Agora Pedro, não era mais uma criança que vivia debaixo das asas protetoras dos pais. Ele havia completado 24 anos de idade e bad boy era quase seu sobrenome.
Universitário e um verdadeiro conquistador, Pedro tem mais mulheres em sua cama do que cue...
Depois de paquerar por longos e exaustivos minutos, um enfermeiro meio bonitinho, mas muito falante, consegui entrar no hospital, bem antes do horário estipulado para visitas. Eu necessitava ver meu amorzinho e tentar obter algo com ele, nem que fosse um mísero beijo. Caminhei rebolando ao quarto dele e antes de entrar, observei seu interior pelo vidro da porta e o que vi me paralisou e fez meu sangue ferver na mesma hora. Aquela vadia fingida de boa moça, estava deitada na cama do meu Pedro e o mesmo estava sentado adormecido todo torto numa cadeira ao lado da cama, eu não entendi o motivo disso, mas pouco me importava. Peguei na maçaneta, com a intenção de abrir a porta e começar um escândalo, já que fazia dias que eu queria dar umas boas bofetadas naquela cara rosada e falsa dessa garota, que não faz idéia de onde está se metendo. Entretanto, uma idéia mirabolante me ocorreu, no qual o fim me deixaria como boa moça e essa piranha como errada. Com um belo sorriso no rosto, me afastei da porta e caminhei de volta ao meu enfermeiro bonitinho, ele não seria a solução, mais a ponte que me levaria a ela. Porém outro rosto, bem mais bonito e atraente me desviou até a recepção. Onde um pedaço de mal caminho, louro e um tanto quanto preocupado andava de um lado para o outro e depois se aproximava do balcão da recepção e com toda paciência do mundo, pediu ao lindo porém pouco maleável, Lucas, que dissesse a Joana que ele estava aqui. - Escuta aqui meu parceiro - Lucas respondia sem nem olhá-lo nos olhos, enquanto digitava fichas de novos pacientes que esperavam impacientes numa pequena fila ao lado - Não sei se deixei claro, mas eu estou muito ocupado e... NÃO SOU MENINO DOS RECADOS! E com uma raiva contida e uma vontade de querer pular por cima daquele balcão e agredir Lucas, o cara louro passou a mão nos cabelos que iam até o ombro e se afastou irritado. Talvez eu tenha encontrado um novo brinquedinho, delicioso e nervoso como estava, não seria uma pegada calma. Estremeci só de pensar e me peguei indo atrás dele e o cutuquei levemente no ombro, o fazendo se virar de frente para mim, e eu confesso, assim de perto, sua beleza era de um deus grego.
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Só percebi que havia paralisado boquiaberta, quando ele agitou as mãos diante dos meus olhos, chamando minha atenção. - Oiii? - Ele falava e sua voz era calma. Eu me recompus e me endireitei, puxando a blusa disfarçadamente para baixo, exibindo um pouco mais do meu decote, coisa pelo qual o louro maravilhoso nem notou. Ah fará o tipo difícil então? Meu subconsciente ergueu as mangas e fez uma pose poderosa. - Oi! - Respondi fingindo estar sem jeito - Eu...am... Ouvi você conversando com o Lucas e procurando alguém.... - Deixei a frase no ar, com o intuito de que ele mordesse a isca e foi dito e feito. Ele prontamente se virou completamente para mim e se aproximou um passo largo, nos deixando muito próximo e eu pude respirar seu perfume misturado com o cheiro do mar, o que me fez perceber que esse seu estilo praiano, deveria ficar ainda mais delicioso em cima de uma prancha e com gotículas de água escorrendo num peitoral incrível. - Sim! Minha garota... Joana! - Ele respondeu mais ainda demonstrando que não se abriria facilmente a uma estranha. Mesmo que essa estranha fosse tão gostosa, como eu. - Ela trabalha aqui? - Perguntei e me virei andando até umas cadeiras que ficava ali próximo, já sabendo que ele me seguiria. - Não! - Ele respirou fundo e veio se sentar ao meu lado. - Oh.. - Fiz uma cara de dó - Ela está...internada aqui? - Não! - O deus grego louro me olhava agora de cima a baixo - Afinal, quem é você e por que o interesse nisso? Aí! Essa brutalidade me excita! Pensei enquanto fazia uma expressão neutra a meus pensamentos impróprios. - Me perdoe! Me chamo Thais - Estendi a mão e ele a apertou sem tirar os olhos de mim - E eu só quero ajudar! Notei que seu pedido de ver sua amada foi ignorado e eu posso fazer você entrar no hospital! - Por que faria isso? - E a desconfiança continuava. - Me perdoe, eu só pensei que precisasse de ajuda! - Ao dizer isso me levantei - Desculpa te incomodar - E comecei a me afastar, tendo a certeza de que ele cairia nessa. - Espera! - Ponto pra mim! Comemorei internamente e me virei para olhá-lo com a expressão mais falsa que eu podia fazer - Como... Como eu poderia entrar no hospital? Voltei a me aproximar dele e me sentei. - Meu noivo está internado aqui e você pode se passar por um primo distante que veio visitá-lo - Claro que ele não chegaria no quarto de Pedro, nos pegaríamos ali no quartinho de serviços mesmo, mas ele só saberia disso depois - Depois que tiver lá dentro, poderá procurar sua garota livremente! O louro desconfiado, pareceu relaxar e me deu um sorriso caloroso. - Muito obrigado, não sei como lhe agradecer! - Ele disse apertando minhas mãos dentro das suas. Ah, eu bem sei como! Mais uma vez minha mente maquinou uma cena erótica deliciosa e aventureira. - Que tal me dizendo seu nome? - Disfarcei sorrindo graciosamente. - Hugo! Me chamo Hugo! - Ele continuava sorrindo e eu quase me joguei para cima dele. - É um prazer Hugo! Venha comigo! - Me levantei e juntos adentramos o hospital, caminhando lado a lado e quando algum enfermeiro passava perto de nós eu lhe contava sobre o estado de Pedro Bragança, deixando claro que ele era da família - Sabe, fiquei curiosa sobre a sua garota... - Falei quando estávamos quase num corredor vazio e eu me preparava para dar o bote - Você me disse que ela não trabalha aqui e nem está internada... O que ela faz aqui então? - A minha Joana, faz um trabalho voluntário, visitando e orando pelos pacientes! - Ele disse todo orgulhoso e eu paralisei na mesma hora. Será possível que ele estava falando daquela vadia que estava se pondo em meu caminho? - Tudo bem? - Ele perguntou ao me ver em choque. - Sim, sim... Só fiquei emocionada pelo belo trabalho! - Respondi disfarçando - Você teria alguma foto dela? - Claro! - Hugo animado, pegou sua carteira no bolso traseiro da calça e ao abrir, retirou uma foto e me entregou.
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Ao vê-la, percebi que se tratava mesmo daquela piranha sem valor. Então tinha nas mãos uma chance valiosa de estragar a vida dela, melhor do que meu antigo plano de dedurá-la aos médicos e chorando dizer que era inaceitável que eles permitissem que uma garota qualquer dormisse na cama do meu futuro marido. Tratei de colocar um belo sorriso no rosto e olhei para Hugo, que também olhava a foto, todo apaixonado. - Ela é muito bonita! - Me forcei a dizer isso. - Concordo! - Ele falou, pegando a foto de volta e guardando de volta na carteira - Olha, obrigado por me trazer para dentro do hospital... Agora se me der licença, preciso encontrá-la! - E tendo dito isso, se virou. Porém eu o segurei pelo braço. - Espera! Eu... - O soltei e baixei a cabeça - Eu vou visitar meu noivo, ele está no quarto no fim daquele corredor... Se importa se... Não, deixa pra lá! Vai lá atrás da sua amada! - Não, ei.. - Foi a vez dele me segurar, impedindo que eu me fosse - Você me ajudou e agora quero retribuir! O que ia dizer? - Bom, é muito difícil ver meu futuro marido naquela situação... - Deixei uma lágrima escorrer. Eu realmente devia pensar na idéia de me tornar atriz - Será que você poderia me acompanhar numa visita a ele? Assim estará lá caso eu desmaiar e também podemos reforçar a idéia de você ser parente dele caso, algum médico aparecer! Mas se não quiser eu vou entender... - Vamos! Eu procuro Joana depois! - E então sequei as lágrimas e sorri sem jeito para ele, e caminhamos para o quarto de Pedro. Coitado, Hugo mal sabe o que o espera. Abri a porta do quarto sem esperar que ele visse a cena pelo vidro e adentramos. - Mais... O que significa isso? - Falei levando a mão na boca e me virei para Hugo que olhava para sua amada deitada na cama e de mãos dadas com Pedro - É a sua garota? Quer dizer, o que ela.... - JOANA! - Ele gritou fazendo ambos despertarem e nos olharem espantados, enquanto eu me mantinha na minha pose de boa moça e Hugo a olhava de punhos cerrados. Essa era uma cena que eu vou amar ver o desenrolar.