XXXV

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Aline

Os dias ao lado de Enrico se estenderam, até que sua família chegou de viagem e nos pegou aos beijos no meio da sala enquanto Liz dormia feito anjo.

— Para tudo! - Catarina praticamente gritou.

— Lá vem. - Enrico diz tentando não sorrir.

— Vocês estão juntos? - ela pergunta animada.

Fico em silêncio por não saber se deveria contar ou não, até que Enrico solta:

— Digamos que agora, Aline seja minha namorada.

E então ela grita e como consequência, escutamos o choro de Liz.

— E você acaba de acordar nossa filha. - ele diz.

E então, eu o olho com os olhos arregalados pois nunca desde que tudo isso começou, ele se direcionou à Liz desta maneira, como filha.

— Força de hábito. - ele diz ficando vermelho de vergonha, sequer respondi.

— Quero que saibam que estou muito contente por vocês e que assim como Deus, pai de todos, eu abençoou muito essa relação. - a mãe dele diz, deixando-me com lágrimas nos olhos.

Como comemoração pela notícia, Catarina decide preparar um almoço apenas para nós.

Passamos uma tarde agradável, com direito a deixar Catarina levar Liz para a piscina.

No final da tarde, decido que preciso ir embora, pois há dias não paro dentro da minha própria casa.

— Quer que eu fique com você? - Enrico pergunta.

— Obrigada amor, mas realmente não precisa nos vemos mais tarde?

— Claro. Mais tarde venho busca-las para finalmente conhecer a casa que você e Liz irão morar, pertinho de mim, estou com as chaves.

Meus olhos brilham de alegria.

— Por mim iria agora, mas, preciso de um banho antes e ficar um pouquinho mais com Liz pois ultimamente um homem muito lindo tem tirado toda a minha concentração. - brinco.

— Você que é linda. Até mais amor, você é especial. - ele diz beijando-me pela última vez e desta vez, Liz solta um gritinho.

Desço do carro com ela e ele me espera entrar.

Não vou negar que, assim que passei pela porta da sala, um calafrio percorreu por minha espinha.

Vou para o meu quarto e noto que a porta está emperrada sendo que, quando saí daqui a mesma não estava.

Vou até o quarto de Liz e a deixo no berço por alguns minutos, volto para o quarto e com muito custo consigo abri-la, mas quase caio de costas ao ver Yan com um dos olhos totalmente roxo e ainda por cima sentado na ponta da cama de braços cruzados como se realmente estivesse me esperando.

Agora eu morreria.

ENRICOOnde histórias criam vida. Descubra agora