Epílogo

368 62 27
                                    


Lucy enfim havia chegado de sua viagem ao redor do mundo. Abriu a porta da sua casa, aquilo estava realmente empoeirado e precisaria de uma faxina urgente. Porém, o que ela mais queria era se jogar na cama e assim fez. Pegou os medalhões, um por um contava a história de seus antepassados. Aquilo a ajudaria a limpar o nome da família dela.

De sua viagem, ela só se recordava dos bons momentos, fez questão de deixar as lembranças ruins para trás. Ela se conhecia por completa e nunca estivera tão em paz como agora. Seus fantasmas não mais a assombravam. No caminho de volta cruzou com um homem chamado Sam, ele a ajudou a se livrar dos perigosos corsários que a cercava. Ela nunca tinha sentido tão protegida antes, e por um estranho. Passaram um bom tempo juntos em uma jornada, mas ele teve que ir, teria que resolver os problemas dele, mas prometeu que voltaria e a encontraria. Sentia-se boba ao lembrar-se das promessas dele e se ele não voltasse?

Ela ficaria desolada, sim, mas com uma diferença, agora ela se sentia forte e autoconfiante, encararia os problemas de frente e não fugiria pelo o mundo. Tudo estava em paz!

Fim.


Um helicóptero tinha acabado de decolar da Willis Tower, porém deixou alguém no heliponto. William caminhou até a mureta de proteção do prédio, ventava forte por ali, seu cabelo voava ao vento. Ele retirou o celular de dentro do bolso, abriu o aplicativo da câmera e tirou uma foto da paisagem urbana. Guardou o celular e caminhou até o seu escritório.

— Bom dia, senhor Harper! — falou a nova secretária dele, era uma jovem de uns dezenove anos chamada Mônica. — Aqui o caso dos dois sócios que estão se separando.

— Como foi? — ele retirou os fones do ouvido.

— Eles brigaram bastante e um xingou o outro, achei que ia ser uma briga igual aquelas lutas da televisão.

— Essa é a melhor parte, Mônica. Por acaso filmou?

A garota o olhou confusa. Ela tinha entrado há poucos dias substituindo a Moore. — E era?

— Menos dez pontos, Mônica. — disse, deixando a garota de cabelo em pé. Mas ao final, o que significava aqueles dez pontos?

William entrou no seu escritório, jogou seu casaco no sofá ao lado e seguiu para sua poltrona, ligando seu Macbook.

— Um tal de Sanchez o procurou mais cedo, ele irá investir em uma nova sede na Argentina. Ele quer saber se é um empreendimento seguro e quais precauções teria que tomar, já que segundo ele é um país de terceiro mundo.

— Eu o responderei.

— Certo, senhor Harper. — a garota retirou-se da sala e fechou a porta de vidro. William olhou seu Rolex e constatou que ainda tinha certo tempo.

Um ano tinha se passado desde o curioso caso Blur, ele não podia negar que a sua vida tinha mudado. E os efeitos disso?

Ele tinha um gato no apartamento e uma foto do bichano vestindo uma camisa do Chicago Bulls era o seu protetor de tela do notebook. Claro que só ele tinha o acesso.

Ao passar da tarde, ele olhou uns dois contratos e checou no relógio, era hora de sair.

— Aqui, senhor Harper. A revista. — Mônica o entregou um exemplar da Time. — Até mais! — ela já sabia do horário dele. Nunca o questionou por que nas terças e na sextas os horários mudava. Talvez fosse o famoso medo de estagiária.

Ele entrou no elevador onde encontrou a mais nova contratada do escritório de advocacia da família. Chelsea.

— Oi, Harper. — ela o cumprimentou retirando os óculos de sol Soft da Dior. — Já vai embora?

Blur (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora