Capítulo um

5.8K 234 10
                                    

História sob todos os direitos autorais, nesta história irá conter palavras de mal gosto e irá abordar um assunto que pode afetar pessoas sentimentais, então se você não se sente bem com isso, tenha a liberdade em não ler. Mas se você quer saber o que irá acontecer, então continue lendo. Vote e comente para mais capítulos.

**

"Merina," meu nome era sussurrado por uma voz rouca e fraca, mãos enrugadas deixavam pequenos padrões em minhas bochechas e seus lábios ressecados me beijavam demorando um longo tempo para se afastar. Balancei a cabeça e sorri alegremente para a mulher que me segurava firme ao seu colo.

"Tudo bem mamãe, você vai ficar boa agora" eu murmurei, deixando lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas até caírem para fora do meu queixo. "Eu preciso ir agora."

Ela sorriu e balançou a cabeça em concordância, mostrando a língua branca para mim. Eu devolvi o gesto estranho para ela e me retirei da sala branca, caminhando pelo corredor de volta para a grande porta da frente, que estava aberta esperando pela minha saída.

"Está tudo bem?"

Eu olhei para o lado, encarando o rosto pálido da minha melhor amiga, ela chorava silenciosamente enquanto estava escorada sobre a parede cercada de flores coloridas. Eu balancei a cabeça para ela e forcei um sorriso animado, mas falhando miseravelmente.  "Ela estará segura agora!" eu murmurei sobre a minha respiração pesada e me sentei no chão, escondendo meu rosto nas minhas mãos.

"Eu sinto muito, Merina" Amélia murmurou, me abraçando calorosamente. Traçando padrões aleatórios nas minhas costas, tentando me acalmar. Algo que me fazia lembrar das mãos enrugadas da minha mãe, me causando soluços.

**

"Talvez eu esteja louca," eu suspirei para mim mesma ao entrar sob dois grandes portões descascados, olhei em volta e tudo parecia tão calmo aqui.

"Merina?" eu olhei ao redor tentando encontrar o dono da voz. Meus olhos pararam sobre uma mulher velha que usava um jaleco branco, seus cabelos encaracolados estavam presos em um rabo de cavalo os impedindo de atrapalhar sua visão.

"Hum, sim." eu respondi me aproximando mais.

"Eu estava esperando por você." ela sorriu largamente, lançando sua mão até mim esperando que eu a apertasse de volta. Sem demora eu levei sua mão na minha e a apertei gentilmente, o mais educada que eu poderia ser. "Eu sou, Meirin. Eu estou encarregada da ala de psiquiatria, eu poderia levá-la até lá." seu sorriso era contagioso, mas eu apenas balancei a cabeça, concordando.

"Obrigado!" agradeci assim que começamos a andar pelo gramado verde, o sol clareava tudo a sua volta e eu poderia ver pessoas sentadas em baixo das poucas sombras que eram cedidas pelas árvores grandes. 

"Eles não gostam muito de ficarem trancados," ela me chamou, apontando para todos que estavam espalhados pelo quintal enorme. Meirin me explicava o que estava acontecendo enquanto eu apenas observava ao meu redor. "Mas, eles costumam ser amigáveis." ela continuava sorrindo.

Balancei a cabeça e apertei minha bolsa em minhas mãos, tropecei um pouco ao subir os pequenos degraus até a casa antiga, as enormes portas velhas me causando um arrepio pela espinha ao me fazer lembrar o que eu estava tentando superar. Respirei fundo e entrei logo atrás de Meirin, que caminhava livremente pelos corredores, balançando o rabo de cavalo em suas costas.

"Você tem algum problema com barulhos?" sua pergunta me pegou desprevenida, e eu levantei minhas sobrancelhas juntas, não compreendendo.

"Hum, eu-eu acho que não." gaguejei um pouco desconfortável.

"Então, isso não irá ser um problema." ela virou para mim me fazendo parar em minhas trilhas. "Eles não costumam ficar quietos." seu sorriso continuava em seus lábios como ela agarrou a maçaneta de uma porta e a puxou aberta, balançando a cabeça para mim seguir em frente.

Entrei na sala onde mesas eram espalhadas aleatoriamente, e alguns pacientes se sentavam rindo alto e murmurando uns para os outros palavras estranhas. Olhei em volta e tentei sorrir.

"Eles vão notar você rapidamente," Meirin sussurrou no meu ouvido rindo momentaneamente, como eu pisquei freneticamente vendo todos olharem para mim. "Eu não disse?"

Olhei para o chão envergonhada e Meirin saiu de trás de mim, chamando a atenção para ela.

"Esta é Merina, e ela vai estar tomando conta de vocês por alguns dias. Ela é uma voluntária que está aqui por vontade própria." ela parou para respirar. "Deem as boas vindas a ela." ela aplaudiu dando alguns passos para o lado.

"Olá, Merina!" eles gritaram em uni-som me fazendo cobrir os ouvidos, logo depois todos começaram a gargalhar e voltaram para seus jogos e conversas aleatórias.

"Você acaba se acostumando com os gritos," Meirin me cutucou e eu sorri de volta.

"Eu acho que sim," respondi honestamente. Saímos silenciosamente da sala barulhenta e ela voltou a me olhar, esperançosa em suas próprias palavras.

"Então, você pode ajudar?" seus olhos brilharam e ela cruzou suas mãos juntas esperando minha resposta.

"Hum, bem, eu acho que sim." eu murmurei, um pouco desconfortável com seus olhos me observando atentamente.

"Oh, muito obrigado Merina, isso realmente é a melhor notícia que eu tive nos últimos dias." seus braços se enrolaram apertados em volta do meu pescoço e eu ri com seus movimentos intensos sobre mim, logo agarrando seu tronco para devolver o gesto de carinho.

"Eu estou feliz em poder ajudar!"

- essa é a minha nova história, os capítulos serão grandes com mais de 1000 palavras, então você não irá se descepcionar se continuar lendo. É uma fanfiction baseada no Harry, e é um tipo Dark não específico ainda, mas espero que vocês gostem. Votem e comentem para que eu saiba se é boa o suficiente para mim continuar a escrevê-la. xx Love you all.

hospice → stylesWhere stories live. Discover now