Porque nunca me contaram aa verdade? Eu tenho dois irmãos e vocês nunca me contaram, PORQUE?!- grito enquanto aponto para os dois.— Vocês só sabem mentir, vocês não cansam não?

— Como...?- pergunta mamãe.

— Como eu descobri? Não lhe interessa, se vocês mantiveram isso de mim eu posso manter isso de vocês também. Querem saber quem são os seus queridos filhos? Os meninos mais incriveis do mundo? Pois bem, vocês nunca irão saber, eu não vou deixar vocês arrastarem eles para a nossa vida.

— Olha como você fala conosco!-grita o meu pai.— Eu sou o seu pai e quero ser tratado como tal.

— Você não é um pai, você só engravidou a minha mãe, eu tenho nojo de você!-grito com o mesmo e logo sinto minha pele arder.— Você é um monstro!- grito e saio correndo para o meu quarto.— Eu preferia ter sido levada junto aos meninos...- falo comigo mesma ao sentir o conforto de minha cama.

  Eles nem negaram...

  Pego o meu celular e disco o numero de uma das unicas pessoas que pode me ajudar, afinal ele disse que eu podia contar com ele a qualquer momento.

— Alô?- escuto a voz de Jack do outro lado da linha.

— Eu preciso da sua ajuda...- falo em meio a lágrimas.

— Eu já estou a caminho...- fala o mesmo antes da chamada dar-se por encerrada. 

  — Isso é um absurdo, ela acha que é quem para nos tratar deste jeito?- escuto a voz do meu pai no andar de baixo.

  Eu sinto saudades de quando eu era mais nova, as coisas pareciam mais fáceis, papai era uma pessoa boa e não esse monstro... 

  Ao receber uma mensagem de Jack me avisando que ele estava no andar de baixo eu peguei minha mochila e abri a janela de meu quarto, logo colocando o meu capuz e descendo pela arvore que reside em frente a minha janela. Meus pais não podem saber que estou saindo.

  — Oi...- falo com a voz nasalada e logo sinto os braços fortes de Jack ao meu redor.

— Está tudo bem, você está bem agora... o que aconteceu? Porque você está a chorar Anna?

— Minha família.-falo e tiro o meu capuz, deixando a mostra a marca que meu pai acabara de deixar em meu rosto.

— Meu Deus...- o cacheado fala antes de me puxar para um abraço forte.— Eu não vou deixar seu pai lhe machucar, nunca mais.

— Porque tudo é tão difícil Jack?- pergunto ao sentir os lábios molhados de Jack em minha testa, fazendo com que minha nuca se arrepiasse.

  — Porque se a vida fosse fácil ninguém aproveitaria seus pequenos momentos de felicidade.- responde o mesmo enquanto faz um pequeno carinho em meu cabelo.— Para onde você quer ir?

— Qualquer lugar longe daqui.- respondo e o mesmo assentiu, mantendo sua atenção no volante. 

  E agora aqui estamos, sentados numa pequena lanchonete vinte e quatro horas com uma porção de batata frita e duas latas de refrigerante. A lanchonete possui um aspecto sujo porém retro, possui poucos clientes, para ser exata apenas eu, Jack e um senhor todo tatuado estamos no local, fora a cozinheira e do caixa.

  — O engraçado é que eu já escutei tantas vezes meus colegas falarem "gostaria de fazer parte de sua família", "seus pais são legais" mas eles não sabem de nada, na frente dos outros todos fingem ser uma pessoa. Nós só podemos acreditar nos outros quando eles deixam suas mascaras caírem, deixando o real se revelar.-falo tudo muito rápido, eu estou cansada, preciso de contar isso para alguém.

  Desde que entrei em seu carro eu venho falando e falando e Jack escuta tudo, atentamente., é como se minhas palavras importassem algo.

  — Obrigada por estar comigo...- falo e o mesmo assentiu com um sorriso fraco.

— Seus pais são uns imbecis por não perceberem os filhos maravilhosos que tiveram, eles não lhe merecem, nem um pouco. Mas Anna eu vou te ajudar, eu e os meninos iremos lhe ajudar.- fala Jack.— Afinal você é irmã de meus melhores amigos e é minha... amiga.- fala o cacheado me fazendo sorrir.

 Não sei porque mas ao escutar a palavra "amiga" meu coração se apertou.

— Alguém está lhe ligando.- Jack fala e eu olho para a tela, vendo a foto de minha irmã de doze anos. Ashley é o unico motivo para eu não ter fugido ou ter enlouquecido, ela é muito boa para toda essa confusão, ela é tão inteligente e madura para uma garota de sua idade, já sofreu tanto... Eu preciso cuidar de minha irmãzinha.

— Alô irmã?- escuto a doce voz de Ash.

— Oi Ash, o que aconteceu?

— O papai está bravo, ele veio para o nosso quarto mas você não estava, o que aconteceu Anna? Porque você estava chorando?

— Eu descobri algo maninha, amanha eu lhe conto no colégio, tranque a porta de nosso quarto e não deixe papai chegar perto de você, amanha nós iremos dar um jeito.-falo preocupada. 

Se esse homem que eu infelizmente chamo de pai encostar um dedo em minha irmã não sei do que sou capaz.

— Você e sua irmã podem ficar comigo,minha mãe viajou juntamente a minhas irmãs, você e sua irmã podem ficar comigo.- fala o meso de um jeito fofo.

— Obrigada mas eu não posso aceitar.

— Não pode, deve. Fim de papo, você e sua irmã irão ficar comigo até tudo se resolver, amanha nós conversamos com os meninos e bolamos um plano de tudo se resolver.

— Você é bom demais para esse mundo Jack.-falo dando um sorriso sincero para o mesmo.

Eu tenho sorte em ter o achado em minha vida Jack.

Oi xuxus, voltei com meu celular e aqui está o capítulo, só terá deste pois a do Corbyn eu ainda não consegui concluir.

Espero que vocês tenham gostado.

Duda ama vocês e até terça 💙

  

You Are My Song ≈ Daniel Seavey ≈Onde histórias criam vida. Descubra agora