C.P - 60 - Fuga

1.6K 146 29
                                    

· · • • • ✤ • • • · · 


▹ 3 dias depois ◃

Lá estava eu bem plena na minha cama. Não sai daquele quarto desde que eu cheguei aqui. Uma menina vem trazendo meus lanches e o Jayden e mais 2 caras não estão por aqui. Bom, eu não sei o porquê. Ontem, me trouxeram um cartaz de procurada com minha foto.

Era de dar aperto no coração. Mas tinha horas que eu nem lembrava da minha mãe, ou do Téo. Só em como aqui eu estava sossegada e sabia que o Jayden estava por perto.

Às vezes escuto umas conversar nas quais eu não devia escutar. Me sinto estranha estando aqui ao mesmo tempo que me sinto bem. Como um gato no meio de um canil só pra cachorro.

▹ 7 dias depois 

Já faz uma semana eu acho que estou aqui. E as coisas lá fora parecem estar piorando de 1% a 99% num piscar de olhos.

Na televisão mostrou que um líder de uma organização criminosa foi preso. E acreditem. Eu fiquei pasma quando vi a foto do Marcos. Eu não acreditei no que vi... Não tinha como terem feito isso. Mesmo eu estando de um lado eu não quero que o outro lado sofra!

As coisas aqui também estão estranhas. O que havia 8 pessoas aqui, contando com o Jayden, hoje só tem 2.
Ontem mesmo mais 3 foram pra onde os outros estavam. Eu não sei o que tá acontecendo. Eu só posso ver da janela os carros saindo e não voltando mais.
Meu coração está bem acelerado. Como se aquilo fosse algo ruim.

O Marcos foi preso, o Jayden não retorna a mais de 6 dias. Cada hora alguém aqui vai também.

O que eu tô fazendo aqui? Qual a minha função? Eu quero estar aqui, mais não sozinha.

Levanto da cama e olho a janela. A casa tinha 3 andares e o meu era o último. A janela não tinha grades e era bem grande. Se olhar pra baixo só tem um monte de lixo preto é uma parede enorme de tijolinhos laranjas.

Voltei a porta e dei umas batidas nela.

Eu ia de algum jeito descobrir onde está o Jayden e o porquê de ele não ter voltado ainda!

A moça abriu a porta e me olhou.

A1: O que foi? — Entrou e fechou a porta.

Mia: Não tô muito bem. — Falei. — Queria um remédio.

A1: Tá sentindo o que? — Olhou minha temperatura. — Não tem febre.

Mia: Eu tenho um pouco de asma e ficar muito tempo em lugares fechados me atrapalha.

A1: Vou pedir ao Franky pra trazer alguma coisa.

Ela tirou o celular e digitou alguma coisa. Provavelmente pro cara que estava com ela.

No mesmo tempo um carro saiu da garagem e se foi.

Em um piscar de olhos eu peguei o celular da mão dela e corri pro banheiro me trancando.

Acho que eles não vão me matar. Eu acho...

A1: O que tá fazendo?! — Gritou socando a porta.

Mexi nos contatos até achar o nome Líder. Olhei as conversas recentes. Não tinha nada.

Voltei e olhei os outros contatos. Só tinha 8. Número exato.

Os socos dela viraram chutes tentando arrombar a porta. Eu estava encostada na porta tentando impedir algo.

Achei uma conversa em que mandaram apenas um endereço no Google mapas, marcado por um pontinho vermelho.

Decorei o primeiro nome da rua e depois o número 155.

Me assustei quando ela chutou a porta e ela abriu me fazendo soltar o celular e receber uma pancada na cabeça da porta.

(...)

Abri meus olhos e eu estava na cama. Tinha um pano molhado da minha testa e eu estava com uma dor de cabeça. Levantei deixando o pano cair e me sentei.

Lembrei do que aconteceu e corri pra janela. O carro não havia voltado ainda.

Merda. Eu estava perdida. Agora que ela nunca iria me deixar em paz depois do que eu fiz.

Me joguei na cama e liguei a TV que tinham trazido pra mim.

Revirei os canais de cima a baixo e deixei do Jornal mesmo.

Quando o jornal estava no intervalo eu fui ao banheiro tomar um banho. Eu estava suada e minha cabeça ainda doía por causa da pancada. Tinha até um mini galo.

Tomei e vesti a mesma roupa que eu estava. Eles me traziam umas roupas estranhas, parecendo as de Bazar. Maz tudo bem.

Quando eu estava terminando de estourar uma espinha ouvi um disparo vindo do andar de baixo.

Minhas pernas tremeram e eu escorreguei na pia caindo no chão. O estrondo na porta do meu quarto me fez assustar mais uma vez. Minha barriga gelou e minha garganta secou. Ouvi passos até o banheiro e a maçaneta rodar. A porta já estava arrombada por causa de mais cedo.

Ela se abriu e revelou alguém com uma máscara e roupas brancas sujas de respingos vermelho.

Meu sangue gelou mais uma vez e eu só pude ver a pessoa passar o dedo no sangue da roupa, levantar parte de sua máscara e lamber o líquido.
Depois disso recebi uma coronhada no canto da cabeça e senti o chão frio junto de um formigamento nas pernas.

(...)

Acordei perdida no embaço dos meus olhos.
Eu sentia fincadas de dor na minha cabeça e não conseguia levantar meu pescoço.
Parecia que minha cabeça estava mais pesada que o resto do meu corpo.

Pés apareceram na minha vista e eu olhei aquele par de sapatos marrons sociais.

Xxx: Às vezes eu queria que você acreditasse mais no Itan.. — Ouvi e tentei me lembrar de quem era aquela voz. Eu já tinha ouvido ela em algum lugar... Minha cabeça doía tanto que eu nem queria pensar em quem era.

Mia: Quem... está aí...? — Sussurrei tentado manter a voz.

Xxx: Miga. — Riu.

Meu coração deu um disparo e um choque correu meu corpo todo me dando forças para levantar minha cabeça e olhar aquele rosto.

Mia: Raquel...




➥ Continua 

O Filho Do Meu Chefe [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now