See The Light

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Many a sin I have witnessed 
And in many indeed I have been
Many a rat I have befriended 
And so many a thorn stood between

But of all of the demons I've known

None could compare to you

See The Light, Ghost

"Eu sabia que aquela cretina oxigenada não ia aparecer!" Entre dentes cerrados, Tainá reclama para Viviana enquanto coloca os materiais usados para a finalização da parte visual do trabalho de escola em uma sacola, limpando a área em sua casa que seu o grupo utilizara para tal. "Cretina! Depois vai querer a nota total! Faço questão de dizer pra professora que ela não apareceu!" 

Viviana não fala nada. Foi a unica do grupo a ficar para ajudar a amiga a limpar a casa e agora ouvia as reclamações fundadas dela. O silêncio de sua parte se dava pelo fato de ter sido o motivo pelo qual Amanda não pode comparecer a reunião em grupo. 

"Ei, quer ficar e assistir um filme?" Tainá pergunta de repente, tirando Viviana do momentaneo deleite da cena que se repete em sua mente: o cara-de-caveira arrancando a cabeça da loira que era uma assassina igual a ela. Até então, a complexidade do significado disso nunca pareceu importante. 

E pensando novamente, Viviana conclui que não é.

"Não posso." Viviana responde, organizando os canetões de cores diversos usados para escrever nas cartolinas. "Tenho um encontro especial hoje a noite." Fala sem pensar e se arrepende. Não por ter o encontro, mas por ter contado sobre este a sua linguaruda amiga que agora certamente não vai deixar Viviana sair daquela casa sem contar cada detalhe.

"O QUÊ? COMO ASSIM? VIVIANA AMADEUS ME CONTA TUDO, MENINA! ENCONTRO COM QUEM?" Tainá para de varrer o chão boquiaberta pela inacreditável informação. Nunca imaginou que tal coisa sairia da boca de sua peculiar amiga, já que quando sempre tentara falar de garotos e flertes, Viviana não esboçava uma única opinião a respeito. "NÃO VAI ME DIZER QUE O FELIPE FINALMENTE...!?!?!?" 

O rosto de traços suaves da Ghuleh se contorce numa careta. "Quê? Não." Dispensa a sugestão e muda de assunto. "É com outra pessoa. E eu não vou falar mais nada, se você continuar dando esses gritinhos." Viviana passa pano na mesa usada pelo grupo. 

Tainá se mortifica com a falta da vontade da amiga de lhe contar mais sobre isso. Fã eterna de conversas sobre romances, não poderia ficar sem informações completas do quê e de quem Viviana falava. "Amiga, você está gostando de alguém! Me conta tudo! É para isso que amigas servem, sabia?" Tainá larga a vassoura e aguarda respostas que não vem. "Como ele é? Eu conheço? Ele é bonito? Onde você conheceu ele? Ele é da escola? Eu conheço ele?" 

Mas enquanto o rosto de Tainá se derrete em mil facetas diferentes com a bateria de perguntas, o de Viviana não move um músculo, até que tenta entrar na onda da amiga, lembrando-se que ela era uma das poucas pessoas que não achavam estranho ficar perto dela. "Ele é maravilhoso. Lindo." Viviana se recorda com exatidão do rosto considerado nefasto e tórpido por alguns, mas fascinante para ela. "Ele é diferente, sabe. Faz tempo que não o vejo. Mas hoje a noite vai ser especial."

Tainá se empolga pela amiga, soltando todo o tipo de gritos e grunidos que eternos romanticos fazem com a possibilidade de um. "Especial! Então vai precisar de uma roupa bem sexy e uma maquiagem bem bonita!" Tainá bate umas palminhas planejando em sua mente como vestir a amiga, um sonho seu toda vez que vê a garota em vestidos que não condizem com os tempos modernos complementando seus cabelos longos, sem corte e raramente penteados. 

HARESIS DEAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora